Queda De Idosos

Quedas em idosos: a prevenção é o melhor tratamento

Atividades físicas e intelectuais e qualidade de vida são os principais fatores para um envelhecimento saudável

Devido ao grande envelhecimento populacional, as quedas e as consequentes lesões são cada vez mais comuns nos idosos. O próprio avançar da idade faz com que os reflexos diminuam, muitas vezes associados as fraquezas musculares e ao envelhecimento osteoarticular. As doenças relacionadas a idade, tais como hipertensão, hipoglicemias, diabetes, labirintite, alterações neurológicas e outras condições patológicas também cooperam para a queda do idoso, que é o mais sério e frequente acidente doméstico que ocorre e a principal etiologia de morte acidental em pessoas acima de 65 anos.

Segundo Edison Noboru Fujiki, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional São Paulo – SBOT-SP, os exercícios físicos de forma regular, além de atividades sociais são muito importantes para evitar essas quedas. “Alongamentos musculares, caminhadas, frequencia em academias ou grupos de danças e praticar atividades prazerosas são muito importantes para um envelhecimento saudável. O idoso precisa evitar ficar em casa, assistindo televisão e vendo o tempo passar”, explica ele.

O cuidado com a saúde é primordial, já que as próprias doenças da idade são fatores que levam às quedas. Por isso, o acompanhamento médico, alimentação saudável e prática regular de exercícios físicos são recursos que, comprovadamente, minimizam a ocorrência de quedas e suas consequências. “Porém, é importante lembrar que as quedas mais comuns acontecem dentro de casa. Evitar tapetes, não utilizar pisos escorregadios, manter uma luz noturna na casa, corrimão nas escadas e corredores, além de apoio e corrimão no banheiro são essenciais”, ressalta Fujiki.

Um entre três idosos cai uma ou mais vezes ao ano e a queda costuma produzir impactos que interferem na qualidade de vida, com perda da independência e afastamento do convívio social. O trauma da queda também costuma gerar o medo de cair novamente, o que restringe atividades dentro e fora de casa, causando isolamento social e depressão. “Mesmo quando não ocorrem fraturas, a dor e redução dos movimentos podem gerar diminuição da auto-estima, tanto pela queda quanto pelo aumento da dependência”.

No caso de fraturas, as consequências podem ser mais graves devido ao fato do idoso ter que ficar acamado. “Várias complicações como a infecção generalizada e o desenvolvimento de doenças como trombose, pneumonia e embolia pulmonar, podem ocorrer devido a necessidade de permanência no leito por longos períodos. São por estas razões que devem ser submetidos ao tratamento operatório tão logo as condições clínicas o permitam”, ressalta ele.

Os locais mais comumente afetados são os punhos, quadril (proximal de fêmur), úmero proximal e coluna. A osteoporose também pode levar a uma fratura sem, necessariamente, haver uma queda. Uma simples torção ou um esforço pode causar uma fratura. “As fraturas proximais do fêmur são as mais temíveis e, de acordo com a Associação Americana de Ortopedia, com o aumento dos pacientes idosos e o crescimento atual de especialistas nas mesmas proporções, nos próximos 30 anos não teremos especialistas para tratar destas fraturas devido ao aumento crescente da população idosa”, alerta o médico. Aproximadamente 30% dos pacientes com fraturas proximais de fêmur falecem no primeiro ano, quando tratados adequadamente, daí a necessidade de tratá-los o mais rápido possível para evitar as complicações já citadas. Além disso, mesmo operados adequadamente outros 30% não conseguem retornar as suas atividades anteriores à fratura.

Fujiki finaliza ressaltando a importância da prevenção e da qualidade de vida. “É necessário cuidar tanto sob o aspecto saúde do idoso, prevenindo a osteoporose, mantendo uma alimentação adequada, como estimular as atividades sociais. Também é importante prover um ambiente físico sem riscos, evitando escadas e degraus desnecessários, utilizando mais rampas, corrimões, pisos antiderrapantes e colocando alertas nos lugares de risco”.

A fratura no idoso é mais grave do que em uma pessoa mais nova. Porque?

A fratura no idoso, ocorre em geral por osteoporose, quando acomete a bacia, o femur proximal, ou a coluna obriga o idoso a ficar acamado ou deitado e aí começam as complicações, pois pela propria idade as doenças proprias da idade são agravadas, pneumonias, tromboses, embolias, as confusões mentais por microembolias ou mesmo consequentes aos desequilibrios metabólicos consequentes ao trauma. Daí a necessidade de cirurgias o mais breve possível com o intuito de tira-lo do leito, sentar, e iniciar a deambulação o mais breve possível.

Quais são os fatores mais comuns que levam um idoso a cair?

• Evitar tapetes