RELATÓRIO CRÍTICO DO FILME “A CURA”
Por: Liriane Priscila • 25/10/2015 • Resenha • 1.284 Palavras (6 Páginas) • 1.482 Visualizações
FACULDADES INTEGRADAS DE CARATINGA – FIC
SERVIÇO SOCIAL – 5º PERÍODO
RELATÓRIO CRÍTICO DO FILME
“A CURA”
ALUNA: LIRIANE PRISCILA ALVES DE OLIVEIRA TIBÚRCIO
5º PERÍODO
CARATINGA-MG
2015
FACULDADES INTEGRADAS DE CARATINGA – FIC
SERVIÇO SOCIAL – 5º PERÍODO
Trabalho elaborado sob a coordenação da Profª. Sônia Gomes de Freitas, da disciplina de Orientação de Prática I, do curso de Serviço Social para fins avaliativos.
CARATINGA-MG
2015
Breve Resumo
“A cura” é um filme que relata a vida de dois garotos na fase da pré-adolescência, que vive em uma pequena cidade em meio a uma sociedade extremamente rigorosa, preconceituosa e pouco esclarecida em diferentes quesitos.
Erick de 11 anos é um garoto revoltado, arisco, quieto, retraído e solitário, que sofre preconceito no âmbito escolar por ser vizinho de um garoto portador do vírus HIV, pois na época em que o contexto é abordado existia na sociedade um conceito de que todo e qualquer portador do vírus é ou seria caracterizado como homossexual, por esse motivo Erick era taxado na escola como homossexual, simplesmente por ser vizinho do garoto, sofria violência psicológica a todo instante, seja na escola ou mesmo em casa, era filho de pais separados, sua mãe, uma corretora que visava apenas o serviço, pouco lhe dava atenção, egoísta e negligente, o convívio familiar entre eles estava cada vez mais abalado e distante.
Aos poucos Erick passa a conhecer Dexter, o garoto de 11 anos portador do vírus HIV, no início essa aproximação ocorre por curiosidade, uma vez que o menino quase nunca saia de casa e estava sempre sozinho brincando no quintal. Erick começa a conhecer a rotina de Dexter, o dia a dia de alguém com tantas barreiras, mesmo com tantas diferenças surge uma linda amizade, automaticamente também ocorre uma aproximação com a mãe do menino e é apresentado a um outro cenário familiar, completamente diferente daquele em que vive, uma família mesmo que pequena e com tamanha dificuldade consegue ainda alimentar o essencial em uma família, que são os verdadeiros sentimentos, o amor incondicional, o carinho ao tratar o próximo, a compreensão a cima de tudo, um ambiente acolhedor, levando Erick a ficar mais próximo dessa família do que de sua própria mãe.
Erick com sua inocência própria de uma criança, busca a todo instante uma cura para o melhor e único amigo que tem, tamanha a ingenuidade que sem perceber acaba envenenando o amigo, é quando toma consciência do quão grave é a situação. Nesse instante a mãe de Erick toma conhecimento da amizade tão próxima entre os garotos e se desespera, achando que o vírus pode ser transmitido através de um simples abraço ou aperto de mão.
Apreciação Crítica
Esta resenha destina-se a análise crítica sobre o filme A CURA, com ênfase na situação do preconceito, negligência contra a criança e adolescente, violência doméstica, violência psicológica entre outros, alicerçados em referenciais teóricos adquirido na disciplina de Orientação e Prática I.
Para alcançar o objetivo que se almeja, passa-se a comentar sobre as questões abordadas no filme, entre elas: violência doméstica, violência psicológica, negligência por parte da sociedade e da saúde e preconceito praticado contra a criança e adolescente.
O filme aborda o lado ingênuo, sensível, livre de julgamentos maldosos e infundados de adultos, mostra o nascimento de uma amizade pura e verdadeira, um carinho de dois seres que colocam os valores afetuosos acima de qualquer barreira.
A doença é tratada de forma séria, demonstra um paciente e uma mãe que tentam levar uma vida aparentemente natural, dentro dos parâmetros possíveis conforme a realidade da criança. Que mesmo sem muita maturidade, próprio de uma criança ou um adolescente, já encara sua condição de uma forma madura, consciente, podendo até tomar conta de si na ausência de sua mãe, que luta sozinha para fazer valer os direitos de seu filho perante a sociedade, buscando um atendimento digno, igualitário conforme dispõe a Lei Federal nº 9.313 de 13 de novembro de 1996, para portadores do HIV (Vírus da imunodeficiência humana), recebendo um tratamento de qualidade, padronizado, livre de julgamentos e ou preconceitos. Uma vez que existe uma lei em vigor que criminaliza a discriminação contra portadores de HIV. Lei Federal nº 12.984/2014.
A Declaração Universal dos Direitos do Homem reconhece solenemente a dignidade da pessoa humana, como base da liberdade, da justiça e da paz.
A Constituição Federal de 1988, em seu Preâmbulo, dispõe que o Estado Democrático instituído destina-se "a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos...”.
"Dos Princípios Fundamentais", assim dispõe no inciso III do artigo 1º:
Artigo 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;
E ainda, no inciso IV do artigo 3º e no inciso II do artigo 4º:
Artigo 3º - Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Paralelamente, o Estatuto da Criança e do Adolescente, trazendo especial proteção do menor de 21 anos, apresenta diversos artigos que reforçam os já mencionados dispositivos constitucionais:
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