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Por:   •  14/10/2013  •  4.536 Palavras (19 Páginas)  •  519 Visualizações

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A formação científica do pensamento

social da modernidade1

Por: Evandro Prestes Guerreiro2

RESUMO

Pensar a questão social é muito mais que refletir sobre a causa ou o problema social. Antes de

tudo implica a busca de argumentos filosóficos e fatos sociais da realidade que não apenas

represente aspectos específicos de um contexto que se possa entender como sociológico, como

também, dimensões de uma observação científica capturada a partir do olhar crítico e

criterioso da pesquisa social. Obviamente que abordar um assunto como este na atualidade é

tão importante como instigante: se a questão social é base do desenvolvimento de qualquer

sociedade, considerando que os avanços da modernidade se voltam para a qualidade de vida

do ser humano, então, qual o motivo da exclusão social ser um assunto tão presente na

atualidade? Perceber como a questão social se transforma em tema principal de uma teoria

científica e embasa o pensamento sociológico sobre as contradições histórico-sociais da

civilização humana é o foco deste trabalho.

Palavras-Chaves: Sociologia 1. Social 2. Ciência 3. Conhecimento 4. Sociedade 5.

1. A Origem do Homem e o Darwinismo Social

Qual a origem do homem? Como surgiu a sociedade? Qual a gênese das normas e regras que

regem a vida? Estas questões são foco da ciência moderna e desde os tempos mais remotos os

estudiosos procuram reunir informações que melhor respondam a tais indagações. Porém, a

ausência de conhecimentos mais elaborados e melhor sistematizados com argumentos menos

absurdos que reescrevessem a lógica hegemônica do pensamento religioso, acabou fazendo

emergir o pensamento social que colocou em questão a origem do homem, a partir do ponto

de vista divino pregado pela Bíblia sagrada, conduzindo estudiosos para as mais profundas

1 Artigo escrito especialmente para a disciplina Ciências Sociais ministrada nos cursos de Direito, Propaganda e

Marketing, Letras e Ciências Contábeis na Universidade Paulista – UNIP, em Santos-SP, 2º semestre de 2009.

2 Doutor e mestre pela PUC-SP. Cientista social. Professor titular e coordenador auxiliar do curso de Administração

(diurno) na Universidade Paulista – UNIP, em Santos. Avaliador institucional e de cursos de graduação pelo MEC.

Examinador do Prêmio Nacional de Qualidade em Saneamento. Autor de diversos livros, com destaque para

Cidade Digital – Infoinclusão Social e Tecnologia em Rede (São Paulo: Senac, 2006). Diretor da e-Social Brasil

(www.e-socialbrasil.com.br). http://evandroprestesguerreiro.zip.net

análises e experimentações que levaram à construção de hipóteses das mais variadas, mas, sem

conseguir uma explicação aceita como lei científica. O que não quer dizer que o pensamento

elaborado até o presente momento possa ser desprezível; Pelo contrário, tornou-se a principal

contribuição para a formação do pensamento sociológico, vindo especialmente pelas idéias de

Francis Bacon (1561-1626), Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), Saint-Simon (1760-1825),

Auguste Conte (1798-1857), Karl Marx (1818-1883), Frederick Engels (1820-1903), Émile

Durkheim (1858-1917) e Max Weber (1864-1920), para citar alguns.

A origem do homem é explicada por muitos, mas, podemos simplificar em pelo menos duas

teses. A primeira é o criacionismo que procura razões substanciais para dizer que a união divina

entre Adão e Eva3 originou o que conhecemos hoje como civilização humana. Obviamente que

foram necessários muitos séculos para que a humanidade chegasse a densidade populacional

de mais de 6 bilhões de filhos indiretos de Adão e Eva, que se distribuíram por diferentes

povos, tradições, costumes, hábitos, valores, regiões geopolíticas e sócio-econômicas das mais

curiosas e instigantes culturas consolidadas por um contrato social de boa convivência e

inclusão social que foi sistematizado pelo mundo moderno na Declaração Universal sobre a

Diversidade Cultural4. Obviamente que demos um salto teórico mais elástico no ponto de vista

sócio-histórico, entendendo que o leitor deva ter um embasamento prévio sobre este assunto,

uma vez que, o foco de nossa abordagem neste trabalho é a formação científica do

pensamento social.

Continuando com as teses, podemos dizer que a segunda grande tese sobre a origem do

homem vai ser explicada a partir da complexidade que atingiu o desenvolvimento da civilização

humana que fez com que estudiosos em diversas partes do mundo procurassem demonstrar,

considerando múltiplas razões, que o homem não se originava da união cristã de Adão e Eva,

mas, pelo contrário, partindo dos fatos concretos da realidade que podiam ser mensurados

metodologicamente com bases científicas, o pensamento revolucionário de Charles Darwin

(1809-1882) demonstrou que todos os seres vivos, incluindo o homem, evoluíram de

organismos

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