Planejamento
Por: Paula Vanelis • 21/3/2016 • Trabalho acadêmico • 1.027 Palavras (5 Páginas) • 177 Visualizações
Resumo de planejamento
Primeiramente o planejamento é tratado como um processo lógico e racional. Esse processo não se manifesta num dado momento, mas se realiza continuamente no decorrer da história. Pensar o planejamento, entender seus conceitos e etapas são questões essenciais, pois o planejamento é a ferramenta fundamental de gestão de políticas sociais. O planejamento é a ação objetiva de força sistematizada, visando mudanças de uma determinada realidade social.
O ato de planejar impulsiona o homem a tomar decisões.
Há duas articulações:
- Causalidade: determinismo (condições externas aos indivíduos singulares, que não são escolhidas por eles e vão determinar as ações humanas);
- Teleologia: liberdade ( projetos que os homens tentam implementar na sua vida social).
Divisão Social do trabalho (dividir quem executa de quem pensa):
- Executa – Manual
- Pensa – Intelectual
A Divisão Social do Trabalho vai trazer a contradição entre o interesse do individuo singular e o interesse coletivo de todos os indivíduos.
O planejamento atravessa 3 estágios ao longo do tempo.
O 1º estágio é na sociedade pré-capitalista feudal, na qual no o planejamento é do grupo em si, pois o homem é incapaz de pensar sua vida individual, independente e assumindo responsabilidades.
O 2º estágio é refere-se a sociedade capitalista concorrencial, no qual nasce no homem o sentido de indivíduo. O homem passa a questionar os comportamentos que eram impostos. O planejamento visão de totalidade. Os homens tomam decisões de acordo com suas próprias convicções de maneira individualizada.
O 3º estágio refere-se ao capitalismo monopolista, que se iniciou no séc. XIX e permanece até os dias de hoje. Esse 3º estágio é meio que uma junção dos outros 2 estágios. A sociedade permanece separada em vários grupos. Os interesses particulares vão estar subordinados aos interesses de um grupo maior, ou seja, o homem se organiza em sindicatos, aprendendo a solidariedade e a ação cooperativa, em defesa de seus interesses como categorias profissionais.
A partir do séc. XIX o planejamento passa ser objeto de preocupação, quando usado para atender aos interesses das empresas e organizações. Pois passou existir a necessidade de construir estratégias para conseguir a maior concentração de capital. Com o surgimento dessa necessidade logo foi necessária alguns técnicos especializados em planejar o futuro dessas empresas. Pois as empresas não podem mais ficar dependendo de um só homem. Era preciso a especialização de um técnico. Nessa visão surge o planejamento como uma função do administrador, o planejar aos poucos passa a ser de domínio de um numero cada vez menor de homens.
Fayol 1º teórico da área da administração afirmar que o planejamento é uma ferramenta voltada para controlar, organizar e coordenar. É era necessário esse pensamento na lógica da produção industrial. Fayol pensa em todas as etapas do processo de produtivo, sempre na lógica de diferenciar planejadores e executores do planejamento.
No primeiro momento o planejamento é pensado voltado para industriais de capital privada, só depois essa lógica do planejamento é incorporada no pensamento governamental como ferramenta de política econômica a partir da experiência do plano qüinqüenal na União Soviética em 1929, como idéia política e econômica centralizada.
O planejamento econômico nos países capitalistas é um processo de acumulação privada de capital que vai incorporar vários elementos fundamentais para existência da sociedade. Ex: tecnologia, força de trabalho, divisão social do trabalho ( esses elementos são presentes no países econômicos capitalistas). Os países capitalistas vão se tornando cada vez mais ricos e dominadores, e o controle do planejamento da economia vai fficando cada vez mais restrito a um grupo particularizado, tecnocratas. Conforme essa sociedade vai crescendo industrialmente, observa-se que a participação da sociedade é cada vez menor no processo de planejamento, pois além da concentração e centralização do capital, outros fatores impedem e geram a monopolização do poder social. Essa monopolização passa a dificultar e até mesmo negar condições básicas para os homens, através de ações de planejamento.
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