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O MEMORIAL DO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  17/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.102 Palavras (5 Páginas)  •  161 Visualizações

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2 DESENVOLVIMENTO

Para compreendermos um pouco sobre a origem histórica do Serviço Social e a forma como seus profissionais exerciam o seu trabalho, requer falar das práticas assistencialistas que faziam parte da profissão desde o seu surgimento.

Tendo suas raízes atreladas à igreja católica que mantém o domínio sob a caridade, filantropia, essas práticas eram apoiadas pela ordem burguesa da época. A profissão surge para atender os interesses da classe dominante, que desenvolvem ações para classe trabalhadora. “Nas décadas de 30 e 40 o serviço social tinha um caráter praticamente conservador e assistencialista, buscando favorecer o capitalismo monopolista e o desenvolvimento industrial, por sua atuação imediatista e acrítica”. (SANTINI; GÓES; 2009; p.83).

A partir da década de 60 que o conservadorismo e o tradicionalismo do serviço social passaram a ser questionados considerando a ocorrência das mudanças políticas econômicas e culturais configurados no Brasil.

Nesta lógica, nasce no interior da categoria tendências de modernização, norteando em direção à ruptura com o conservadorismo, dando origem ao movimento de reconceituação na década de 80.

O movimento de reconceituação representou um marco decisivo no desencadeamento do processo de revisão crítica do serviço social, foi também um saldo qualitativo que foi se estruturando uma profissão interventiva no combate das desigualdades sociais e também um marco no processo de politização e mobilização de profissionais e estudantes com participação nos sindicatos em todo o país. (MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO, [200-]).

O país se redemocratizando, com a nova Constituição Federal (1988) uma importância mudança na área do serviço social, que acompanha todo um movimento da sociedade brasileira. As Políticas Sociais passaram a direcionar-se para a universalização e a garantir os direitos sociais.

A década de 80 foi importante no traçado dos rumos técnico-acadêmicos e políticos para o serviço social, pois foi a parti desse período que se pode elaborar um projeto profissional que hoje aglutina grande número de assistentes sociais no país e que foi discutido e construído nas últimas décadas. (FERREIRA, 2009, p.52).

Porém, a década de 90 que o Serviço Social começa a discutir novas formas de pensar na sua formação e no seu exercício profissional.

Dessa forma, nas últimas duas décadas, o serviço social adquiriu maior qualificação na sociedade brasileira; isso se deve também a implantação do código de Ética do Assistente Social, a revisão da literatura e ao aumento significativo do acervo, ás alterações no ensino universitário e ás pesquisas realizadas e reconhecidas por agências de fomento. Leva-se em conta também, as formas de representação em órgãos legitimados e a participação na discussão de políticas públicas sociais no campo das relações entre Estado e a sociedade civil. Nesse contexto, a identidade do profissional de serviço social se reconhece e se fortalece. (FERREIRA, 2009, p.52,53).

Sendo assim, “o Serviço Social é caracterizado como uma especialização do trabalho, inscrito na divisão social e técnica do trabalho coletivo, na produção e reprodução da vida social’’. (GONÇALVES, KERNKAMP, 2013, p.38).

Deve-se ressaltar que em toda e qualquer área que o profissional do serviço social for atuar é imprescindível à ferramenta conhecimento, a qual possibilita ao Assistente Social a execução de suas funções de forma exitosa. Para dar conta das demandas emergentes do sistema capitalista faz-se necessário que o profissional esteja articulado com as dimensões teórico-metodológico, ético-político e técnico operativo de modo a atender aos que buscam seus serviços de forma diferenciada, na perspectiva de fortalecimento da democracia, e dos direitos.

Quando se trata do mercado de trabalho para o assistente social, é importante focar que o mesmo se insere em espaços ocupacionais distintos, nos quais exercem suas atribuições profissionais.

Diante de toda esta trajetória, o Serviço Social vem ampliando seu campo de atuação. Nas organizações públicas, o profissional é inserido nas três instâncias (federal, estadual e municipal) desenvolvendo atividades nas áreas de saúde pública, assistência social, previdência social, reabilitação profissional, habitação, educação, dentre outros.

Todavia acontece com os espaços não governamentais, pois neles o

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