Nem tudo é plágio, nem todo plágio é igual
Por: silhertel • 16/6/2015 • Resenha • 493 Palavras (2 Páginas) • 1.526 Visualizações
Nem Tudo é Plágio, Nem Todo Plágio é Igual: Informações Éticas na Comunicação Científica.
O plágio gera polêmica em qualquer âmbito que seja descoberto, seja no ambiente da sala de aula ou no contexto amplo da comunicação científica.
O plágio é uma infração ética e está relacionada a autoria. Essa fraude ocorre quando há omissão do nome de um indivíduo cuja a contribuição justifica sua inclusão nos créditos do texto, ou ainda, a indicação de uma pessoa cuja colaboração não foi suficiente para receber o crédito.
Entre as fraudes de autoria encontramos o autoplágio. O objetivo é aumentar a quantidade de publicações do pesquisador. Segundo Menandro, o autoplágio se vale em proveito próprio para elevação artificial do volume de sua produção publicada.
No autoplágio se repetem palavras ou ideias de um trabalho em uma publicação do mesmo autor. É uma prática de reciclagem, uma cópia sem criatividade que viola uma expectativa de ineditismo; diferentemente do plágio, não há uso de ideias ou palavras de outro autor, nem prejuízo ao plagiado por falta de reconhecimento. Apesar de ser uma infração ética ele foge à regra descritiva do plágio como usurpação das palavras ou ideias alheias.
As consequências contra as diversas formas de fraudes de autoria podem ser desde uma simples diminuição da estima pela pessoa até a judicialização por meio de ação movida contra o plagiador.
Existem dois contextos de plágio: A comunicação científica e o cenário educacional.
O estudante que apresente textos com plágio deixa de desenvolver sua capacidade intelectual. As sanções pertencem ao âmbito pedagógico: uma nota baixa, a reelaboração do trabalho, a reprovação e até expulsão.
O plágio do pesquisador ganha dimensões maiores. O artigo publicado atinge um público leitor ampliado: a comunidade científica. Violar essas regras é impor danos ao autor plagiado de reconhecimento e por em jogo a credibilidade da ciência.
As sanções poderão ser a imposição da vergonha e do descrédito e banimento do plagiador dos periódicos. Outras medidas poderão ser tomadas como enfrentamento de processos administrativos e afastamentos do pesquisador do quadro docente de sua instituição.
Vários são os motivos para que se plagie, seja pela facilidade de acesso a fontes na internet, seja pela imposição de pressões do produtivismo. Muitas vezes sua criatividade acaba cerceada pela rotina massacrante de trabalho e estudo, também decorrente de uma urgência de produtividade.
Algumas vezes não se sabe se o plágio é intencional ou inadvertido. Mas de toda maneira, quando descoberto será objeto de diferentes sanções.
Existe a possibilidade, remota, mas possível, de duas pessoas terem a mesma ideia sobre o mesmo assunto. Por exemplo, a ideia de voar, onde o brasileiro Santos Dumont e os irmãos estadunienses Wright lutavam pela mesmo objetivo.
Casos onde não fique claro a intencionalidade do plágio, talvez mereçam um exame mais detalhado, caso a caso. O mais importante é que para que não ocorram plágios inadvertidos no campo da ciência, o pesquisador deve atentar-se à revisão da literatura e registrar em nota as ideias e aquilo que escreveram os autores pesquisados que formarem sua revisão bibliográfica.
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