Fundamentos Históricos Teóricos-metodológicos do Serviço Social II e Psicologia e Serviço Social I
Por: mariamatteuzzo • 5/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.402 Palavras (6 Páginas) • 544 Visualizações
UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
POLO PRESENCIAL: ITATIBA-SP
Curso de Serviço Social
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DESAFIO PROFISSIONAL
Disciplinas: Fundamentos Históricos Teóricos-metodológicos do Serviço Social II e Psicologia e Serviço Social I
Maria Iracema Rodrigues Ferreira Ra: 2892586695
Prof. EAD: Maria Darlene N. Alves
Itatiba
Março de 2015
Fundamentos Históricos Teóricos-metodológicos do Serviço Social II e Psicologia e Serviço Social I
O presente trabalho, tem por finalidade nos levar a reflexão sobre os parâmetros da atuação dos Assistentes Sociais e Psicólogos(as) dentro da Política de Assistência Social, compreendendo-se a importância do trabalho multidisciplinar no enfrentamento da questão social, dentro do contexto da Ditadura Militar.
A Ditadura Militar, ficou marcada por Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a repressão daqueles que eram contra o regime, entre outros, levando os profissionais da Assistência social se desvincularem do conservadorismo da profissão, foi quando o Serviço Social adentrou na discussão do Movimento da Reconceituação, portanto a Ditadura Militar acabou tendo grande influência para a reformulação do Serviço Social.
A profissão de psicólogo foi regulamentada no Brasil em 1962, pouco tempo antes do Golpe Militar que condenou o país a um longo período ditatorial.
Foi um período caracterizado pela ênfase de teorias individualistas que contribuíram para tendências culturais da hegemonia burguesa e criavam uma psicologia privada, individual e elitista.
O Serviço Social Brasileiro foi marcado em sua história recente por influências teóricas advindas das ciências da natureza
Foi a partir do Movimento de Reconceituação ocorrido a partir da década de 1960, que a categoria profissional teve a possibilidade de vislumbramento de outros referenciais teóricos, que vai além das requisições da autocracia burguesa ao Serviço Social.
Um dos elementos caracterizadores da renovação do Serviço Social sob a autocracia burguesa foi a laicização do serviço social (PLT, pg128).
Outro elemento constitutivo da Renovação do Serviço Social são as elaborações teóricas referidas a profissão e o significativo debate teórico metodológico.
Marca o Serviço Social ainda nesse período o Seminário de Araxá, onde o Serviço Social adentra na discussão do Movimento de Reconceituação. Após o Seminário de Araxá, acontece em 1970 o Seminário de Teresópolis. Registra-se ainda a análise dos casos de Sumaré e Alto da Boa Vista, onde formulações registradas anteriormente caminham para o desenvolvimento das ideias que geram a chamada “modernização conservadora” que o Estado Ditatorial leva a cabo e contribui para o processo renovador.
A partir de 1972 até 1974, alguns assistentes sociais elaboraram uma crítica de esquerda, baseada no marxismo de Althusser, o que resultou no método B.H.
Outro marco importante da categoria profissional aconteceu em 1979, com o II Congresso Brasileiro dos Assistentes Sociais (denominado de Congresso da Virada).
Ao iniciar a década de 80, principalmente com as Diretrizes Curriculares de 1982, o Serviço Social adentrou na corrente Marxista de influência gramsciana (Teoria Crítica de Antonio Gramsci).
Em meio a promulgação da Constituição Federal de 1988 a categoria profissional redesenha a fundamentação teórico-metodológica, e os assistentes sociais aprofundam as discussões e debates sobre a formulação de um Projeto Ético-Político, cujo valor central é a liberdade humana, alicerçada no aparato legal dos direitos civis, direitos sociais e direitos políticos.
Foi ao longo de sete décadas que o Serviço Social conquistou tal projeto, o qual é fruto de luta e resistência, por parte dos assistentes sociais, às ideologias políticas, econômicas e culturais conservadoras presentes no cenário nacional.
Diante do cenário que a história nos coloca em relação ao trabalho, lutas e transformações das profissões das áreas de Psicologia e Assistência Social, podemos constatar que ambas as áreas caminharam no sentido da construção de práticas baseadas através de teorias, métodos e fundamentos comprometidos com a sociedade brasileira, e com a transformação social, em direção a uma ética voltada para a emancipação humana.
Durante o período Ditatorial, tanto as abordagens psicológicas quanto as do serviço social eram dentro de um perfil de alienação e a serviço do regime.
A inserção de psicólogos (as) e assistentes sociais no Serviço Único de Assistência Social (SUAS) desafia a todos, enquanto profissionais, a pensar a política de Assistência Social e a produzir contribuições para a sua efetivação.
Essa inserção profissional deve estar calcada numa visão crítica da Assistência Social e em um compromisso com as urgências da sociedade brasileira. Entretanto, não basta discutir sobre as melhores técnicas e estratégicas de atuação dos(as) profissionais, é necessário fazer avançar a qualidade dessa atuação, é imprescindível, antes de tudo, discutir as concepções e pressupostos que orientam a política de assistência social.
Uma atuação interdisciplinar entre psicólogos(as) e assistentes sociais requer interface com as políticas de saúde, Previdência, educação, trabalho, lazer, meio ambiente, comunicação social, segurança e habitação, na perspectiva de mediar o acesso dos(as) cidadãos(ãs) aos direitos sociais.
As abordagens das duas profissões podem somar-se com intuito de assegurar uma intervenção capaz de responder a demandas individuais e coletivas, com vistas a defender a construção de uma sociedade livre de todas as formas de violência e exploração de classe, gênero, etnia e orientação sexual.
Ainda ao integrar a equipe dos(as) trabalhadores(as) no âmbito da política de Assistência Social, esses (as) profissionais podem contribuir para criar ações coletivas de enfrentamento a essas situações, com vistas a reafirmar um projeto ético e sócio-político onde seja assegurada a divisão equitativa da riqueza socialmente produzida. A equipe deve ser orientada pela perspectiva da totalidade, visando situar o indivíduo nas relações sociais que têm papel determinante nas suas condições de vida, não responsabilizando-o pela sua condição sócio-econômica.
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