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O que é Eco-92?

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Por:   •  14/5/2014  •  Tese  •  1.101 Palavras (5 Páginas)  •  307 Visualizações

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O que foi a Eco-92?

Foi a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvol- vimento, realizada no Rio de Janeiro, em junho de 1992. Também conhecida como Cúpula da Terra, ela reuniu mais de 100 chefes de Estado para debater formas de desenvolvimento sustentável, um conceito relativamente novo à época. “O primeiro uso do termo é de 1987, norelatório Brundtland, feito pela ONU. Esse documento norteou as discussões sobre um modelo de crescimento econômico menos consumista e mais preocupado com questões ambientais”, explica o geógrafo Fábio Piccinato. As bases para a confe- rência de 1992 já eram discutidas desde 1972, quando a ONU organizou uma confe- rência em Estocolmo, na Suécia. Ateve tanta visibilidade e adesão de países que a reunião seguinte, em Joanesburgo, na África do Sul, foi apelidada de Rio+10. Entre 13 e 22 de junho deste ano, a Cidade Maravilhosa vai sediar a Rio+20. O objetivo do encontro é verificar se houve avanços em relação às cúpulas anteriores e o que ainda precisa ser feito para que os países sejam, de fato, sustentáveis.

Vinte anos depois da ECO-92: qual é o balanço?

Vinte anos estão se passando da Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada no Rio de Janeiro, que buscou consensuar um novo modelo sustentável de progresso.

A ECO-92 repercutiu tanto no campo dos conceitos como das práticas, emplacando a noção de desenvolvimento sustentável, forçando governos e empresas a implementarem planos e mudanças que conciliassem a vitalidade das economias com as necessidades da sociedade e do meio ambiente, e consagrando uma agenda comum de trabalhos. Aonde chegamos, duas décadas depois, na visão da opinião pública?

Pesquisa realizada pelo instituto Market Analysis com 806 adultos residentes em nove das principais capitais do país aponta que os brasileiros encontram-se relativamente divididos quantos aos avanços dos últimos vinte anos para criar uma sociedade mais igualitária e saudável e para proteger o meio ambiente, e mostra que eles só estão persuadidos quanto aos progressos alcançados no bem-estar econômico.

Enquanto 51% entendem que houve melhorias rumo a uma sociedade mais justa, outros 39% acham que nada mudou, e ainda 10% pensam que as coisas pioraram.

Com relação às questões ambientais, o quadro não é muito diferente – 53% acreditam que o Brasil melhorou, 34% que ficou igual e 14% acham que francamente piorou. O consenso é maior com relação ao progresso econômico e material das pessoas: 59% concordam com melhoras notáveis, 31% acham que ficou igual e só um em cada dez brasileiros acredita que a situação piorou.

Deveria nos surpreender essa ambivalência de opiniões? Muito pouco. Mesmo quando outros indicadores do humor social apontam para um otimismo recorde entre os brasileiros. Examinemos a proposta de constituir sociedades mais igualitárias, por exemplo.

De um lado, o combate à miséria teve conquistas enormes, com a redução de pessoas em extrema pobreza – dos 25,6%, em 1990, para 4,8%, em 2008. Ainda, a distribuição de riqueza tem dado passos importantíssimos nos últimos anos, como o ilustrado pela razão dos rendimentos dos 20% mais ricos em comparação com os 20% mais pobres que, em 1990, era 30,5 vezes superior e, em 2009, caiu para menos de 19 vezes.

Apesar disso, mantêm-se os sinais de injustiça social, tais como a prevalência da criminalidade (que há mais de uma década sobressai-se como o problema número um do país) e a discriminação dos não brancos e das mulheres em termos de renda e cargos de chefia (com negros e pardos chegando a ganhar metade do salário dos brancos pela mesma função).

Na esfera ambiental, os rumos das últimas duas décadas também deixaram um quadro misto: definiram-se políticas e legislação para reduzir a pegada ecológica dos setores da economia e apoiar a geração de energia limpa; mas buscou-se afrouxar leis (como o Código Florestal) e passou-se a privilegiar megaprojetos hídricos sob intenso questionamento, como Belo Monte, e a favorecer termelétricas com financiamento público.

Criaram-se alianças pró-sustentabilidade entre governo,

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