O Pathos Enunciatário
Por: Kellyanne Paula • 19/4/2019 • Trabalho acadêmico • 599 Palavras (3 Páginas) • 738 Visualizações
Fichamento
Referência | FIORIN, J.L. O phatos do enunciatário. São Paulo: Alfa, 2004. p. 69-78 |
Resumo | O texto de José Luiz Fiorin trata de apresentar conceitos sobre o enunciatário e o enunciador. Primeiramente a ocorrência do tempo e espaço, sujeito no discurso é realizada pela drenagem, que é a construção do texto, que segundo Fiorin (2004, p.70) tem-se a enunciativa e a enunciva, a primeira produz um efeito de subjetividade no enunciado, enquanto a outra gera um sentido de objetividade. Em segundo lugar, o autor faz uma comparação com a retórica de Aristóteles no qual o pathos, ethos e logos correspondem a ao orador (enunciador), auditório (enunciatário) e o discurso. Com isso, o pathos deve ser entendido como aquele que estuda e analisa o seu enunciatário, para assim assumir um caráter para poder se aproximar do seu público. Diante disso, o autor dá um exemplo do Presidente Lula, no qual ele assume um caráter e uma presença corresponde ao seu auditório, que nada mais é de um salvador/redentor, assumindo assim o seu ethos que pode ser entendido como a imagem do enunciador construída por seus enunciatários. Portanto, Fiorini conclui que para ter uma boa compressão do discurso é necessário ter um conhecimento sobre atuação do enunciador e do enunciatário. |
Citações | “O eu e o tu são os actantes da enunciação, os participantes da ação enunciativa. [...] O mecanismo básico com que se instauram no texto pessoas, tempos e espaços é a debreagem. Ela pode ser de dois tipos: a enunciativa e a enunciva. ’’ (p.69) “A debreagem enunciativa produz, basicamente, um efeito de sentido de subjetividade, enquanto a enunciva gera, fundamentalmente, um efeito de sentido de objetividade. [...] O enunciador e o enunciatário são o autor e o leitor. Cabe, porém, uma advertência: não são o autor e o leitor reais, de carne e osso, mas o autor e o leitor implícitos, ou seja, uma imagem do autor e uma do leitor construídas pelo texto. ’’ (p.70) “Para pensar o enunciatário como ator da enunciação, vamos voltar à Retórica, de Aristóteles. Num ato de comunicação, três elementos acham-se envolvidos: o orador, o auditório e o discurso, ou, em outros termos, o ethos, o pathos e o logos. Atualmente, poder-se-ia dizer que, num ato comunicativo, há uma relação entre três instâncias: o enunciador, o enunciatário e o discurso. [...] O pathos não é a disposição real do auditório, mas a de uma imagem que o enunciador tem do enunciatário. Essa imagem estabelece coerções para o discurso [...] Nesse sentido, o auditório, o enunciatário, o target, como dizem os publicitários, faz parte do sujeito do enunciação; é produtor do discurso, na medida em que determina escolhas linguísticas do enunciador.”(p.71) “Evidentemente, essas escolhas não são necessariamente conscientes. ’’(p.71) “Assim, o discurso não é apenas um conteúdo, mas também um modo de dizer, que constrói os sujeitos da enunciação. O discurso, ao construir um enunciador, constrói também seu correlato, o enunciatário. ’’ (p.74) “[...] Para entender bem o conjunto de opções enunciativas produtoras de um discurso e para compreender sua eficácia é preciso apreender as imagens do enunciador e do enunciatário, com suas paixões e qualidades, criadas discursivamente. ’’ (p.78) |
Comentários | O texto “O pathos do enunciatário’’ de Fiorin é uma explicação sobre as formas de discurso, no qual o autor faz um exagerado uso de exemplos para demonstrar as formas de pathos e ethos, o que acaba tornando o texto um pouco cansativo para leitura. No entanto o autor utiliza uma linguagem de fácil compreensão o que proporciona um bom entendimento sobre o assunto do texto. |
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