Educação Em Saude
Artigos Científicos: Educação Em Saude. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: renathapimentel1 • 1/5/2013 • 4.202 Palavras (17 Páginas) • 477 Visualizações
Rev. APS, v. 12, n. 2, p. 221-227, abr./jun. 2009 221
RESUMO
O trabalho de grupos em atenção primária é uma alternativa
para as práticas assistenciais. Estes espaços favorecem
o aprimoramento de todos os envolvidos, não apenas no
aspecto pessoal como também no profissional, por meio da
valorização dos diversos saberes e da possibilidade de intervir
criativamente no processo de saúde-doença. Este é um artigo
de atualização que tem por objetivo divulgar um protocolo
elaborado para dar suporte às equipes multiprofissionais que
integram as Estratégias de Saúde da Família e são usuárias do
Projeto Telessaúde - Rio Grande do Sul. Foram utilizados
os referenciais de grupo operativo de Torres et al. (2003), o
conceito de grupo, as atribuições do coordenador e os papéis
grupais de Osório (2000) e os pressupostos de trabalho em
grupo preconizado por Campos (2000) no Método da Roda.
Estes referenciais possibilitaram a construção proposta para
as etapas de planejamento, de dinâmica e de avaliação de
grupos na área assistencial. Este construto poderá ser utilizado
em diferentes realidades pelos diversos profissionais
de saúde na Atenção Primária.
Palavras chaves: Educação em saúde. Grupos de
Auto-ajuda. Atenção Primária à Saúde.
1 Valesca Pastore Dias, Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Luterana do Brasil ULBRA- Canoas RS. Enfermeira do Projeto de Telemática e Telemedicina
em Apoio à Atenção Primária à Saúde no Brasil: Núcleo Rio Grande do Sul. (Telessaúde RS) Epidemiologia da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul. Email: valesca.enf@gmail.com
2 Denise Tolfo Silveira - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora Adjunta. Doutora em Ciências. Membro do Comitê Gestor do Projeto Telessaúde
Polo RS
3 Regina Rigatto Witt, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Professora Adjunta. Doutora em Enfermagem de Saúde Pública. Membro do Comitê Gestor
do Projeto Telessaúde Polo RS
EDUCAÇÃO EM SAÚDE: O TRABALHO DE GRUPOS EM ATENÇÃO PRIMÁRIA
Health education: primary health care workgroups
Valesca Pastore Dias1, Denise Tolfo Silveira2, Regina Rigatto Witt3
ABSTRACT
Primary Health Care (PHC) workgroups are an alternative
to assistance health practices. PHC environment fosters
continuous personal and professional improvement
of all involved, by acknowledging skills and creatively
influencing the illness-health process. This is an update
paper, which aims to report a protocol designed to
support the Family Health Strategy multiprofessional
teams, which are users of the Tele-Health Project - Rio
Grande do Sul. This protocol was developed based on
the operative groups described byTorres et al. (2003),
with the group concept, coordinator`s roles and group
roles of Osório (2000) and the team-work assumptions
defined by Campos (2000) for the Wheel Method. These
references allowed for the stages of planning, dynamics
and group evaluation to be proposed for the catchment
area. This paper could be used in different scenarios by
different PHC professionals.
Keywords: Health Education. Self-help Groups. Primary
Health Care.
INTRODUÇÃO
A educação em saúde deve constituir parte essencial
na promoção da saúde, na prevenção de doenças, como
também contribuir para o tratamento precoce e eficaz das
doenças, minimizando o sofrimento e a incapacidade. A
ação educativa na atenção primária estabelece-se a partir
de programas determinados verticalmente, ou ligada às
ações de promoção da saúde e prevenção da doença junto
à comunidade, indivíduos ou grupos sociais, permeando
densamente as atividades que os profissionais de saúde
realizam no âmbito das unidades, no domicílio, em outras
instituições e nos espaços comunitários (WITT, 2005).
Bons resultados nesse campo vão contribuir para diminuir
a procura dos usuários pela unidade de saúde, proporcionando-
lhe maior satisfação com seu autocuidado.
É importante que o profissional de saúde saiba identificar
quais problemas necessitam de um trabalho de educação
em saúde. O sujeito portador de necessidades é sempre
biológico, social e subjetivo. O sujeito é também histórico.
Por isto, a avaliação das necessidades não deve ser somente
epidemiológica, mas também social e subjetiva. As situações
Rev. APS, v. 12, n. 2, p. 221-227,
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