O IDOSO E O MERCADO DE TRABALHO NO MUNDO ATUAL
Por: lilicalima13 • 11/5/2017 • Projeto de pesquisa • 2.459 Palavras (10 Páginas) • 358 Visualizações
PROJETO DE INTERVENÇÃO DO CURSO DE SERVIÇO SOCIAL EM ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
SERVIÇO SOCIAL - 7º SEMESTRE
ELIANE PEREIRA DE SOUZA - RA 7941705586
PROJETO DE INTERVENÇÃO – ESTÁGIO II
O IDOSO E O MERCADO DE TRABALHO NO MUNDO ATUAL
DADOS DA INSTITUIÇÃO CONCEDENTE:
1. Dados da Instituição:
Local: SESC- Serviço Social do Comércio/ SESC
Setor: Turismo – TSI - Trabalho Social com Idosos.
Endereço: Av. São Carlos, s/n- Jardim Paulista
Bairro: Olho d’água
Cidade: São Luis – MA.
Responsável:
Descrição da Instituição:
O Trabalho Social com Idosos (TSI) surge no SESC em meados da década de 60, após a constatação do isolamento social, que teve sua causa diagnosticada principalmente mediante a aposentadoria.
Percebeu-se que as instalações do SESC eram um ambiente propicio para um convívio fraterno, diversificado e de extrema satisfação para esse tipo de segmento da população.
O TSI tem como principal objetivo aliar os aspectos da promoção da saúde, socialização, promoção da autoestima, a fim principalmente de proporcionar um envelhecimento saudável, ativo, estimulando e viabilizando o processo de participação social, principalmente através dos Grupos de Convivência.
2. Dados do Projeto
2.1 – Título do Projeto:
O IDOSO E O MERCADO DE TRABALHO NO MUNDO ATUAL
2.2 – Local e Desenvolvimento das Atividades:
No supermercado Mateus/São Luis -MA
2.3 – Área de abrangência:
Supermercado Mateus/ São Luis –MA
3. Problema Diagnosticado
Os inúmeros desafios trazidos pela modernidade, como a industrialização e a urbanização, acarretaram transformações importantes e decisivas no mundo do trabalho, gerando consequências nas mais diferentes instâncias da vida das populações. Os trabalhadores que não acompanham tais mudanças e que não têm como preparar-se para responder às necessidades impostas por esta nova ordem estão automaticamente desligados e fora do mercado de trabalho. Neste sentido, as implicações tendem a avolumar-se à medida que este indivíduo se torna idoso (NASCIMENTO; SOUZA, 2006).
A modernidade, caracterizada pela intensa industrialização e pela globalização, traz grandes modificações para as relações de trabalho. “Tem-se novo mercado, mais competitivo, mais exigente, mais fechado” (NASCIMENTO; SOUZA, 2006, p. 8), que se caracteriza por um número menor de postos de trabalho, bem como pela sua precarização, com um grande contingente de trabalhadores no trabalho informal (NASCIMENTO; SOUZA, 2006).
O mundo do trabalho atual tem recusado os trabalhadores herdeiros da “cultura fordista”, fortemente especializados, que são substituídos pelo trabalhador “polivalente e multifuncional” da era toyotista (ANTUNES, 2007).
Na perspectiva do capital, o idoso representa o trabalhador que já se tornou improdutivo e obsoleto, o qual deve dar lugar às novas gerações de trabalhadores, dotadas de conhecimentos atualizados e de uma maior disposição para o trabalho. Argumenta Marx (1990) que o capital não se preocupa com o tempo de duração da força de trabalho, uma vez que seu exército industrial de reserva é, e sempre será, numericamente abundante. Assim, o velho deve ser expulso, retirado do mercado de trabalho.
A idade influi de forma negativa nas chances de o indivíduo trabalhar. Se, de um lado, pode haver uma redução de ofertas de trabalho dos idosos devido à redução do vigor físico característica da idade, de outro, pode haver uma menor demanda por pessoas mais idosas, tudo isso implicando na maior dificuldade de encontrar trabalho à medida que a idade aumenta. A educação também representa uma variável importante para a inserção no mercado de trabalho. Quanto mais elevado o nível de escolaridade, maior a probabilidade do indivíduo de trabalhar. De acordo com Camarano e Pazinato (2007), indivíduos mais qualificados apresentam salários crescentes até pelo menos os 65 anos. Portanto, aposentando-se cedo estariam abdicando justamente de renda em um período em que os rendimentos do trabalho ainda estão crescendo. Já para trabalhadores não qualificados, após os 50 anos os salários médios já estão em queda, o que poderia configurar, havendo a possibilidade de se aposentar, um incentivo à saída do mercado de trabalho.
O envelhecimento populacional, juntamente com a pobreza e a exclusão, deve ser considerado como aspecto determinante pelos formuladores de políticas e propostas de atenção à população em geral e em especial aquela que hoje já se encontra idosa.
A construção social da velhice, no Ocidente, é cercada de preconceitos relacionados aos condicionantes fisiológicos que estão em declínio, aos condicionantes sociais, como o afastamento e o isolamento sociofamíliar. A esses fatores se relacionam outros, que formam a base dos valores na sociedade contemporânea e que estão longe de colocar a velhice num lugar de destaque. Segundo Freire (2004), as transformações da sociedade contemporânea trouxeram para a dimensão simbólica novos arranjos que vêm alterando e provocando novos hábitos, valores e modos de produção da subjetividade em relação à velhice.
Durante a realização deste estudo levantamos dados considerados preocupantes visto que a exclusão social de idosos principalmente no mercado de trabalho precoce tem frustrado e desmotivado alguns da população
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