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RE: Unidade I - Linguagem E Comunicação

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Por:   •  21/9/2014  •  4.722 Palavras (19 Páginas)  •  305 Visualizações

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Apresentação

O projeto tem como propósito a construção de um viveiro com várias espécies nativas da Mata Atlântica, contribuindo para conservação ambiental da Região do Vale do Paraíba.

A recuperação de áreas florestais degradadas e a manutenção da biodiversidade estão entre as prioridades nos dias atuais. Para realizar o reflorestamento dessas áreas, são necessárias mudas nativas de qualidade, com diversidade e prontas para o plantio, essas mudas auxiliarão na arborização e paisagismo de áreas urbanas, também na recuperação de áreas de proteção permanente (APP), reservas legais e recuperação de matas nativas em geral.

2. Introdução

O Bioma Mata Atlântica é considerado a formação florestal de maior diversidade existente na costa brasileira. A exploração da grande diversidade de recursos naturais brasileiros começou nos primórdios da colonização do país pelos portugueses, com a exploração do pau-brasil, o plantio de cana-de-açúcar, cultivo da cultura do café. Com o passar do tempo, a Mata Atlântica vem sofrendo impactos ambientais, principalmente pelo avanço da ação antrópica, que, ao longo dos anos, devastou grande parte da região. Segundo Romeiro et al (2014), “o desmatamento ocorrido desde o ciclo do café reduziu a cobertura florestal natural de 82% da área original para cerca de 5%”.

Em decorrência dessa devastação e devido ao crescimento populacional desordenado das comunidades de centros urbanos, as matas ciliares também sofreram fortes impactos, causando prejuízos à própria população que dela usufrui. Essas ações seriam as primeiras manifestações de ausência de consciência ecológica, o solo brasileiro sofre os primeiros sinais de catástrofe ambiental. Sena (2006) afirma que a pressão antrópica se faz sentir, principalmente, pela intensa ocupação: nessas áreas estão as maiores concentrações urbanas e pólos industriais do Brasil, onde vivem 70% da população. O abastecimento de água para as necessidades dessa população é garantido pelos remanescentes florestais da Mata Atlântica. Este bioma consiste em ser uma estreita faixa de floresta ao longo da costa brasileira, segundo estudos é considerada um dos mais importantes ecossistemas do mundo, pois é através dela que se regulam os fluxos de mananciais hídricos que abastecem diversas metrópoles e cidades de nosso País, mantém o controle do clima e garante a fertilidade do solo, pela qual também traz o recurso paisagístico. Suas florestas possuem uma grande diversidade de espécies vegetais e animais, muito deles endêmicos (existentes somente neste ecossistema), mas como assunto global muitas destas espécies variadas encontra-se sobre total ameaça de extinção. A sua área original em outrora grandiosa, garante uma grande perda da biodiversidade, a grande importância da conservação deste bem, é para que futuramente ocorra o resgate destes remanescentes, com isso permitindo assim a garantia da qualidade humana, visando o cuidado e o equilíbrio de seus recursos naturais.

Conforme as observações feitas por GUATURA et al, (1996): “A Mata Atlântica atual se apresenta como um mosaico composto por poucas áreas relativamente extensas, principalmente nas regiões sul e sudeste (zonas núcleo de preservação de acordo com o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica), e uma porção bem maior composta de áreas em diversos estágios de degradação”.

De acordo com IBAMA (2014), o Bioma da Mata Atlântica está reduzida a cerca de 22% de sua cobertura original e encontram-se em diferentes estágios de regeneração. Apenas cerca de 7% estão bem conservados em fragmentos acima de 100 hectares. Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se que na Mata Atlântica existam cerca de 20.000 espécies vegetais (cerca de 35% das espécies existentes no Brasil), incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

Segundo a observação feita por PINTO et al. (2006):

“A dinâmica de destruição foi mais acentuada durante as últimas três décadas do século XX, resultando em ações severas para os ecossistemas que compõem esse bioma, especialmente pela alta fragmentação do habitat, com consequente redução e pressão sobre sua biodiversidade”.

Em sua pesquisa diz PAGLIA et al., (2008):

“Por isso a vasta maioria dos animais e plantas ameaçadas de extinção do Brasil são formas representadas nesse bioma, e das oito espécies brasileiras consideradas extintas ou extintas na natureza seis encontravam-se distribuídas na Mata Atlântica”.

Boa parte da Mata Atlântica já foi degradada, e na região do Vale do Paraíba não é diferente, existem pouquíssimas florestas naturais e grandes áreas plantadas com essências exóticas, fator que contribui para o aumento da degradação.

Os relatos e estudos de DEVIDE A. C. P, SEROPÉDICA.(2013);

A vegetação de Mata Atlântica do Vale do Paraíba foi muito alterada, sendo pouco representativa da situação original. Áreas extensas conservadas são raras, o que limita a dinâmica da rica fauna. A depressão tectônica do Vale, percorrida no sentido Sudoeste-Nordeste pelo rio Paraíba do Sul, limitada pela escarpa da Serra da Mantiqueira e serras do Quebra-Cangalha e da Bocaina, compõe o Corredor da Serra do Mar, compreende 111.580 km² - 95% de área inicialmente coberta por Floresta Ombrófila Densa.

Afirma ROCHA (1999, apud Servilha, 2006);

”Nos últimos anos, fala-se em poluição dos rios, lagos e outros meios aquáticos. Além desses meios, também se encontram grandes devastações florestais. Pesquisando a fundo podemos detectar os problemas relacionados a degradação da Mata Atlântica, problemas que já vem desde o início da colonização, com a extração de árvores nativas pelos colonizadores tanto pela madeira e pelo corante extraído da casca do pau-brasil, pelo empecilho que ela oferecia ao desbravamento do interior do território. Na região do Vale do Paraíba, a degradação se destaca aproximadamente no começo do século XIX, com o ciclo do café, fator que pode ser apontado como primordial para o início da degradação nessa região, o café cultivado estava prosperando muito bem, trazendo riquezas para os fazendeiros e para as vilas, e logo se tornou o principal produto da economia da região.”

A época cafeeira foi um período desastroso para

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