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Pedido De Vida

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Por:   •  16/5/2014  •  4.063 Palavras (17 Páginas)  •  181 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO A GESTÃO DE CUSTOS

A revolução industrial mudou e criou novos conceitos em termos de processo de fa-bricação, mercado, gestão de pessoas e desenvolvimento da teoria clássica da administra-ção – em que temos como precursores Taylor, Fayol, Ford e outras figuras importantes da história – e trouxe consigo a necessidade de controle da informação.

A contabilidade de custos como tal nasceu com a Revolução Industrial tendo como objetivos a avaliação dos inventários de matérias-primas, de produtos fabricados e vendidos ao final de um determinado período de tempo e a verificação dos resultados obtidos pelas empresas como consequência da fabricação e venda desses produtos.

Quando interpretamos o termo inventário, devemos considerar a existência de quan-tidades às quais se atribui valores.

Num primeiro momento, observa-se sua aplicação na indústria; contudo, paralela-mente a esse processo, a contabilidade de custos se desenvolveu também com relação ao comércio e aos serviços. Vale ressaltar que, com o crescimento das organizações, da inten-sificação da concorrência e da crescente escassez de recursos, surgiu a necessidade de aperfeiçoamento dos mecanismos de planejamento e controle das atividades empresariais, nos quais as contabilidades geral e de custos são ferramentas fundamentais para gestão e controle.

É importante destacar, ainda, que as empresas daquela época possuíam processos produtivos artesanais, em que apenas eram considerados os custos das matérias-primas consumidas e da mão-de-obra.

1.1 Fases da elaboração de um sistema de custos

Em uma visão geral, não podemos apenas somar tudo o que se gasta e o que se consome e acreditar que o resultado dessa soma seja o custo de um produto. A principal razão é que devemos atribuir ao produto – seja na indústria, no comércio ou nos serviços – somente valores que são a ele atribuídos de forma direta. O que ocorre, algumas vezes, é o fato de a empresa somar todas as despesas, mesmo àquelas que não são ligadas ao produto, e considerá-las como tal.

Exemplo: a empresa X produz 10 unidades por hora e gasta 10 unidades de matéria-prima num período normal. Se ela, para produzir essas mesmas 10 unidades, gastar 13 uni-dades de matéria-prima, as três unidades a mais de consumo de matéria-prima são conse-quência de incompetência e não devem ser atribuídas ao custo do produto.

Segundo Kliemann Neto (1989), a elaboração de um sistema de custos passa por determinadas fases, que são:

a. Apuração – significa o levantamento de todos os custos, diretos e indiretos, rela-cionados com o produto e seu processo de fabricação. Em outras palavras, é a identificação dos custos;

b. Análise – é a tabulação, aferição e comparação dos custos, ou seja, significa i-dentificar, quantificar, qualificar, avaliar e comparar os custos para apropriá-los corretamente aos produtos e serviços;

c. Divulgação – é a informação sobre os custos, isto é, a divulgação aos respectivos setores da metodologia adotada e dos respectivos valores apropriados ao produto.

Todas as fases na elaboração do processo de custo são importantes, porém a divul-gação é fundamental para se ter parâmetros de acompanhamento na organização.

1.2 Definições básicas sobre custos

Para identificar a origem do custo, faz-se necessário uma classificação e interpreta-ção de conceitos. Para tanto, nota-se que a maioria dos autores – entre eles Beulke e Bertó (2006), Cogan (1999), e Ching (2007), – concorda com os conceitos formatados sobre gasto, desembolso, custo, despesa e perda.

O gasto representa o valor dos bens e serviços adquiridos pela empresa, como, por exemplo, a aquisição de uma ferramenta. A ferramenta é utilizada para se fazer um determi-nado produto, não sendo este o produto final propriamente dito. Quando ocorrer o pagamento dessa ferramenta, estará sendo realizado um desembolso, pois este ocorre quando se efetua o pagamento de um bem ou serviço.

Por outro lado, aqueles bens e/ou serviços que são consumidos de forma indireta, isto é, não se relacionam diretamente com o produto – como impostos, despesas administrativas, despesas comerciais etc.–, são considerados como despesa. Muitas vezes, em um processo produtivo, para se entregar 10 unidades do produto X são produzidas 13 unidades deste, sendo que essas três unidades a mais foram rejeitadas por apresentarem defeito.

Trata-se, nesse caso, de uma perda, que é irreparável, pois não é mais recuperada no processo produtivo. O maior problema é que, não raro, as empresas agregam essa perda como um custo diretamente aplicado ao produto, quando, na realidade, é uma consequência da incompetência que não deve ser considerada como custo.

Enfim, o que é custo? É o valor dos bens e/ou serviços consumidos na produção de outros bens ou serviços, ou seja, é a matéria-prima necessária para fabricar um produto X mais a mão-de-obra e outros custos indiretos – como depreciação, óleos etc. – em um pro-cesso produtivo. O que ajuda muito na correta definição e classificação dos custos, como veremos mais adiante, é a empresa ter um bom plano de contas – ferramenta utilizada pela contabilidade para processar, classificar, avaliar e divulgar as informações contábeis, finan-ceiras e identificar os custos.

1.3 Classificação dos custos

Um dos grandes problemas nas empresas é a classificação dos custos e sua apro-priação adequada aos produtos e serviços, principalmente no que concerne ao rateio dos custos fixos. Martins, entre outros autores, classifica os custos considerando os princípios a seguir. Lembramos que esta classificação é muito importante, pois facilita a forma de visua-lizar os custos.

Quanto ao grau de medida

A medida, na realidade, é a forma como vamos avaliar o custo de um produto: se pe-lo conjunto de unidades ou de forma individual. Quando se avalia pelo valor dos bens ou serviços consumidos na fabricação de um conjunto de unidades de um produto, obtém-se o custeio total. Por outro lado, quando dividimos o custeio total pelo número de unidades pro-duzidas de um determinado produto, obtém-se o custo unitário.

Quanto a variabilidade

A variabilidade indica como o custo vai se comportar em relação ao produto ou servi-ço. Esta classificação ocorre de duas formas:

• Custo variável – é aquele que é constante por unidade,

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