Familia Belier
Por: Pitvan • 16/4/2016 • Resenha • 646 Palavras (3 Páginas) • 579 Visualizações
Resumo do texto - Viver em família como experiência de cuidado mutuo
O texto “Viver em família como experiência de cuidado mútuo: Desafios de um mundo em mudança”, de Heloisa Szymanski, trata das famílias em geral, de suas formações tradicionais, das novas formações familiares, das transformações sofridas pelas famílias, das relações de parentesco e de hierarquia familiar, assim como da relação condição financeira e estrutura familiar. Szymanski faz uso de uma linguagem clara e objetiva o que facilita muito na compreensão do texto e nas mensagens que o mesmo passa. A autora utiliza de citações de clássicos e de autores contemporâneos, quanto mais se lê mais interessante fica o texto.
Segundo a autora, compreende-se por família, uma associação de pessoas que escolhe conviver por razões afetivas e assume um compromisso de cuidado mútuo e, se houver, com crianças, adolescentes e adultos. Sendo assim pode-se concluir que família não vem apenas de parentesco, e sim do ciclo de pessoas com quem se “mora”. São abordados nove tipos de conjunturas familiares dentre elas estão os casais homossexuais com ou sem crianças, as famílias reconstituídas depois do divorcio, os casais, dentre outras. E com os novos modelos familiares, surgem também as novas questões referentes à convivência.
O texto trata do relacionamento dos membros familiares uns com os outros nessas novas conjunturas e em meio a uma sociedade de constante transformação. A metacomunicação é definitiva na relação entre os membros da família, onde adultos e crianças reagem ao sentimento que o outro está transmitindo, existe também a confusão que ocorre quando as palavras e os sentimentos se contradizem, as relações afetivas intrafamiliares tem a capacidade de marcar positiva ou negativamente o individuo por toda a sua vida.
Um ponto importante que o texto também aborda é sobre as práticas educativas utilizadas nas famílias, práticas essas que são aplicadas pelos membros mais velhos sob os mais jovens, a fim de ensinar, colaborar na socialização e disciplinar os mesmos. A aplicação destas medidas varia de acordo com a criação que os pais ou responsáveis tiveram, assim como a forma destas pessoas verem o mundo, sua posição social e até mesmo pela localidade geográfica a qual ocupa. O texto diz que na família pobre, por exemplo, as relações entre seus membros seguem um padrão tradicional de autoridade, e ocorre a insistência na hierarquia, usando-se a força para impor obediência. A autora cita um exemplo muito interessante, o depoimento de uma mãe que dizia fingir bater no filho para não ouvir as admoestações dos vizinhos, que subestimavam a educação que ela dava a seu filho, fica claro neste momento que mesmo na relação intrafamiliar, as pessoas tendem a expor suas vidas de forma que se torne importante as opiniões externas em algo que deveria ser particular. Em contra partida, há aquelas famílias muito protetoras que criam seus filhos envoltos a uma camada excessiva de segurança onde a criança ou jovem fica alheio à sociedade em que vive. As formas de lidarem com as situações adversas, variam de família para família, por exemplo, há pesquisas nas quais afirmam que punições físicas são mais comuns em famílias mais pobres.
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