Mas, no final, o que é a sustentabilidade ambiental?
Projeto de pesquisa: Mas, no final, o que é a sustentabilidade ambiental?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: heltonmota • 22/3/2014 • Projeto de pesquisa • 3.212 Palavras (13 Páginas) • 204 Visualizações
INTRODUÇÃO
Num artigo publicado na revista Sustentabilidade, Walter Gonçalves de Souza diz algo claro; mas que, todavia, ainda parece estar distante da nossa realidade nos dias de hoje: “Para pensar em sustentabilidade, devemos primeiro pensar em uma educação ambiental voltada para a sustentabilidade”.
Uma frase simples e que encerra todo um conhecimento e uma constatação muito simples: Muitas pessoas ouvem constantemente falar sobre sustentabilidade; mas na verdade muito poucas sabem como levar uma vida mais sustentável ou o que isso significa. Desta forma, a criação de uma mentalidade sustentável nas pessoas e nas empresas passa, a princípio, pela criação de uma rede que seja capaz de fornecer a educação ambiental necessária para o correto entendimento e a criação de uma cultura de sustentabilidade que se espalhe por todas as camadas da sociedade.
Mas afinal, o que é sustentabilidade ambiental?
A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável,[1][2] podendo igualmente designar-se como a capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para outras espécies e a qualidade de vida para as pessoas, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis.[3][4]
Iniciar a formação de uma mentalidade sustentável e fornecer os conhecimentos necessários para isso, deve se iniciar desde a mais tenra infância e assim que as crianças consigam compreender os conceitos existentes por trás deste tema importantíssimo. Isso permitirá que num futuro próximo, essas crianças se transformem em multiplicadores e, em um tempo mais distante, em adultos conscientes e competentes para buscar métodos e modelos de vida que garantam a sustentabilidade de suas casas e a sustentabilidade de suas cidades. Exercendo o seu poder de pressão e de decisão sobre as empresas e sobre toda a sociedade em que vivem.
Essa educação ambiental e os conceitos de sustentabilidade devidamente arraigados e cultivados nos corações e nas mentes das futuras gerações; proporcionarão o poder necessário as massas para que exerçam a capacidade de regular o mercado e garantir que os aproveitadores e espertalhões de plantão sejam severamente banidos; garantindo uma sobrevida apenas para as empresas que sigam os preceitos da sustentabilidade na fabricação de seus produtos ou no fornecimento de seus serviços, ou seja, uma empresa sustentável. Assim, o poder do indivíduo transbordará para toda a sociedade e ganhará força, cada vez maior, pressionando as corporações a cuidar melhor e proteger o meio ambiente em que se inserem.
Esta é, sem sombra de dúvidas, a característica mais essencial e mais positiva e que, evidentemente, mais garantirá a continuidade de uma boa condição de vida para as gerações futuras. Uma correta educação ambiental eliminará a ideia errônea e egoísta de que “estamos sós”. E provará, até para os mais céticos, que tudo está interligado e que cada ação, negativa ou positiva, tem seus reflexos no meio ambiente que nos cerca. Quando o ser humano entender isso e todas as sociedades voltarem-se para a importância que representa levar uma vida mais sustentável; o mundo deixará de correr o grave risco que hoje corre de uma aniquilação pelo esgotamento de sua capacidade de manter nossas vidas no ritmo atual de exigências e de consumo que imprimimos, e quem sabe conseguiremos ter um planeta sustentável.
Gostaríamos de ressaltar que no ano de 1992 ocorreu a II Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), conhecida também como ECO-92, Rio-92, Cúpula ou Cimeira da Terra, realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro, reuniu mais de cem chefes de Estado que buscavam meios de conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a conservação e proteção dos ecossistemas da Terra.[6]
A Conferência do Rio consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável e contribuiu para a mais ampla conscientização de que os danos ao meio ambiente eram majoritariamente de responsabilidade dos países desenvolvidos. Reconheceu-se, ao mesmo tempo, a necessidade de os países em desenvolvimento receberem apoio financeiro e tecnológico para avançarem na direção do desenvolvimento sustentável. Naquele momento, a posição dos países em desenvolvimento tornou-se mais bem estruturada e o ambiente político internacional favoreceu a aceitação pelos países desenvolvidos de princípios como o das responsabilidades comuns, mas diferenciadas. A mudança de percepção com relação à complexidade do tema deu-se de forma muito clara nas negociações diplomáticas, apesar de seu impacto ter sido menor do ponto de vista da opinião pública.
PROJETO DE SUSTENTABILIDADE
1. OS RECURSOS HÍDRICOS E A SUSTENTABILIDADE
A água é um patrimônio da humanidade, um elemento vital para todos os ecossistemas e sociedades humanas, devendo ser compartilhada com as gerações atuais e futuras que habitam as bacias hidrográficas e suas fronteiras. Existe uma crescente preocupação em preservar este bem natural, afinal, água com boa qualidade e suficiência gera riquezas, desenvolvimento e propicia vida saudável.
Grande parte das doenças existentes hoje no mundo em vias de desenvolvimento são causadas pelos serviços deficientes de saneamento básico, evidenciando a importância do tratamento da água e sua distribuição universal. Além disso, é necessário eliminar a ideia de que a água é um bem infinito e que a renovação natural e o volume dos recursos hídricos por si só têm a capacidade de autodepuração. A educação e a participação da população são fundamentais, já que “isso aumentaria o senso de responsabilidade das pessoas para com o estado do meio ambiente e lhes ensinaria a controlá-lo, protegê-lo e melhorá-lo” (CMMAD, 1987, p. 124). . [7]
Para o tratamento de água, a qualidade da água bruta tem papel fundamental na definição da tecnologia empregada e na sua sustentabilidade a longo prazo. Quanto mais poluída for a fonte, mais complexo será o tratamento e mais elevado será o custo do produto final. O capítulo 18 da AGENDA21[8] analisa que as atividades econômicas e sociais dependem muito do suprimento e da qualidade da água, sendo importante definir métodos que possibilitem assegurar uma oferta de água na quantidade e qualidade adequadas. Devem ser satisfeitas as necessidades hídricas para que o país alcance um desenvolvimento sustentável, e, ao mesmo tempo, devem ser preservadas as funções hidrológicas, biológicas e químicas dos ecossistemas,
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