Desenvolvimento Sócio Econômico
Trabalho Escolar: Desenvolvimento Sócio Econômico. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: danybarros • 18/2/2013 • 1.340 Palavras (6 Páginas) • 1.017 Visualizações
DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÔMICO
O desenvolvimento sócio-econômico é um conceito que por sua amplitude aproxima a economia das demais ciências sociais. Sua caracterização não se restringe ao crescimento da produção em uma região, mas trata principalmente de aspectos qualitativos relacionados ao crescimento. Os mais imediatos referem-se à forma como os frutos do crescimento são distribuídos na sociedade, à redução da pobreza, à elevação dos salários e de outras formas de renda, ao aumento da produtividade do trabalho e à repartição dos ganhos dele decorrentes, ao aperfeiçoamento das condições de trabalho, à melhoria das condições habitacionais, ao maior acesso à saúde e à educação, aos aumentos do acesso e do tempo de lazer, à melhora da dieta alimentar e à melhor qualidade de vida em seu todo envolvendo condições de transporte, segurança e baixos níveis de poluição em suas várias conotações, para citar alguns. Desta forma, a idéia do desenvolvimento sócio -econômico necessariamente se liga a processos dinâmicos que representem rupturas das condições econômicas vigentes. Como os processos de ruptura pressupõem alguma forma de acumulação de capital que a financie, o fenômeno do desenvolvimento está relacionado com as economias capitalistas. Também pela importância da acumulação de capital nesse processo é que se confunde às vezes na literatura o fenômeno do desenvolvimento com o conceito mais restrito de crescimento econômico, este envolvendo questões puramente quantitativas.Novas tecnologias promoveram as revoluções industriais a partir do século XVIII e foram responsáveis pelos desenvolvimentos das nações que hoje integram o chamado primeiro mundo. Desempenharam importante papel não só no desenvolvimento industrial propriamente dito, mas também na agricultura, nos transportes e nos demais serviços daquelas nações. A idéia de Desenvolvimento sócio -econômico esteve presente nos primeiros estudos econômicos, desde os mais elementares. A Fisiocracia, escola de pensamento formada por economistas burgueses no século XVIII na França, ficou conhecida pelo trabalho pioneiro de François Quesnay (1694-1774) que, através de seu Tableau Économique de 1758, definiu o sistema econômico à semelhança do funcionamento do organismo humano. A agricultura era considerada pelos fisiocratas como única atividade produtiva e, portanto, o desenvolvimento dependia do aumento da produtividade agrícola. Para tanto defenderam a redução de impostos e condenaram gastos supérfluos e tudo que prejudicasse a venda da produção agrícola, necessária à capitalização da agricultura e à geração de excedente para estender o desenvolvimento às demais atividades econômicas.O segundo passo no estudo da economia deu-se com a obra de Adam Smith (1723-1790), já entendendo como capaz de criar valor também a atividade industrial. Chamou-se Uma Investigação sobre a Natureza e Causas da Riqueza das Nações seu trabalho datado de 1776. Nessa obra estavam presentes as preocupações com o progresso econômico rompendo o equilíbrio estático das economias. Smith ressaltou os aspectos responsáveis pelo desenvolvimento econômico como a acumulação do capital, o crescimento populacional e a produtividade da mão de obra, introduzindo a idéia da divisão do trabalho como forma de promover o progresso econômico. A divisão do trabalho, que viabiliza o aumento da produção, depende de ampliação de mercados e este depende de condições econômicas que assegurem o aumento da quantidade de capital disponível na forma de instrumentos, ferramentas, máquinas e instalações.Smith defendeu a liberdade de atuação dos mercados, sem intervenções de governo, para assegurar o crescimento dos mercados e os frutos decorrentes desse crescimento. Salientou a importância, para a promoção do desenvolvimento econômico, de instituições sólidas garantidoras da liberdade do comércio interior e exterior, a segurança da população, o direito de propriedade, o adequado ambiente político e uma legislação condizente com as aspirações desenvolvimentistas.Em 1817 o economista David Ricardo (1772-1823), partindo das idéias de seu antecessor, destacou a importância das inovações tecnológicas para o desenvolvimento, embora seja considerado um integrante do grupo dos pessimistas entre os pensadores econômicos. Seu pessimismo decorreu das hipóteses com as quais trabalhou relativas aos rendimentos decrescentes da agricultura, na medida em que a terra se tornava mais escassa com sua exploração, e do crescimento da população relativamente ao estoque de capital. Um aspecto sócio-cultural de sua teoria se revelou nas preocupações que manifestou quanto ao problema causado pelas superpopulações. Estas eram típicas, segundo ele, de sociedades com padrões de subsistência mais modestos. Para evitar a superpopulação as sociedades deveriam ser estimuladas a experimentar mais divertimentos e mais comodidades, ou seja, maior bem estar, objetivo último do desenvolvimento.Passados cincoenta anos da publicação dos Princípios de Economia Política e Tributação de David Ricardo, Karl Marx (1818-1883) publicou o primeiro volume de sua magna obra O Capital: Uma Crítica da Economia Política acrescentando importantes elementos à teoria do valor trabalho esposada igualmente por seus antecessores Ricardo e Smith. Marx considerou resultado de exploração, portanto condenável, toda renda que não fosse derivada do trabalho. É pelo trabalho que as relações sociais se estabelecem, determinando as estruturas social, cultural, legal e institucional da sociedade.A teoria de desenvolvimento econômico de Marx se apoiou no método dialético de Hegel que vê nas transformações a origem
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