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POLUIÇÃO DO AR ATRAVÉS DA INDÚSTRIA

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Por:   •  19/9/2014  •  2.809 Palavras (12 Páginas)  •  368 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

A partir de meados do século XVIII, com a Revolução industrial contribuiu, em muito, com a elevação da poluição do ar. A queima de carvão mineral despeja na atmosfera das cidades industriais europeias e, posteriormente, também nas cidades brasileiras, toneladas de poluentes.

A partir deste momento, o ser humano teve que conviver com o ar poluído e com todos os prejuízos advindos deste “progresso”. Atualmente, quase todas as grandes cidades do mundo sofrem os efeitos daninhos da poluição do ar. Cidades como São Paulo, Tóquio, Nova Iorque e a Cidade do México estão na lista das mais poluídas do mundo. O desenvolvimento industrial e urbano tem originado em todo o mundo um aumento crescente da emissão de poluentes atmosféricos (BIOBRAS, 2009).

A poluição do ar, devido às características da circulação atmosférica e devido à permanência de alguns poluentes na atmosfera por largos períodos de tempo, apresenta um caráter trans-fronteiriço e é responsável por alterações ao nível planetário, o que obriga à conjugação de esforços a nível internacional. São, deste modo, exigidas ações para prevenir ou reduzir os efeitos da degradação da qualidade do ar o que já foi demonstrado ser compatível com o desenvolvimento industrial e social (BIOBRAS, 2009).

A utilização de combustíveis para a produção de energia é responsável pela maior parte das emissões de SOx e CO2 contribuindo, ainda, de forma significativa para as emissões de CO e NOx. O uso de solventes em colas, tintas, produtos de proteção de superfícies, aerossóis, limpeza de metais e lavanderias é responsável pela emissão de quantidades apreciáveis de Compostos Orgânicos Voláteis (BIOBRAS, 2009).

2 OBJETIVO

O presente trabalho tem por objetivo apresentar a problemática da poluição atmosférica através das emissões provenientes das industriais. E dissertar sobre algumas possibilidades de amenizar esse fato através de alternativas mais sustentáveis.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

A atmosfera pode ser considerada como um local onde, permanentemente, ocorrem reações químicas. Ela absorve uma grande variedade de sólidos, gases e líquidos provenientes de fontes, tanto naturais como industriais, que se podem dispersar, reagir entre si, ou com outras substâncias já presentes na atmosfera (LISBOA, 2007).

O homem foi o responsável por uma poluição ambiental de formas tão variadas que uma simples enumeração dos fatores individuais se torna impossível. As fontes de emissão de poluentes primários e dos componentes secundários podem ser as mais variadas possíveis (LISBOA, 2007).

Os agentes causadores de poluição do ar são refinarias de petróleo, fábricas de papel e de produtos químicos, fundições, veículos motorizados, queimadas de florestas e de lixo, além de fontes naturais e outras formas. As emissões podem ser na forma de poeira ou material particulado (MP), fumaça negra, cheiro ou odor, e vapores gasosos.

O ser humano através da atividade industrial e urbana joga resíduos à atmosfera, de forma incontrolada e constante, em amplas zonas do planeta, Aproximadamente 65 mil produtos químicos provenientes de uma variedade de atividades industriais, encontram-se na atmosfera (LISBOA, 2007).

A quantidade e qualidade do poluente emitido por fontes industriais dependem de vários fatores interdependentes da fabricação. Influem no tipo e concentração do poluente expelido, em razão do processo e as suas operações, a eficiência dos trabalhos de processamento e o grau das medidas acauteladoras contra a poluição (LISBOA, 2007).

O avanço da tecnologia vem acompanhado de gastos de energia que, tornam viáveis as constantes descobertas. Produzir energia, geralmente, é o principal motivo da poluição do ar, pois os automóveis, fábricas, usinas termoelétricas espalhadas pelo mundo usam, na maioria das vezes, a energia dos combustíveis. Os principais poluentes atmosféricos são os gases tóxicos lançados pelas indústrias e pelos veículos movidos a petróleo e, os compostos tóxicos formados no ar a partir de elementos componentes dos gases desprendidos pelos motores e chaminés que reagem, com o auxílio da luz, com os elementos da atmosfera (DEL PINO et al.,1996).

Com a chegada do inverno, a poluição do ar nas grandes cidades brasileiras aumenta assustadoramente por causa da inversão térmica, fenômeno que faz com que os poluentes se dissipem (DEL PINO et al.,1996).

O efeito estufa é apenas um dos problemas previstos em decorrência da ação dos poluentes atmosféricos. Cada gaúcho, por exemplo, aspira durante o ano mais de 50 quilos de produtos químicos. Estes gases causam danos às edificações, diminuição da capacidade respiratória e da acidez das águas, já detectadas em Porto Alegre (DEL PINO et al.,1996).

O ar do Rio Grande do Sul é pesado - literalmente pesado. Cada um dos 9 milhões de gaúchos respirou no ano passado, além do oxigênio, uma mistura com 51 quilos de poluentes variados. Somados, eles se distribuem entre três quilos de gás carbônico, nove quilos de hidrocarbonetos, 13 quilos de óxidos de nitrogênio, 12 quilos de derivados de enxofre e 14 quilos de poeira (DEL PINO et al.,1996).

A ação dos poluentes é, compreensivelmente, mais intensa nas zonas industrializadas e menor na área rural. Conforme levantamento realizado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a Região Metropolitana de Porto Alegre responde sozinha por 73% das emanações de gás carbônico (CO) do estado. Ela é responsável, ainda, por 63% dos hidrocarbonetos (HC), 65% dos óxidos de nitrogênio (NO e NO2), 56% do dióxido de enxofre (SO2) e 42% da poeira lançados no ar que os gaúchos respiram (DEL PINO et al.,1996).

As combustões e seus produtos, substâncias usadas para queimar, gerando calor e outras formas de energia, são compostos orgânicos. E o elemento principal de sua construção é o carbono. Por sua vez, a combustão é sempre uma reação química de oxidação, em que o carbono reage com o oxigênio. A formação de gás carbônico (CO2) é inevitável, e é o principal produto da combustão (DEL PINO et al.,1996).

Frequentemente, durante essa reação, o oxigênio é insuficiente para a transformação completa do carbono em gás carbônico. A reação de oxidação é muito rápida e sem ventilação satisfatória teremos uma combustão incompleta. Nessa condição, parte do carbono é desprendida em partículas, que são

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