Determinação De Cobre Em Cachaça Pela Espectrofotometria De Absorção Atômica Com Chama.

Introdução:

Segundo a legislação Brasileira, o termo cachaça se refere a denominação típica da aguardente de cana-de-açúcar, na qual, o teor alcoólico esteja entre 38% e 48% em volume e a uma temperatura de 20˚C. A cachaça é feita através da destilação do fermentado da cana-de-açúcar.

No processo de produção da cachaça, inicialmente temos a preparação da matéria prima, que vai desde o corte da cana-de-açúcar, passando pelo processo de separação das folhagens e chegando até o transporte e armazenamento adequado do produto. Em seguida, é feita a extração do caldo da cana-de-açúcar e sua fermentação. Posteriormente, o fermentado da cana é levado para ser destilado em alambiques feitos de cobre e depois a cachaça é colocada em tonéis de madeira pra que seja envelhecida. Finalmente, ela é engarrafada para ser comercializada.

A utilização de alambiques de cobre na destilação da cana-de-açúcar, é o mais utilizado na produção artesanal da cachaça, pois oferece uma melhor qualidade sensorial do produto. Entretanto, os alambiques feitos de cobre tem sido motivo de preocupação, tendo em vista que o metal cobre se oxida durante o processo de destilação, contaminando o produto final.

A contaminação da cachaça ocorre através do contato do ar úmidos contendo gás carbônico com o metal cobre, na qual ele se oxida e forma uma camada esverdeada, chamada de “azinhavre”, sendo composta por CuCO3Cu(OH)2, essa é dissolvida pelos vapores alcoólicos ácidos, produzidos no processos de destilação, na qual fica em contato com o fermentado da cana-de-açúcar, contaminando a cachaça.

O cobre é um metal essencial na alimentação, sendo recomendado a ingestão de 1,5mg a 3,0mg por dia para adultos. Ele atua como cofator na produção de diversas enzimas celulares. A carência do metal do organismo causa muitas doenças, dentre elas a disfunção cardíaca, a elevação da fração do colesterol de alta densidade e diminuição da depuração da glicose. Porém, altas concentrações desse metal no organismo podem causar doenças sérias como hiper ou hipocupremia, Doença de Alzheimer, esclerose, epilepsia, etc.

Tendo em vista, os problemas de saúde causados pela carência ou excesso de cobre no organismo, a legislação Brasileira estabeleceu o limite máximo de cobre em 5mg/L nas aguardentes. No Brasil, a fiscalização do teor desse metal na cachaça é bastante fraca, porém em outros países é bem mais operante e, muitas vezes, o limite máximo do metal presente na aguardente cai pra 2mg/L, fato esse, que prejudica a exportação da cachaça brasileira.

A análise espectrofotométrica de absorção atômica com chama baseia-se na absorção da radiação ultravioleta por parte dos elétrons. Primeiramente, a amostra é transformada em um aerossol, através da mistura com gases oxidantes e combustíveis, na qual é levada a uma chama, devendo essa apresentar uma temperatura adequada para que sofra atomização e, com uma lâmpada (cátodo oco) apropriada feita do elemento a ser analisado, determinamos a absorbância ou transmitância da amostra através da diferença entre a energia incidente e a energia radiante.

Objetivo:

Padronizar e desenhar o gráfico concentração de cobre x absorbância através de soluções que apresentam concentrações conhecida (em ppm) da cachaça.

Por ultimo, determinar a concentração em ppm (parte por milhão) de cobre na cachaça, através da absorbância encontrada da amostra desconhecida.

Materiais Utilizados:

Espectrofotômetro de Absorção Atômica com chama.

Lâmpada de cátodo oco.

Reagentes e Soluções:

Soluções preparadas com concentração de 1, 2, 3, 4 e 5 ppm.

Uma solução preparada com concentração desconhecida.

Procedimento:

1º - Com uma piceta, lavamos o capilar do Espectrofotômetro de Absorção Atômica e enxugamos para ser inserido a primeira solução de concentração 1 ppm. Anotamos o valor da absorbância encontrada.

2º