Fibras De Interesse Economico

INTRODUÇÃO

Fibras vegetais são todas as células esclerenquimatosas de forma tipicamente prosenquimatosa, isto é, apresentam o comprimento da fibra excessivamente maior que a largura. Desta forma, do ponto de vista estritamente histológico, o termo “fibra” tem sido usada para designar uma grande variedade de tipos de células que se caracterizam pela forma alongada, parede secundária espessa e regular com a ocorrência de pontuações (MEDINA, 1959).

Nos últimos anos a procura pelos produtos naturais vem crescendo em todo mundo. A preocupação com o meio ambiente das indústrias em substituir os produtos não biodegradáveis é o principal motivo dessa busca incessante. Com a crescente preocupação ambiental, a utilização de recursos naturais renováveis, os quais não agridem o meio ambiente e representam uma fonte alternativa de grande potencial econômico, tornou-se vital para a sobrevivência das indústrias em um mercado globalizado e competitivo.

As fibras vegetais apresentam um grande potencial de aplicação na indústria automobilística, na área de revestimento interno de automóveis, ônibus e caminhões, e construção civil. As perspectivas futuras para as fibras vegetais são muito boas também em outras áreas como, por exemplo, a indústria têxtil, atualmente com o seu mercado em expansão.

De acordo com Lourenço et al. (1994) as características apresentadas por fibras vegetais de coco, curauá, aninga e piteira podem ser indicadas para a aplicação tecnológica como reforço de materiais. Estas aplicações dependem das características das fibras vegetais após sua obtenção das plantas originárias e dos processos de beneficiamento a que são submetidas.

FIBRAS DE INTERESSE ECONÔMICO

A importância das fibras vegetais para o ser humano é imensurável, e em determinados casos, insubstituível. Observando o meio ambiente é possível perceber a correlação da vida humana com as fibras vegetais e sua dependência vital deste versátil elemento. As fibras extraídas do reino vegetal são exploradas pelo homem desde os primórdios da humanidade. A vestimenta da civilização contemporânea ainda é constituída em sua maior parte das fibras de algodão (Gossypium sp). Também, para fins têxteis, exploram-se diversos materiais como o linho (Linum usitatissimum), entre outros.

Nas regiões tropicais muitas pessoas ainda tem suas casas com a cobertura e às vezes com as próprias paredes constituídas por folhas de palmeiras com suas resistentes fibras. Também nessas regiões, muitos pescadores fabricam suas armadilhas para peixes com cordas vegetais. O artesanato indígena com suas belas cestarias é outro exemplo da ancestralidade exploratória desse maravilhoso material. Até na alimentação, o ser humano utiliza e depende de maneira vital das fibras vegetais para um funcionamento saudável de seu organismo. O papel, tal qual conhecemos e utilizamos nos dias atuais, foi inventado na China há aproximadamente 2000 anos. Atualmente , as madeiras mais utilizadas para a fabricação do papel são a espécies de pinus (Pinus spp), que tem fibras longas e as de eucalipto (Eucalyptus spp) que tem fibras curtas. Não há muito que se falar sobre a importância e necessidade que se tem do papel, pois ele é o suporte para as idéias e pensamentos humanos.

FIBRAS NA ECONOMIA

Pode-se perceber que as fibras vegetais são, em conseqüência da sua necessidade e importância para a humanidade, a base econômica de muitos povos, e a alavanca propulsora para o desenvolvimento de muitas nações. Por muito tempo, a China manteve o segredo da fabricação do papel, o que lhe conferia grande poder e recursos superiores em comparação a outros países, que promoveram, inclusive, guerras para apoderarem-se desse conhecimento e usufruírem de todos os benefícios que o mesmo proporcionava. As velas e cordas essenciais às expedições de descobrimentos das terras do novo mundo eram provenientes das fibras vegetais, ou seja, usando de metáfora, pode-se dizer que foram o motor dos conquistadores europeus. A produção de fibras e