PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DE ÓLEO DE CANOLA E DE SEMENTE DE NABO FORRAGEIRO
Trabalho Escolar: PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DE ÓLEO DE CANOLA E DE SEMENTE DE NABO FORRAGEIRO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: bavia • 3/4/2014 • 992 Palavras (4 Páginas) • 556 Visualizações
PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DE ÓLEO DE CANOLA E DE SEMENTE DE NABO FORRAGEIRO
Otávio Celso Bavia Filho (PIC/CNPq-UEM), Conrado Planas Zanutto, Leandro Daniel de Paris, Carlos Eduardo Barão, João Henrique Dantas, Gisella Maria Zanin (Orientador), e-mail: celsobavia@hotmail.com
Universidade Estadual de Maringá/Departamento de Engenharia Química, Maringá, PR.
Engenharia Química - Processos Bioquímicos – 3.06.01.01-0
Palavras-chave: etanol, Thermomyces lanuginosus, PS Amano Lipase.
Resumo:
O presente trabalho teve por objetivo estudar a produção de ésteres etílicos por meio da transesterificação de óleo de canola e de semente de Nabo Forrageiro. Utilizou-se como catalisador enzimático a lipase de Thermomyces lanuginosus e PS Amano. Para a produção dos ésteres etílicos foram tomadas amostras nos tempos 3, 9, 12, 24, 36 e 48 h, sendo os reatores (tipo agitação orbital) mantidos à temperatura de 40 °C e agitação constante. A razão molar óleo/etanol utilizada foi de 1:7,5 e 1:15. Os resultados obtidos revelaram uma grande capacidade das enzimas utilizadas, sendo a Thermomyces lanuginosus a mais eficiente. A razão molar óleo/etanol e o óleo que apresentaram um melhor resultado foram respectivamente 1:7,5 e Nabo Forrageiro.
Introdução
A busca de fontes de energias renováveis tornou-se não só uma necessidade ambiental como também econômica. O conhecimento de uma futura escassez do petróleo levou países como o Brasil, a investir em novas tecnologias para posteriormente não sofrer graves consequências pela falta do produto. Entre essas tecnologias, a produção de biodiesel é considerada área prioritária para o desenvolvimento do país desde 2002 quando foi anunciado pelo Governo Federal o Programa Brasileiro de Desenvolvimento Tecnológico do Biodiesel (PROBIODIESEL), tendo como objetivo estabelecer um arcabouço regulatório para o desenvolvimento e a produção nacional de biodiesel (KNOTHE et al., 2006).
Atualmente, a metodologia mais utilizada para a produção de biodiesel emprega catalisadores homogêneos (alcalinos ou ácidos) para a transesterificação do óleo ou gordura, na presença de metanol (ou etanol), produzindo ésteres metílicos (ou etílicos) de ácidos graxos e glicerol. Porem, a procura por catalisadores que utilizem condições de processos mais amenas como temperatura e pressão, esta impulsionando as pesquisas para o uso de enzimas como catalisador nos processos bioquímicos.
Uma vantagem de extrema importância das enzimas é sua alta especificidade, sendo empregadas para aumentar a seletividade ou regiosseletividade de uma reação. Com esses biocatalisadores, usualmente são alcançadas seletividades superiores a 99%. As enzimas são biocatalisadores que apresentam diversas características que as tornam interessantes para a indústria: são altamente específicas, atuam em condições suaves (temperaturas moderadas e pressão atmosférica) e não causam problemas ao meio ambiente, sendo considerados “catalisadores ecologicamente corretos”. Por isso são utilizadas em setores industriais como agro-alimentares, químicos, farmacêuticos, detergentes e diagnósticos. Sua aplicação em processos industriais não é maior pelo fato de ainda não se dispor de técnicas eficientes de imobilização que aumentem sua estabilidade térmica e operacional. Dessa forma, as pesquisas nessa área procuram uma melhor compreensão do processo biocatalítico, e o aumento da estabilidade da enzima (SOARES, 2004).
O objetivo deste trabalho foi estudar a produção de ésteres etílicos pela transesterificação enzimática de óleos de canola e de semente de Nabo Forrageiro.
Materiais e métodos
Síntese dos monoésteres
As reações de síntese do biodiesel foram realizadas em reatores de vidro cilíndrico (6 cm de altura e 4 cm de diâmetro interno) encamisados, com capacidade de 50 mL de volume. Para o controle de temperatura das reações foi empregado um banho ultratermostatizado modelo MA-184, Marconi (MARCONI, Piracicaba/SP, Brasil). As reações foram realizadas para uma mistura de óleo e etanol nas razões molares óleo/etanol de 1:7,5 e 1:15. O experimento foi realizado numa temperatura de 40C, com agitação magnética constante por um período máximo de 48 h. As reações foram monitoradas pela retirada de alíquotas do meio reacional nos tempos de 3, 9, 12, 24, 36 e 48 h para a dosagem dos ésteres etílicos formados que foram analisados posteriormente em cromatografia de fase gasosa.
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