GUIA STOMATOLÓGICO PARA SEGURANÇA DAS BIOSÉTICAS
Projeto de pesquisa: GUIA STOMATOLÓGICO PARA SEGURANÇA DAS BIOSÉTICAS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: estefanefg • 19/10/2014 • Projeto de pesquisa • 2.486 Palavras (10 Páginas) • 209 Visualizações
MANUAL DE BIOSSEGURANÇA ODONTOLOGICA
Figura 1: Símbolo de biossegurança odontológica.
Biossegurança “é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento, tecnologia e prestação de serviço visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados”. [CTbio/FIOCRUZ].
Os profissionais de Odontologia, Cirurgiões-Dentistas, Auxiliares de Consultório Odontológico, Higienistas, Técnico de Higiene Dental e Técnico de Laboratório de Prótese estão sob risco constante de adquirir doenças no exercício de suas funções.
Comprovadamente os microrganismos tem driblado as medidas de segurança adotadas na atualidade, colocando em risco profissionais e pacientes, e a falta de cuidados em relação à biossegurança, tem propiciado a intensificação do ciclo de infecções cruzadas.
É responsabilidade do Cirurgião-Dentista a orientação e manutenção da cadeia asséptica por parte da equipe Odontológica e o cumprimento das normas de qualidade e segurança quanto ao radiodiagnóstico e descarte de resíduos gerados pelo atendimento.
O controle de infecção é constituído por recursos materiais e protocolos que agrupam as recomendações para prevenção, vigilância, diagnóstico e tratamento de infecções, visando à segurança da equipe e dos pacientes, em quaisquer situações ou local onde se prestem cuidados de saúde.
A biossegurança nunca é completa quando profissionais da Saúde atendem a um paciente ou manipulam instrumentos, material biológico e superfícies contaminadas. Porém, o fato de sempre haver um risco, deve ser isto um estímulo à nossa dedicação, e não o inverso, ou seja, uma justificativa às nossas falhas.
Limpeza dos artigos odontológicos
De acordo com Verotti (2006) os artigos utilizados na cavidade bucal exigem o máximo rigor no processamento, recomendando-se a esterilização por autoclave pelo fato de que o uso de desinfetantes não assegura a eliminação de todos os microorganismos. Na odontologia, os processos de esterilização indicados são:
Físicos: utilização de vapor saturado sob pressão, autoclave.
Quimicos: utilizando-se soluções de glutaraldeido a 2% e de acido peracético a 0,2%.De acordo com Verotti (2006) o instrumental esterilizado deve ser armazenado em local separado, em armários fechados, protegidos de poeira, umidade e insetos. Este local deve ser limpo e organizado periodicamente
A prática no cotidiano profissional infelizmente não se observa a adoção de medidas que reduza a infecção cruzada no ambiente de trabalho, considerando que comumente não se encontram nas Unidades Básicas de Saúde, o mínimo de material de higienização, bem como o simples sabão para lavar as mãos e papel para secá-las. Tais condições de trabalho induzem o profissional a enfrentar o dia-a-dia apenas como um profissional que reduz o tamanho das filas minimiza as dores dos seus pacientes, mesmo sabendo que suas vidas, de sua equipe e de seus pacientes encontram-se em perigo. Tendo que obedecer a ordens de pessoas descompromissadas com o social e a qualidade de trabalho e atendimento. O profissional capacitado não é valorizado pelas esferas administrativas, este deveria ocupar lugar em seu ambiente de trabalho de acordo com sua especialização, poder opinar, dessa forma contribuiria para a qualidade no atendimento, envolveria sua equipe em suas atividades dinamizando o trabalho como um todo.
As principais doenças infecto-contagiosas que representam riscos em consultório odontológico podem ser causadas por vírus como Catapora, Hepatite B, Hepatite C, Conjuntivite Herpética, Herpes Simples, Herpes Zoster, Mononucleose Infecciosa, Sarampo, Rubéola, Parotidite, Gripe, Papilomavírus Humano, Citomegalovírus, HIV. Podem ser causadas por bactérias que levam a Pneumonia, Infecção por Estafilococos, Estreptococos, Pseudomonas, Klebsiella, bacilos como o da Tuberculose, e ainda os fungos, mais comumente associado à Candidíase. Os profissionais de odontologia também devem se vacinar, embora não existam todas as vacinas para prevenção destas doenças.
Os serviços de Odontologia necessitam cumprir as normas de biossegurança baseadas em leis, portarias e normas técnicas do Ministério da Saúde, Ministério do Trabalho e Secretarias Estaduais e Municipais, que observam desde proteções contra radiações ionizantes, radiações de luz halógena, medidas para o controle de doenças infecto-contagiosas, destinação de resíduos e proteção ao meio ambiente.
As sanções previstas na lei podem ir desde uma simples advertência ou multa classificada em leve, grave ou gravíssima, até à interdição do estabelecimento odontológico. [Lei Federal 6.437, de 20/08/1977].
O que temos que implantar é a cultura da valorização do homem e a valorização da sua qualidade de vida. Sabemos que a cada segundo, substâncias químicas e microrganismos estão sendo introduzidos no meio ambiente e que os resultados dessa verdadeira alquimia biotecnológica ainda são desconhecidas para a humanidade.
Em todos os instrumentos odontológicos, dos mais simples aos mais sofisticados, esconde-se um universo imenso de microorganismos patogênicos. Alguns estudos demonstram que os germicidas quando entram em contato com os lubrificantes das pontas de alta e baixa rotação, perdem a ação, e ainda, sugerem que esses lubrificantes estariam permitindo a proliferação de microorganismos.
A flora bucal abriga em média 300 diferentes microorganismos.
Figura 2: Bacterias presentes na saliva.
O protocolo de Biossegurança deve ser seguido, não só para proteção do paciente como do próprio profissional. Consta como parte da biossegurança o uso de equipamentos e materiais por parte do profissional e equipe auxiliar como: máscaras descartáveis, gorros descartáveis, luvas de procedimento e cirúrgicas, protetor de pontas descartáveis (alta e baixa rotação e outras pontas auxiliares), agentes químicos de desinfecção e esterilização de superfícies e instrumentais, filme plástico para cobertura de áreas tocadas durante os procedimentos (deve ser trocado a cada paciente), antissépticas para o paciente fazer bochecho antes de qualquer procedimento.
É
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