Linha Do Tempo Da Maconha
Dissertações: Linha Do Tempo Da Maconha. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gabiferre • 30/5/2014 • 2.386 Palavras (10 Páginas) • 967 Visualizações
De 10 000 a.C. a 2014
A cannabis acompanha a humanidade desde o inicio da civilização. Veja nesta linha do tempo os principais momentos de nossa relação com essa planta.
2014 é um ano de ruptura na história da maconha. Até o final do ano, o Uruguai e dois Estados norte-americanos terão regulamentado o comercio da droga para uso recreativo, depois de décadas de proibição irrestrita. Mas essa historia começa muito antes, porque a planta é uma velha conhecida do homem. Ainda não tínhamos inventado a roda nem a escrita, mas já usávamos fibras do que hoje chamamos de Cannabis sativa para fazer cordas. Está impresso nem vaso de mais de 10 mil anos de idade. Tambem conhecemos, desde a idade da pedra, seu poder de alterar a percepção e idade da pedra, se poder de alterar a percepçãoe comportamento. Na tradição do hinduísmo, uma das religiões mais antigas da historia, ela era ( e continua sendo) uma planta sagrada, usada em rituais e oferendas. Os chineses de mais de 4 mil anos atrás relatavam objetivamente que a erva ajuda a “comunicar-se com os espíritos e iluminar o corpo”.
De lá para cá, a humanidade usou a cannabis para fabricar tecidos, Papel, alimento, combustível, remédios cem anos é que ela foi parar no centro de uma enorme controvérsia e acabou proibida. Nesta linha do tempo, você vai entender melhor o que aconteceu entre esses dois extremos.
Primeiro registro
10 000 a.C. - Yuan-chun, China. Uma porcelana com marcas de corda de cânhamo cobrindo sua superfície foi encontrada em um sítio arqueológico do período neolítico chinês.
4 000 a.C. - Vila Pan Po, Vale Weishui, China. Fibras de cânhamo empressas em vasos e loucas decorativas.
2 700 a.C. O Pen Te'ao Ching. Farmacopia do império de Shen-Nug, que viveu inicio do 3(o) milênio a.C., mostra que chineses conheciam o efeito psicoativo da cannabis: " Tomada em exesso, faz ver demônios. e longo prazo, ajuda a comunicar-se com os espíritos e ilumina o corpo."
2 000 a 1 400 a.C. Os Avestas , livros sagrados di zoroastrismo, se referem ao bhang, bebida de cannabis, como "o bom narcótico".
1 500 a.C. EGITO ANTIGO O Papyrus Ebers, tradicional papiro sobre medicina, recomenda o uso do cânhamo dissolvido em mel para o alivio de inflamações nos olhos e cólicas menstruais.
1 000 a.C. TURQUIA Tecido de cânhamo usado na região da Anotólia.
MADAGASCAR Restos de cânhamo mais antigos encontrados na África.
O Atharva Veda, livro sagrado do hinduísmo, faz referência as alterações mentais causadas pelo bhang bebida psicoativa feita com folhas e flores de maconha.
530 a.C. EUROPA Registro arqueológico mais antigo de cânabis na Europa.
500 a.C. Erva perfumada aparece no Antigo Testamento Apesar da Cannabis ser popular na religião e na época em que o Antigo Testamento foi escrito, não existe menção esplícita à planta na Bíblia. No Êxodo, porém, Deus pede a Moisés que faça um óleo sagrado com o ingrediente “Kaneh Bosm”. Para a antropóloga polenesa Sula Benet, a tal “erva perfumada” descrita em hebraico é a maconha.
200 a.C. Sementes de cannabis são usadas como alimento na china.
50 a.C. O grego Pedanius Dioscórides cita a cannabis como remédio anti-inflamatório. Médico do exército romano, ele escreveu a obra Materia Medica, principal livro de medicina até o século 15. O médico romano Cláudio Galeno, do século 2, conta que se ofereciam “flores de cânhamo fêmea” em ocasiões sociais.
301 O imperador romano Diocleciano fixa o preço do Haxixe: 80 denáros por quilo, mais cara que o ópio. Apreciada pelos vizinhos egípcios, a droga era importada deles ou de povos celtas. Seu uso só seria popular no continente por volta do século 19.
1000 Médico árabes divergem sobre efeito de comoer haxixe: Para alguns era remédio, para outros, veneno. No século 12, comer e fumar haxixe já era algo muito popular no oriente médio. Ele e o bhang aparecem em vários trechos das Mil e Uma Noites.
1550 Escravos angolanos trazem a maconha para o brasil. Vindo para o país em navios negreiros a partir da segunda metade do século 16, eles trouxeram diversas sementes, incluindo as de cannabis. Eles podiam cultivar a planta entre as dileiras de cana-de-açúcar e fumá-la nas entressafras. Durante todo o Brasil Colônia, a droga seria chamada por nomes de origem africana, como diamba e pito do pango.
1745 Geirge Washington planta cânhamo por 30 anos em sua fazenda.
1753 O botânico sueco Carl von Linné descreve a Cannabis sativa. Ele usa um nome publicado pela primeira vez em 1542
1793 Os britânicos começam a cobrar impostos de derivados de cannabis na índia, incluindo bjang e haxixe.
1798 Napoleão Bonaparte conquista o Egito e proíbe o uso do haxixe. O contato de soldados e outros franceses com a droga ajudaria a popularizar a novidade na Europa.
1812 A Rússia viola o trato de Tilst para vender cânhamo aos ingleses e Napoleão declara guerra contra czar.
1840 Surgem os primeiros remédios de Cannabis indica nos EUA. O haxixe é vendido em farmácias persas.
1841 De volta da Índia, o médico inglês William O´Shaughnessy publica um ártico sobre a “India Hamp” e populariza o uso medicinal da maconha na Inglaterra do século 19.
1877 O império Otomano proíbe o cultivo de haxixe no Egito. A venda, em entanto, continuou permitida e o país passou a importar a droga da Grécia.
1895 O uso do haxixe é declarado um problema de saúde pelo governo do Egito.
1893 Na Índia, a Comissão do Cânhamo do Reino Unido conclui que a droga é boa para diabetes, insônia e ansiedade, e que não representa um problema de saúde publica.
1910 Cientistas brasileiros dizem que maconha explica “ignorância” e “criminalidade” dos negros.
1913 Ministério da Agricultura dos EUA consegue adaptar a maconha para o clima local.
1916 Ná África do Sul, proprietários de minas permitem que funcionários fumem maconha três vezes ou dia, para incentivá-los a trabalhar mais.
1921 Nova lei federal de entorpecentes proíbe o uso recreativo no Brasil.
1925 Na convenção de Genebra
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