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RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME: O ELO PERDIDO (MAN TO MAN) – 2005.

Por:   •  7/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  670 Palavras (3 Páginas)  •  4.025 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE

CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS – CESA

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA CULTURAL

PROFESSOR: EMMANUEL BASTOS

ALUNO: GILMARCOS DA SILVA NUNES

RESENHA CRÍTICA SOBRE O FILME: O ELO PERDIDO (MAN TO MAN) – 2005.

        Lançado em 2005 e dirigido por Régis Wargnier, o filme O Elo Perdido aborda sobre a questão do etnocentrismo, trazendo à reflexão a questão das consequências da desumanização do “outro”, que por sua vez é enxergado como o “diferente” e por isso, é tratado como inferior. O filme é uma ótima produção que retrata uma pesquisa específica que aconteceu no século XIX, em meados de 1870.

        A pesquisa tinha como finalidade explicar a origem humana, para isso três cientistas, Jamie Dodd, Alexander Auchinleck e Fraser McBride investiam todos os seus esforços para estudar um casal de pigmeus, Toko e Likola, que foram capturados após uma perseguição em uma floresta, onde foram capturados por Dodd e uma antropóloga, Elena Van Den End.

        A pesquisa supracitada, quer encontrar alguma resposta que venha reforçar a teoria do Evolucionismo, acreditando que os pigmeus são o elo perdido na evolução humana.

        Para fundamentar a teoria, os cientistas começas pesquisar as medidas faciais e do crânio dos “objetos de estudo”.

        A partir do seu relacionamento próximo aos pigmeus, Dodd acaba se apegando a Toko e a Likola, o que gera um desentendimento com seus outros dois colegas de pesquisa, pois para Dodd os pigmeus demonstraram inteligência e sentimentos humanos. De imediato, ele se torna vítima da segregação dos amigos e do escárnio da comunidade científica da época. O que não é muito diferente dos dias de hoje, no meio acadêmico, científico e outros que, quando querem e não conseguem refutar alguma teoria ou lei, ou até mesmo um posicionamento contrário, isolam, separam, segregam.

        Os personagens que representam o mundo científico no filme, reproduzem as influências do contexto histórico da época, o que também se mostra na busca pela origem humana, que tem sua influência e base na teoria da evolução de Darwin, que modificada e aplicada à sociedade, justificava pesquisas e métodos desumanos como os sofridos por Toko e Likola. Nesse contexto, até mesmo o imperialismo econômico exercido pela Europa está justificado nesse darwinismo social, pois como há neste uma escala para evolução humana, a superioridade, obviamente, é atribuída a quem e pelos olhos de quem constrói tal teoria, enquanto que a inferioridade na classificação das sociedades humanas, e até mesmo a origem dessa escala, é direcionada ao “exótico”, como é demonstrado no filme ao se buscar pelo elo perdido em outro continente.

        A ciência também é demonstrada como tendo grande importância, vemos isso através da atitude de Alexander e Fraser, que para não arriscarem perder a apresentação à academia, novamente aprisionam Toko e Likola durante a noite para apresenta-los acorrentados, o que também atenderia à imagem de selvagens por eles atribuída. Diante disso, vemos que para seus fins, a ciência ultrapassava qualquer limite, incluindo o dos direitos humanos, o que resultava a crueldade aplicada no caso dos pigmeus, tudo em nome do dito avanço científico. Seria avanço mesmo?

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