O modelo macroeconômico tradicional
Seminário: O modelo macroeconômico tradicional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: hyaizacassiane • 24/9/2013 • Seminário • 1.436 Palavras (6 Páginas) • 386 Visualizações
O futuro da humanidade depende da transição do modelo macroeconômico tradicional para a Nova Economia, também chamada de Economia Verde ou Economia Sustentável.
O modelo macroeconômico tradicional é o que predomina na atualidade e baseia-se na exploração indiscriminada e ilimitada dos recursos naturais, no desenvolvimento tecnológico voltado para o aumento da produção e na expansão do consumo e do crédito. O crescimento econômico que esse modelo tem proporcionado aos países em desenvolvimento tem dado chances reais de melhoria nas condições de vida das pessoas, em virtude dos avanços tecnológicos. Contudo, os impactos negativos são muito fortes quando se observam as ameaças à sobrevivência dos seres humanos no planeta: a poluição atmosférica, a queima de combustíveis fósseis, a produção excessiva de lixo, o desmatamento e a consequente perda da biodiversidade e o agravamento das mudanças climáticas. Nesse modelo, acredita-se que é necessário crescer a qualquer custo, o que motivou a contínua expansão do crédito e o relaxamento das regulações governamentais sobre o setor financeiro. Essas foram as principais razões que levaram a crise financeira de 2008-2009 a diversos países.
Diante desse panorama, tornam-se necessárias mudanças no estilo de vida, no padrão de consumo e na relação das pessoas com os ecossistemas, buscando alternativas para aliar desenvolvimento com consumo consciente e equilibrado. A tarefa mais urgente é criar prosperidade, sem interromper o uso dos recursos naturais, mas tendo a consciência de que estes são finitos e que, por isso, precisam ser manejados dentro dos princípios da sustentabilidade.
Pode-se dizer que a transição do modelo macroeconômico para a nova economia está em fase embrionária, e seus desafios são:
a.criação de empregos em atividades econômicas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida da sociedade e que promovam a sustentabilidade;
b.recuperação e promoção do equilíbrio com o meio ambiente em curto, médio e longo prazos; e
c.formulação de políticas de incentivo à educação na sustentabilidade.
Não somente as barreiras políticas ou tecnológicas são entraves para acelerar a transição; a mudança de comportamento dos cidadãos comuns é que parece ser um entrave, já que eles consomem produtos e serviços que podem destruir ou contribuir para a sociedade regenerativa.
Nessa sociedade ou mundo sustentável, a geração de empregos é um dos principais desafios no contexto das mudanças climáticas e da consolidação da nova economia. Ao lado das pressões para geração de emprego, está ocorrendo a transformação do trabalho voltado para a sustentabilidade. Aí se inserem os empregos verdes (ou green jobs), oferecendo condições de trabalho decente e o objetivo em direção à redução das emissões de carbono e/ou preservação do meio ambiente. Os empregos verdes estão em muitos setores da economia, tais como construção civil, transportes, energia, agricultura, indústria, ciência e tecnologia e educação. O mercado de trabalho verde no Brasil vem se ampliando e pode ser acelerado à medida que se amplia a visão sistêmica dos negócios de forma integrada em suas dimensões social, ambiental e econômica.
Na construção da economia verde, sob a ótica da sustentabilidade, o fundamental é alinhar a educação com os objetivos do desenvolvimento sustentável, considerando a sociedade, o meio ambiente e a economia. A educação para o desenvolvimento sustentável implica num processo de ensino e aprendizagem pelo qual as pessoas indistintamente se integrem e assumam a responsabilidade de criar um futuro sustentável, num curto espaço de tempo, por meio de mudanças nas estruturas econômicas, sociais, culturais e ambientais.
Desenvolvimento sustentável pressupõe desenvolvimento de novas tecnologias sustentáveis. Nesse sentido, a ciência e a tecnologia assumem papel de aliadas na Economia Verde. A educação passa a ser um conceito-chave em prol de uma sociedade sustentável e da inovação, e deve ser estrategicamente articulada de forma cooperativa entre instituições de ensino, governo, sociedade civil e o mundo empresarial.
Conceitos Fundamentais
Economia – palavra oriunda do grego oikonomía, que significa casa (óikos) e lei (nómos); é a ciência social que estuda como pessoas e a sociedade utilizam os recursos escassos na produção de bens e serviços, de forma a distribuí-los para satisfazer as necessidades humanas. Essa definição engloba o estudo sobre tomada de decisão (escolha), escassez (recursos limitados), necessidades, recursos produtivos (pessoas, matérias-primas, solo e outros), produção e distribuição (como alocar os recursos produtivos).
Economia Verde ou Nova Economia ou Economia Sustentável – modelo econômico com baixo consumo de carbono. Segundo o economista indiano Pavan Sukhdev, assessor especial do Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (Pnuma), a Economia Verde é o principal caminho para garantia do desenvolvimento sustentável, redução da pobreza no mundo e geração de empregos. Segundo ele, a humanidade está consumindo 30% a mais do que o planeta pode oferecer em termos de serviços.
Educação para o desenvolvimento sustentável – durante o Fórum Global para o Desenvolvimento Sustentável, ocorrido em 2002, em Johanesburgo, foi proposta à Organização das Nações Unidas (ONU), e posteriormente aprovada, a proclamação do período compreendido entre 2005 e 2014 como a Década Internacional da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (DEDS). O objetivo é integrar princípios, valores e práticas de desenvolvimento sustentável aos aspectos educacionais e de aprendizagem, proporcionando uma nova relação da humanidade com o meio ambiente, para todas as pessoas, independentemente das idades.
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