O significado sócio-histórico das transformações da sociedade contemporânea
Por: Marisaura Dos Santos Cardoso • 6/1/2018 • Trabalho acadêmico • 539 Palavras (3 Páginas) • 586 Visualizações
A contemporaneidade marcada por transformações políticas e econômicas dentre os quais temos: ajustes na economia, desregulamentação das políticas sociais, exigência de um Estado mínimo que corresponda aos interesses econômicos, privatização estatal com ajuda da mídia que se encarrega de desqualificar os serviços públicos disseminando a cultura da ineficiência do Estado.
No mundo do trabalho: reestruturação produtiva, flexibilização e precarização das relações de trabalho, exploração da mão-de-obra, desmonte dos direitos trabalhistas e desmantelamento das organizações representativas da classe trabalhadora.
A sociedade civil vista como segmento homogêneo e sem diferenciações de classe, desconsiderada enquanto espaço da luta pela conquista de direitos, e sim, espaço da benesse e da caridade, parceira do Estado na execução das políticas sociais. Movimentos sociais desvinculados e desarticulados com o projeto majoritário de transformação societária, como se não estivessem ligados às questões de classe advindas da relação capital x trabalho, mas a questões pontuais.
Com o advento da pós-modernidade, produzem-se novas culturas e ressurgem-se postulados conservadores das teorias sociais, perde-se a essência de totalidade e apega-se a uma concepção fragmentada e superficial dos fatos. As políticas sociais não desaparecem, mas se reestruturam, reforçando sua focalização, fragmentação e descontinuidade e as relações sociais são reificadas e mercadorizadas.
Conforme o pensamento marxiano, não se pode pensar o processo de produção e reprodução da sociedade capitalista sem ser fiel ao movimento histórico-dialético, muito menos desconsiderar o papel dos sujeitos históricos no processo de transformação social na base material da sociedade como sujeitos coletivos.
A teoria social de Marx permite compreender como se constitui o cenário de lutas antagônicas, que se operam dialeticamente quando correspondem favoravelmente os interesses da burguesia, mas possibilitam o movimento da classe operária, constituindo assim, o complexo processo de reprodução social.
O assistente social deve ser capaz de reconhecer essas forças, para que movidos pelo projeto ético-político indissociável à formação teórico-metodológica rigorosa, reconstruir seu objeto de trabalho, a unidade dialética entre aparência e essência deste. Daí a necessidade do profissional investigador, que produza conhecimento sobre a história e seus processos de transformação. Seja qual o setor em que esteja, ele será sempre desafiado a superar as limitações do espaço sociocupacional, reconhecer as forças antagônicas circunscritas na dinâmica social, os processos dialéticos que transformam as relações sociais, bem como os atores que contracenam nessa realidade, o objetivo e o foco dos discursos ideológicos hegemônicos na sociedade, para que ao enfrentar as relações contraditórias que circunscrevem sua prática profissional, ser agente transformador da sociedade.
Marisaura dos Santos Cardoso
09/05/2009
Referências Bibliográficas
BEHRING, Elaine Rossetti. “As novas configurações do Estado e da Sociedade Civil no Contexto da crise do capital”. Curso de Especialização a distância
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