FICHAMENTO PRIMEIRO CAPITULO DO LIVRO ANTROPOLOGIA PARA QUEM NÃO VAI SER ANTRPOLOGO
Por: Jayrlana • 4/3/2021 • Trabalho acadêmico • 1.176 Palavras (5 Páginas) • 336 Visualizações
UNVERSIDADE FEDERLL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL
ANTROPOLOGIA CULTURAL
SANTOS, Rafael José dos. O que é? Como surgiu? In: SANTOS, Rafael José dos. Antropologia para quem não vai ser antropólogo. 1° Edição. Porto Alegre. Tomo Editorial LTDA. 2005. Pág.: 17 a 36.
“Existem momentos difíceis para os antropólogos, quando estamos entre pessoas que mesmo com boa formação escolar, não têm familiaridade com as Ciências Socias. De repente somos atingidos pela pergunta inevitável: “- Afinal, o que é antropologia?”. Aliás, esta deve ser a pergunta que muitos estudantes fazem quando descobrem que a disciplina consta de seus currículos. E, além disso, para que serve? Não há como discordar: a pergunta é difícil. Mas quais as razões desta dificuldade?” (pág.: 17)”
“É bastante complicado definir a antropologia pelo(s) seu(s) objeto(s) de estudo, sabe por quê? Porque eles são tantos quantas são as coisas que fazemos em sociedade!” (pág. 19)
“Entretanto, podemos iniciar pensando na antropologia como um conjunto de teorias (nem sempre concordantes) e diferentes métodos e técnicas de pesquisa que buscam explicar, compreender ou interpretar as mais diversas práticas dos homens e mulheres em sociedade. Muitas dessas teorias baseiam-se em pesquisas de campo, nas quais os antropólogos buscam conviver com as populações locais e aprender seus hábitos, valores, modos de vida, crenças, relações de parentesco e outras dimensões da vida social.” (pág. 19)
“A Antropologia tem suas origens históricas, portanto, no processo de expansão do capitalismo, mais precisamente através do colonialismo e do imperialismo das nações ricas, que estendiam seus domínios a lugares remotos do mundo.” (pág. 20)
“Os antropólogos, cientistas que buscavam o conhecimento das sociedades “exóticas”, não coletavam seus dados de modo direto. Eles se baseavam em informações nevadas por missionários, militares e funcionários coloniais.” (págg. 21)
“Existem dois aspectos desta fase inicial da Antropologia que serão úteis para começarmos a desvendar esta ciência. Aliás, não só desvendá-la, mas inclusive compreender muitas de nossas próprias ideias sobre a sociedade e culturas que não conhecemos.” (pág. 21-22)
“O primeiro aspecto é a forte influência de correntes de pensamento, como o positivismo, evolucionismo, e os determinismos geográficos e biológicos nas ideias que os primeiros antropólogos tinham das culturas distantes. O segundo aspecto diz respeito à ausência do que mais tarde passamos a conhecer por trabalho de campo (fieldwork), ou seja, da presença in loco do pesquisador na cultura estudada, coletando dados e fazendo observações diretas.” (pág. 22)
“No decorrer do tempo, sociólogos e antropólogos perceberam que não é possível estudar homens e mulheres em sociedade da mesma maneira que um biólogo ou um matemático. [...] Pelo fato de nós, seres humanos, sermos dotado da capacidade de cria sentidos para a vida, coisa que uma árvore, uma abelha ou uma substância química não pode fazer. Então, para pesquisar pessoas em sociedade, gente produzindo, reproduzindo e modificando a cultura, não é possível adotar a mesma postura de um cientista da natureza.” (pág,25)
“Embora a visão evolucionista e, de alguma maneira, o positivismo do século XIX, tenham sido superadas na (e pela) Antropologia, encontram-se ainda presentes e muito fortes no senso comum, em nossas explicações espontâneas sobre a vida social e cultural.” (pág. 26)
“Essas noções, ou pré-noções (ou, ainda: “pré-conceitos”) baseados na ideia de uma hierarquia entre povos e populações, encontra-se presentes no senso comum também devido a duas outras correntes de pensamento que marcaram as Ciências Sociais em seu início.” (pág. 27)
“O mesmo raciocino é freqüentemente plicado para explicar diferenças no desenvolvimento de regiões dentro de um mesmo país, e de novo ocorre o exemplo do contraste entre o sul e o nordeste do Brasil.” (pág. 27)
“É claro que os seres humanos criam suas vidas tendo em vista o meio geográfico em que vivem, isso é uma coisa. Outra coisa, muito diferente, é pensar que as mesmas condições geográficas vão gerar equivalente maneira de viver.” (pág. 28)
“Resta pensar ainda um último tipo de hierarquização entre sociedades, aquela que procura estabelecer uma ligação entre a raça e o nível de desenvolvimento alcançado pelo grupo social.” (pág. 29)
“Claro, nenhuma cultura é estática, como lembra Roques de Barros Laraia, nem mesmo
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