Projeto de Pesquisa em Serviço Social

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Anhanguera Educacional

Serviço Social – 6° Semestre

Projeto de Pesquisa em Serviço Social

Prevenção e Atenção à Violência Intrafamiliar e de Gênero

Itapipoca-CE

Novembro/2014

Problema

Como o Serviço Social pode auxiliar na prevenção de novos casos de violência intrafamiliar?

Justificativa

A violência tem sido um tema bastante estudado e é definida de várias formas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) a define como o uso da força física ou o poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa ou contra um grupo ou uma comunidade que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privações.

Esse trabalho trata da violência intrafamiliar, aquela que se dá nas relações entre pessoas da família. Esse tipo de violência pode tomar diferentes formas, como a violência física, psicológica, sexual ou a negligência.

Em geral, numa mesma família, podem ocorrer diferentes tipos de violência. Acontecem com mais frequência:

- Entre parceiros íntimos;

- Contra Crianças e adolescentes;

- Contra Idosos;

- Contra a Mulher.

Objetivos

Objetivo Geral

- Prevenir a ocorrência de novos casos de violência intrafamiliar através de cartilha de informações.

Objetivos Específicos

- Propor atividades que envolvam famílias em situação de vulnerabilidade social por meio de palestras;

- Orientar o que fazer quando há violência domiciliar;

- Promover o incentivo a formação de redes comunitárias de apoio as famílias.

Delimitação

Centro de referência da Assistência Social Cristina Chaves Rebolças (CRAS I), localizado na Avenida Senador Virgílio Távora S/N Córrego São Gonçalo–Trairi CE.

Farão parte da pesquisa os gestores e os demais profissionais que prestam serviço no CRAS I, sendo duas assistentes sociais, uma psicóloga e uma agente administrativa.

Metodologia

O presente estudo será desenvolvido seguindo uma abordagem qualitativa que de acordo com Leopardi (2001), é quando se busca compreender um problema da perspectiva dos sujeitos que o vivenciam, ou seja, parte de sua vida diária, sua satisfação, desapontamentos, emoções e sentimentos.

Esse tipo de abordagem foi escolhido devido ao interesse do estudo em buscar informações que dizem respeito ao sujeito de cada participante, visando compreender de forma mais aprofundada os tipos de violência que ocorre nas relações familiares.

A pesquisa se caracterizará como exploratória-descritiva. De acordo com Leite (2008) a pesquisa exploratória é a que explora algo novo, que frequentemente não é considerado ainda ciência, mas que serve de base à ciência, sendo utilizada quando tem poucos estudos e conhecimento cientifico sobre o tema. O método descritivo de acordo com Bastos (2006) descreve a situação no momento em que um fenômeno ocorre, suas características, sua relação e conexão com os outros fenômenos.

Um bom começo para compreender a questão da violência é conceituar o problema, analisando a forma como ele está sendo tratado. Conceituar é explicar a natureza do fenômeno em estudo pode ser explicado segundo deferentes teorias.

A relação violenta nega os direitos do dominador e desestrutura sua identidade. O poder violento é arbitrário ao ser “autovalidado” por quem o detém e se detém e se julga no direito de criar suas próprias regras, muitas vezes contrárias às normas legais.

Os tipos de violências relatados nesse trabalho serão: contra crianças e adolescentes, contra idosos e de gênero que é contra mulheres.

A violência praticada dentro do lar é chamada violência doméstica. Ocorre em meio às interações pai-mãe–filhos-parentes, e não deve ser considerada algo natural; ao contrário, é algo destrutivo e que permeia a dinâmica familiar, podendo atingir crianças, mulheres, adolescentes e idosos de diferentes níveis sócio-culturais.

A violência contra crianças e adolescentes é uma violação de direitos, a Constituição Brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tem como base a teoria da universalização dos direitos humanos e os direitos peculiares à pessoa em desenvolvimento. O artigo 227 da Constituição e o artigo 4° do ECA (que transcreve) definem os direitos da população infanto-juvenil Brasileira como os responsáveis por garanti-los.

É dever da família, da comunidade em geral e do Poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade à convivência familiar e comunitária.

(ECA, 1990)

A violação desses direitos constitui-se, pois, em violência delituosa, definida no Código Penal. A violência praticada contra crianças e adolescentes têm raízes históricas, econômicas e culturais.

Exemple de formas de violência contra crianças e adolescentes:

• Violência estrutural
• Violência Simbólica
• Violência Institucional
• Negligência e abandono
• Violência física
• Violência psicológica
• Violência sexual
• Exploração sexual comercial
• Prostituição
• Pornografia
• Turismo Sexual

A violência contra os idosos não ocorre só no Brasil, ela faz parte da violência social em geral, atingindo todas as classes sociais no mundo inteiro. A maior violência contra o idoso ainda ocorre, na maioria das vezes, na própria convivência familiar, numa relação de confiança e num pacto oculto de silêncio.

              Características do Agressor Familiar