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RELATÓRIO DO FILME SÓ RESTA A ESPERANÇA

Por:   •  17/10/2017  •  Trabalho acadêmico  •  782 Palavras (4 Páginas)  •  4.442 Visualizações

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RELATÓRIO

O filme “Só Resta a Esperança” do diretor David Greene possibilita àquele que o assiste uma visão da ação pragmática que o Estado possibilitava ao Assistente Social, como também ao campo jurídico de maneira ampla. Padrões morais devem ser respeitados e serviam acima de tudo como norte para determinadas ações jurídico-sociais.  

A família patriarcal deveria obedecer ao ditame de possuir o homem como figura de pai, a mulher como figura de mãe e fora do mercado de trabalho, restringindo-se aos cuidados do lar. Isso fica evidenciado a partir do momento em que, após a morte da mãe e esposa, o Estado, de maneira repressiva, dotado de todo o poder e a fim de executa-lo de maneira autoritária, retira do pai o direito de ter seus filhos consigo.

A partir dai a ação do Assistente Social como ser provedor de medidas que ajudem no desenvolvimento do status quo fica restrito como notifica CARDOSO, “na adequação do individuo a realidade social em uma ideia de desenvolvimento”. Medidas paliativas são proferidas “a favor” do pai, logo pouco suficientes para que o mesmo possa dispor de uma vida que o realize quanto mínimos direitos que deveriam ser exercidos. O que consequentemente concatenará na culpabilização do indivíduo.

Além da ação pragmática do Assistente Social, obedecendo ao que está posto pelo Estado de maneira acrítica, O Estado assume o papel repressivo, autoritário quando trata de fato uma das expressões da Questão Social, como caso de polícia, onde faz uso da violência para conter os desajustes presente na sociedade. A agressão é demasiada, tanto para com o pai, quanto para com os garotos, pois caso os mesmos não obedecessem às normas, a agressão física seria usada para tentar acalentar, ajustar o individuo a aquilo que era correto para o Estado.

Com efeito, a ação funcional posta pelo Estado e exercida pelo profissional de Assistente Social se evidencia quando patologias são notificadas, descritas nos indivíduos. Essas patologias seriam submetidas a mais um caráter funcional, o caráter corretivo. Por seguinte, cada ação era planejada; possuía determinados pontos a serem cumpridos; não existia universalidade para com o acesso aos auxílios ou direitos. A ação do Assiste Social seria pautada na observação da realidade dada; não observava de fato como a relações se desdobravam, pois o fenômeno não era investigado em sua totalidade. O Assistente Social era auxiliado pela segurança pública, presentada pela polícia.

Diante disso, a presença de harmonia social deveria está presente, visto que, para conseguir seus filhos de volta, o Pai teve que comprovar que possuía, ou melhor, se enquadrava nas condições, estritamente financeira, postas pelo Estado Capitalista; casa padrão, dinheiro em conta bancária, a figura de uma mulher como dona do lar e cuidadora da família como um todo; tudo deveria está documentado seguindo as regras postas pelo Estado e ferrenhamente postas em práticas pelo Assistente Social.

Além disso, é visível a ausência do Estado em subsidiar a recuperação da guarda dos filhos ao pai; o mesmo deve dispor de condições financeiras para bancar sua defesa jurídica para que assim possa recuperar a guarda de seus filhos. Essa visão conservadora faz parte do caráter funcionalista-positivista, onde grandes instituições são quem ordenam o que está certo, como também o que deve ser feito.

Trazendo isso para o Brasil, a ação mais pragmática, planejada, sistemática, será exercida a partir do momento em que o Brasil precisa acompanhar os ditames desenvolvimentistas que necessitavam de uma ação que responda com maior “efetividade” as expressões da questão social. Essa ação planejada será notada na vertente modernizadora do Serviço Social que será um dos leques da renovação do Serviço Social Brasileiro. Um dos grandes nomes dessa perspectiva será o de José Lucena Dantas, que se postará para subsidiar o Serviço Social próximo da cientificidade; a metodologia de ação seria a partir diagnóstico e intervenção planejada.

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