FICHAMENTO SOCIEDADE TECNOLÓGICA E OS NOVOS PADRÕES DA INDIVIDUALIDADE
Por: anaggg • 4/12/2015 • Relatório de pesquisa • 1.527 Palavras (7 Páginas) • 487 Visualizações
SOCIEDADE TECNOLÓGICA E OS NOVOS PADRÕES DA INDIVIDUALIDADE
14.1 Introdução
[...]é a partir dos elementos críticos de Marx e da sua tese fundamental de que o homem é o sujeito da sua própria história, que Marcuse busca compreender de que forma e através de quais mecanismos o homem renuncia à sua condição de sujeito da história e interioriza a ideologia dominadora da sociedade tecnológica como forma predominante do seu ser, como se ela fizesse parte da sua própria natureza.”(pag.271).
“Marcuse examina ainda as razoes pelas quais a sociedade tecnológica torna-se desumanizadora e marcada por uma racionalidade instrumental,[...]”(pag.271).
“O controle não é exercido em prol do ser-digno do homem, mas em prol dos interesses dominantes, competitivos e egoístas.”(pag.272).
“Segundo Marcuse, isto é fruto da sociedade tecnológica que, apesar de se afirmar como liberal e democrática, bloqueia o desenvolvimento das potencialidades genéricas do homem, reduzindo-as ao consumismo e ao individualismo. ”(pag.272).
[...]Impondo-se de forma abrangente em todos os setores da vida humana, determinando, inclusive, as aspirações e os desejos dos homens, quer seja em nível individual ou grupal. ”(pag.272).
14.2 A Irracionalidade da Sociedade Tecnológica
“Em seu livro, A ideologia da Sociedade Industrial, Marcuse considera que os ideais de liberdade definidos pela ideologia burguesa não conseguiram realizar a sua suposta missão de emancipação humana, [...]”(pag.272).
[...]a razão humana converteu-se em uma razão alienada desviando-se do seu objetivo emancipatório, próprio do iluminismo, transformando-se em seu contrário, [...]”(pag.273).
[...]as tendências religiosas, políticas e econômica que moldaram a ideia de liberdade do indivíduo no início da modernidade definiam o homem como o sujeito de certos padrões e valores que nenhuma autoridade externa deveria desrespeitar. ”(pag.273).
[...]diziam respeito tanto às formas de vida pessoal como social, direcionadas para o desenvolvimento das capacidades e habilidades do homem. ”(pag.273).
“A sociedade tecnológica dirige o pensamento e ação do homem e a realização passa a ser padronizada pelos ditames lucrativos do mercado. ”(pag.274).
“A racionalidade do homem transforma-se “de força critica em força de ajuste e submissão... os pensamentos, sentimentos e ações do homem são moldados pelas exigências técnicas do aparato que ele mesmo criou.”( Marcuse, 1999, p.84). ”(pag.274).
“É assim que liberdade humana torna-se cada vez mais limitada, pois a perfeição da manipulação é tão grande que os indivíduos não percebem o seu domínio, principalmente em relação ao consumismo, tornando-se indiferentes à necessidade de mudança. ”(pag.275).
“Esse domínio da sociedade tecnológica se exerce principalmente por meio do consumo. ”(pag.275).
[...]levando os indivíduos a comprar mais produtos e a acreditar que existe a necessidade de adquiri-los. Assim; os indivíduos ficam completamente escravizados ao fetichismo do mundo do produto, recriando, desta forma, eles próprios o sistema capitalista, através das suas necessidades. ”(pag.275).
“Por manipular a consciência do homem, a esfera do consumo também é um fator na formação de seu comportamento. ”(pag.276).
[...]através do consumo ocorre a igualdade ilusória entre as classes exercendo, [...]”(pag.276).
“se o trabalhador e o seu patrão assistem ao mesmo programa de televisão visitam os mesmos pontos pitorescos.”( Marcuse, 1979, P.29): se todos leem o mesmo jornal, então tem-se a ilusão da igualdade. ”(pag.276).
"Isso é tão intenso que leva a comodidades tornando questionável a própria noção de alimentação, pois, em virtude do consumismo,[...]as criaturas se reconhecem em suas mercadorias: encontram sua alma em seu automóvel[...]”(pag.276).
“Diante desse comando pelo consumismo, a sociedade contemporânea tende a torna-se totalitária. ”(pag.276).
“Uma coordenação: técnico-econômica não terrorista que opera através da manipulação das necessidades por interesses adquiridos.”(MARCUSE, 1999, p.24-25). ”(pag.277).
[...]os produtos doutrinam e manipulam o homem fazendo surgir um padrão de pensamentos e comportamento unidimensionais que conduzem a novos padrões da individualidade. ”(pag.277).
14.3 Os Novos Padrões da Individualidade sob a Racionalidade Tecnológica
[...]O indivíduo era considerado como um ser racional livre e autônomo, capaz de dirigir a sua própria vida e desenvolver efetivamente as suas habilidades e faculdades humanas. ”(pag.277).
“Para garantir tal princípio, o homem vivia sob uma constante vigilância a fim de rejeitar tudo o que não fosse verdadeiro e nem justificado pela livre razão. ”(pag.278).
[...]seu caráter crítico, consistindo numa permanente inquietação e oposição aos bloqueios da sua liberdade [...]”(pag.278).
“Porem a expansão paulatina da tecnologia na sociedade moderna tornou-se um aparato, observando essa dimensão crítica e opositiva do homem, tanto em termos individuais como coletivos, estabelecendo padrões de julgamento e fomentando atitudes e pensamentos nos homens a fim de aceitarem tal aparato. ”(pag.278).
[...]os padrões da individualidade passam a ser regidos pela racionalidade tecnológica, cujo o domínio chegou ao ponto em que “esta racionalidade se tornou tal poder social, que o indivíduo não poderia fazer nada melhor do que adaptar-se sem reservas.”(MARCUSE, 1999, p.78)[...] ”(pag.279).
[...]com o desenvolvimento do capitalismo, a individualidade do homem tornou-se cada vez mais abstrata, [...]”(pag.279).
[...]não importa o trabalhador como ser humano e sim o papel que a psicologia e a individualização possam desempenhar para “a confiabilidade estereotipada, pois dão ao objeto a sensação de que ele se amplia ao desempenhar funções que dissolvem seu eu em série de ações e respostas exigidas” [...]”(pag.280).
“Por isso os indivíduos, no caso os trabalhadores, são facilmente manipulados, pois os seus pensamentos, sentimentos, interesses são assimilados conforme o padrão do aparato.”(pag.280).
“Se antes o indivíduo era alienado principalmente porque não conhecia
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