O PERÍODO COLONIAL PORTUGUÊS - A LUTA CONTRA A PERDA
Por: lucah • 13/6/2018 • Trabalho acadêmico • 1.493 Palavras (6 Páginas) • 268 Visualizações
Autor: Aluísio Lins Leal, professor estudante da Amazônia a mais de 40 anos!
Possui graduação em Economia pela Universidade Federal do Pará (1972), Especialização em Avaliação de Impactos Ambientais pela Fundação Universidade do Amazonas (1987), Especialização em Consultoria para pequenas e médias empresas pela Universidade Estadual de Campinas (1974), Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Pará (1988) e Doutorado em História Econômica pela Universidade de São Paulo (1996). Atualmente é professor adjunto doutor da Faculdade do Pará, com atuação docente nas áreas de Economia Política, Estado e Políticas Sociais, História Econômica da Amazônia, Desenvolvimento Regional, Política Brasileira e Realidade Latino-Americana.
Suas obras:
LEAL, Aluizio Lins . UM SUMÁRIO DAS NOTÍCIAS DE JUVENTUD REBELDE SOBRE A HOMENAGEM À MEMÓRIA DOS 25 ANOS DO PRIMEIRO ATENTADO TERRORISTA AÉREO DA HISTÓRIA. Universidade e Sociedade (ANDES), v. 26, 2002.
LEAL, Aluizio Lins . OS ESTADOS UNIDOS E O COMEÇO DO FIM. Universidade e Sociedade (ANDES), BRASÍLIA, v. 26, p. 129-138, 2002.
LEAL, Aluizio Lins . O PLANO COLOMBIA: A NOVA REPRESSSÃO SOBRE A AMÉRICA LATINA. Universidade e Sociedade (ANDES), v. 24, p. 33-39, 2001.
LEAL, Aluizio Lins . A Importância da Amazônia para o ALCA. In: Campanha Jubileu Sul/Brasil. (Org.). Livre Comércio - O que está em jogo?. São Paulo: Paulinas, 2004, v. único, p. 165-191.
Temos também o texto Resenhado, “UMA SINOPSE HISTÓRICA DA AMAZÔNIA”. 1991.
APRESENTAÇÃO DA OBRA:
Para se compreender o texto “Uma Sinopse Histórica da Amazônia” é importante destacar como foi divido os quatro grandes períodos da história da Amazônia, bem como suas sucessivas subdivisões: 1) Período Exploratório Séc. XVI ; 2) Período colonial português - de modo a ser compreendido como o ano da fundação de Belém (1616) e o Império (1822); 3) Período de vinculação ao capitalismo do poder a supremacia, do Séc. XIX em diante (coincidindo assim com a vinculação da subordinação do Brasil a Inglaterra); 4) Período da atualidade recente com uma vinculação a redefinição da Divisão Internacional do Trabalho pós Segunda Guerra Mundial.
- PERÍODO EXPLORATÓRIO: SÉCULO XVI
O período exploratório do século XVI foi marcado por uma sequência de acontecimentos que indica o inicio dos saques na Amazônia em 1499, o espanhol Pinzón toca o Brasil na foz do Amazonas, tendo permanecido pouco tempo ali, logo abandonou o local. Mas tratou de tomar como presos trinta e seis índios, para vender como escravos na Europa, inaugurando assim o primeiro contato com a região. Durante mais de um século a Amazônia seria alvo de novas expedições que foram derrotadas pela falta de sobrevivência em não conhecer o local explorado. Diego de Lepe em 1500, Diego de Ordaz em 1531, e mais outras dez diferentes expedições entre 1535 e 1542. Menos de vinte anos depois, o terrível trajeto de Ursua e Aguirre, violento e sanguinário, marcaria a última grande investida de reconhecimento da Amazônia com vistas à sua ocupação consecutiva.
- PERÍODO COLONIAL PORTUGUÊS - A LUTA CONTRA A PERDA DO TESOURO
O Período Colonial Português começou ainda durante o século XVI que ingleses e holandeses, começam a confluir sobre a Amazônia procurando assentar-se nela. Belém foi fundada pode-se dizer em caráter de alerta em 1616, pois os portugueses se preocupavam com a ameaça dos holandeses e ingleses. O parasitismo da nobreza e do clero exigia um saque violento sobre os territórios coloniais, para obtenção de meios de consumo, fazendo com que a Amazônia fosse atacada na busca pelo ouro e riqueza. A relação dos holandeses e índios se intensificava e ia adiante criando laços cada vez mais estreitos, que originaram a criação de colônias. O etnocídio acontece sobre os nativos, os índios que foram aliciados e catequisados pelos padres, que se aproveitando das diferenças tribais, promoviam a divisão entre os filhos e donos de terra.
- PERÍODO DE VINCULAÇÃO DO CAPITALISMO
O século XVIII vem acompanhado de grandes mudanças e a consolidação do capitalismo, acontece uma redefinição de classes, voltadas para o acumulo de capital, onde a burguesia como classe dominante, inicia um processo de produção cientifica e tecnológica focadas nos objetivos da acumulação. A Alemanha passou de imediato para uma área, onde o interesse cientifico burguês predominava pelo desconhecido que nela havia que se devia a duas razões: a politica do sigilo e a própria natureza da região.
A primeira expedição cientifica moderna que pisa a Amazônia é a de La Condamine , em 1742, que corrige o mapa do jesuíta Samuel Fritz, que até então era o único documento cartográfico sobre o Amazonas.
A sociedade Portuguesa juntamente com o seu retrocesso histórico acaba de provocar uma lenta reação que se manifestou no movimento cabano, a mentalidade colonial lusitana, mesmo depois de já ter Portugal perdido às condições de manter o Brasil como colônia, levou a uma reação dos Portugueses existentes na Amazônia no sentido de tentar manter os privilégios do colonizador. A diferença de classes nesse evento histórico revestiu-se de uma aparência de verdadeira luta racial, em que em massas desfavorecidas nativas, embora cedendo a liderança politica a representantes nativos do segmento dominante que sem dúvida nenhuma iriam construir em seus exploradores mais adiante, tomaram para si o direito de cobro de uma vingança histórica contra a opressão secular dos portugueses. A cabanagem, embora apresentando essa capa racial de diferenças, teve como referência o resultado histórico da expropriação do nativo e da sua conversão em força de trabalho explorada, pelos que se convertem em proprietários à custa da sua expropriação exploração. Nesta revolta a força do povo foi imensa, diga-se passagem foi a única que o próprio povo decidiu quem colocaria no poder, porém, quando estes não lhes transmitisse confiança, suas práticas foram de depor um e matar o outro, que haviam aclamado, ao perceberem as manobras de acercamento.
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