Os Fundamentos Históricos e Metodológicos ll do Serviço Social
Por: Fabianojack • 19/9/2015 • Trabalho acadêmico • 1.847 Palavras (8 Páginas) • 178 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA
Centro de Educação a Distância
Curso: Serviço Social
Disciplinas Norteadoras: Fundamentos Históricos Teórico-Metodológicos do Serviço Social II
Psicologia e Serviço Social I
Turma: 3ª série – 2015
DESAFIO PROFISSIONAL
Adanir dos Santos Gonzaga Fernandes RA 9144275109
Eliane Leite da Costa RA 9910178522
Jéssica Lia Chaves Quaresma RA 8520879525
Michele Aparecida do Carmo Oliveira RA 8931138908
Rosangela Benedita Ferreira Gonçalves RA 2731596479
Profª Tutora Semi Presencial: Divaneide Alves
Atibaia / SP
Março - 2015
Nosso relatório está embasado nos apontamentos de Scarparo e Guareschi, que retratam um pouco da profissão do psicólogo frente o período da Ditadura Militar, de Machado referente à história do Serviço Social, de Yoshii que apontam semelhanças e diferenças entre as duas profissões. A seguir apresentamos os parâmetros de atuação dos assistentes sociais e psicólogos (as), na Política de Assistência Social, compreendendo-se a importância do trabalho interdisciplinar no enfrentamento da questão social.
O objetivo deste desafio é de refletir os parâmetros de atuação dos assistentes sociais e psicólogos, na Política de Assistente Social.
O período da Ditadura Militar no Brasil vai de 1964 a 1985, esta época teve grande influência para a Reformulação do Serviço Social. A profissão de psicólogo foi regulamentada no Brasil em 1962, neste período as Forças Armadas se articulavam para promover o inesquecível golpe. O golpe militar de 64 definiria novas formas de desenvolvimento econômico, em que haveria uma valorização tanto de profissões de níveis superiores quanto de profissionais liberais.
Segundo Scarparo e Guareschi (2007):
A decorrência imediata desses fatos nas práticas psicológicas e, obviamente, na formação profissional foi o predomínio de abordagens individualistas, descontextualizadas e apoiadas em modelos abstratos de seres humanos. Tais modelos eram tomados como medidas para a realização e avaliação das ações o que engendrou processos de normatização e de controle das pessoas e contribuiu para a naturalização das expressões de violência e repressão. Assim, este cenário favorecia o uso da psicologia para a articulação de espaços de exclusão social e de adaptação dos "desviantes", transformando práticas em instrumentos de controle ideológico (SCARPARO e GUARESCHI, 2007).
Com a introdução da psicologia na comunidade e no âmbito das políticas públicas inicia-se um processo de conquista pela diminuição das desigualdades sociais e pela mudança do “olhar” em relação ao sujeito, podendo-o compreende-lo como sujeito inserido em um contexto social, político, cultural e econômico.
Com o fim da ditadura militar a mudança do foco de atuação dos profissionais saiu da visão individualizada para a construção de posicionamentos atentos ao coletivo, ao social. Este processo foi fundamental para a ascensão e reconhecimento da profissão no país.
O Assistente Social se deparou no início do Serviço Social com ideologias da Igreja Católica, do Estado e do empresariado brasileiro. Suas práticas reproduziam ideologias conservadoras da classe dominante.
Segundo Machado (2015) o serviço social:
[...] foi marcado em sua história recente por influências teóricas advindas das ciências da natureza. Como se enquadra nas Ciências Sociais Aplicadas, o Serviço Social não colheu bons frutos com fundamentações teóricas sucedidas do Positivismo e do Funcionalismo. Justamente a partir do Movimento de Reconceituação – movimento este ocorrido a partir da década de 1960 - é que a categoria profissional teve a possibilidade de vislumbramento de outros referenciais teóricos (MACHADO, 2015 p.3).
O Serviço Social surge com uma identidade atribuída pela classe dominante. Mesmo adentrando a influência norte-americana no Serviço Social brasileiro, as práticas estavam atreladas ao pensamento dominante da sociedade. O Brasil, com a era de Juscelino Kubitschek vivenciava a ideologia econômica do desenvolvimentismo e com isso o Serviço Social reproduziu técnicas que visavam o desenvolvimentismo, tais como o estudo de caso, de grupo e de comunidade, e também Desenvolvimento de Comunidade. Na década de 1980, o Serviço Social fundamentou sua prática na Teoria Crítica de Antonio Gramsci e na década de 1990, alicerçou seu Projeto Ético-Político, cujo valor central é a liberdade humana, alicerçada no aparato legal dos direitos civis, direitos sociais e direitos políticos.
O Serviço Social e a Psicologia Social possuem uma relação interdisciplinar, pois dividem seu objeto de estudo com várias áreas do saber, sendo ele, a interação do indivíduo na sociedade. Percebemos, portanto, uma distância considerável entre as duas, porque enquanto a Psicologia destaca o aspecto individual, o Serviço Social se atém à esfera social.
Para Yoshii (2015) a partir da perspectiva de que o mundo interior do ser humano é construído a partir de suas experiências adquiridas no convívio social, surgiu a necessidade de aplicar a Psicologia nas áreas de atuação antes somente verificadas pelas Ciências Humanas e Sociais, assim articulando-a com os diversos saberes oriundos destas áreas, dentre as quais está inserido o Serviço Social.
Para Yoshii (2015) a visão interdisciplinar entre Serviço Social e Psicologia expressa os conhecimentos teóricos e técnicos de ambas as áreas e que devem visar apenas um objetivo identificar, analisar, explorar e criar mecanismos eficazes para intervir nos fatores que estão trazendo problemas ou dificuldades, crises e traumas ao indivíduo, em sua história pessoal, familiar e social.
Apesar de todas as interfaces comuns à Psicologia e ao Serviço Social, há uma sutil distinção entre tais áreas. Enquanto que a Psicologia trata de estudar e elaborar soluções aos problemas humanos individualmente, o Serviço Social busca compreender o ser humano através da viabilização de seus direitos para que sua vivência seja melhor. Tanto a Psicologia como o Serviço Social possuem um único objeto de intervenção em comum, o ser humano, o que facilita a possibilidade das duas profissões trabalharem juntas, devido a esta complementação.
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