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Relação Entre Eosinofilia E Enteroparasitoses Em Um Laboratório De Porto Alegre - RS

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Por:   •  13/11/2014  •  1.330 Palavras (6 Páginas)  •  421 Visualizações

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Relação entre eosinofilia e enteroparasitoses em um laboratório de Porto Alegre - RS

Carla Teresinha Endres1

1- Especialização em microbiologia clínica Universidade Feevale

Resumo

Eosinofilia é o aumento no número de eosinófilos no sangue periférico, relacionada principalmente às parasitoses e alergias. O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de eosinofilia absoluta em pacientes portadores de enteroparasitoses em um laboratório de análises clínicas de Porto Alegre. Para isso, foi realizada uma busca retrospectiva, através do banco de dados do Laboratório Lafont, de Porto Alegre, nos meses de janeiro e fevereiro de 2013. A amostra constituiu de 56 pacientes usuários do sistema único de saúde. As amostras de fezes foram analisadas pelo método de HPJ - Hoffmann, Pons e Janer. A relação entre parasitoses e eosinofilia foi avaliada de acordo com os parâmetros hematimétricos estabelecidos no aparelho ABX Pentra 80. Observou-se positividade em 27 amostras (48,5%).

Palavras-chave: Eosinofilia, parasitoses intestinais, protozoários.

Summary

Eosinophilia is the increase in the number of eosinophils in peripheral blood, mainly related to parasites and allergies. The objective of this study was to evaluate the degree of absolute eosinophilia in patients with intestinal parasites in a clinical laboratory in Porto Alegre. For this, we performed a retrospective search through the database of the Laboratory Lafont, Porto Alegre, in the months of January and February 2013. The sample consisted of 56 patients using the public health system. Stool samples were analyzed by the method of HPJ - Hoffmann, Pons and Janer. The relationship between parasitic diseases and eosinophilia was assessed in accordance with the hematological parameters set in the device ABX Pentra 80. Positivity was observed in 27 samples (48.5%).

Keywords: eosinophilia, intestinal parasites, protozoa.

Introdução

Os eosinófilos são granulócitos que se encontram no organismo em quantidade estreitamente regulada, mantendo-se no sangue periférico em média de 1 a 6%. Após sua liberação pela medula óssea, permanecem de 6 a 12 horas na corrente sanguínea e migram para diversos tecidos, como pele, trato gastrointestinal e trato respiratório. Diversas doenças e complicações clínicas acompanham-se de acúmulo de eosinófilos no sangue e nos tecidos acometidos (4, 5).

Em infecções parasitárias, a eosinofilia costuma ser constante e proporcional à infestação, em especial na ancilostomose, esquistossomose, ascaridíase, filariose e toxocaríase. O aumento de eosinófilos em infecções por helmintos é bastante conhecido, porém esta condição parece ocorrer também na presença de protozoários. Há graus diferentes de eosinofilia, dependendo do agente etiológico, do nível de infestação e da fase em que se encontra a patologia. Se ocorrer invasão tecidual, normalmente a eosinofilia é mais pronunciada, reduzindo-se nas situações em que o parasita está habitando a luz visceral e desaparecendo se houver encistamento (1, 3, 5).

As enteroparasitoses constituem grave problema de saúde pública, acarretando em alta morbi-mortalidade, especialmente em países com menor desenvolvimento, o que decorre da íntima relação destas infecções com as condições de saneamento básico, grau de escolaridade, hábitos de higiene, idade e estado nutricional da população. As infecções por parasitas acometem com maior frequência as crianças e adultos jovens, o que pode provocar redução do estado nutricional, retardo no crescimento e baixo aproveitamento escolar, dentre outros agravos (2, 5, 6, 7, 8).

Estima-se que cerca de 10% da população mundial seja acometida pela amebíase, o que representa até 110.000 mortes ao ano. Dentre as parasitoses intestinais mais frequentes, além da amebíase, estão a ascaridíase e as infecções causadas por helmintos com ganchos (1,3 bilhão de casos/ano), a tricuríase (900 milhões/ano), giardíase (200 milhões/ano) e esquistossomose (150 milhões/ano) (3).

O presente estudo teve como objetivo avaliar o grau de eosinofilia absoluta em hemogramas de pacientes portadores de enteroparasitoses, comprovadas pelo exame parasitológico de fezes, em um laboratório de Porto Alegre-RS.

Material e método

Foi realizado um estudo retrospectivo da coleta de informações provenientes de um banco de dados do laboratório Lafont, situado na cidade de Porto Alegre-RS, durante o período de janeiro e fevereiro de 2013.

A amostra consistiu de informações presentes nos resultados dos exames de 56 pacientes, oriundos do SUS, que procuraram o referido laboratório para a realização do hemograma e de parasitológico de fezes.

Foi analisada a incidência de parasitoses intestinais na população estudada, identificando a faixa etária mais acometida e os parasitas mais prevalentes. Os resultados dos parasitológicos foram correlacionados com os valores hematológicos obtidos – contagem absoluta de eosinófilos, que pode variar de 40 a 400 por microlitro de sangue.

Todas as análises foram realizadas no Laboratório Lafont, com usuários do SUS, porém, a amostragem é baixa e não possibilita a obtenção de um perfil epidemiológico estimado da população de baixa renda da cidade.

As amostras sanguíneas foram obtidas por punção venosa, utilizando solução comercial de anticoagulante EDTA (etilenodiamino tetra-acético) e analisados em ABX Pentra 80 automatizado. Quando necessário, foram confeccionadas lâminas com o sangue obtido e analisados por microscopia, realizando contagens de 100 células.

Foram analisadas amostras de fezes recentes, coletadas sem conservantes, empregando os métodos de HPJ - Hoffmann, Pons e Janer, para identificação de ovos e larvas de helmintos

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