Resenha do Livro Ética e Seus Fundamentos
Por: Giovana Pereira • 9/10/2019 • Resenha • 744 Palavras (3 Páginas) • 289 Visualizações
RESENHA
BARROCO, Maria Lúcia S. Ética: fundamentos sócio-históricos. Maria Lúcia S. Barroco – 2º ed. – São Paulo: Cortez, 2009.
O individuo tem que ser livre para poder fazer as sua escolhas, mas tem que ter consciência das ações que pratica, isso é fundamental para o ser ético-moral. Ele precisa estar consciente de suas ações com o outro, ser consciente de que outras pessoas podem ou não sofrer com as suas ações. Quando ele prática um ato moral é necessário que ele abra mão de suas exigências particulares e olhe com responsabilidade nas suas ações com os outros e para a sociedade. Mas nem todas as ações são definidas moralmente, como a roupa que o individuo usa ou sua opção sexual, não são ações morais, são características singulares de cada um. Porem, essas ações podem ser julgadas de uma forma moralista, mostrando um pré-conceito definido por valores morais.
O sistema normativo surgiu através de uma necessidade de comunidades bem mais antigas, onde o trabalho era uma obrigação e o que eles produziam era dividido igualmente, o sistema normativo ajudava a estipular um comportamento moral para todos da mesma forma, servindo como uma consciência moral para o comportamento dos indivíduos. Quando esses atos começaram a ser reproduzidos com certa frequência, e sempre da mesma maneira, é visto como hábitos de conduta.
A partir das sociedades primitivas surgem as primeiras formas de organização social para que houvesse uma integração social da coletividade, com a finalidade que todos pudessem viver de forma coletiva e solidariamente a todos. Mesmo todos vivendo na coletividade e baseando-se em valores solidários, esse sistema não deixava espaço para a mobilidade do indivíduo, assim ficando subordinado ao coletivo.
Então, nesse contexto a integração tem o significado de unidade entre os indivíduos da comunidade, mas também a individualidade não existe pelo fato da subordinação do indivíduo ao coletivo.
Após o surgimento de sociedade de classes e seus antagonismos vindo de propriedades privadas com divisões sociais do trabalho e exploração do trabalho, percebemos que a função normativa da moral assume novas formas ideológicas.
É importante ressaltar que estar subordinado socialmente em algumas exigências morais pode significar muitas formas de ser em oposição ou dependendo do contexto, estar subordinado a exigências de integração social, pode ser considerado algo positivo.
O ser humano enquanto individuo singular, apesar de ser social, sempre estará buscando satisfazer as necessidades do seu eu, assim em sua singularidade não se expressa as suas capacidades humano-genéricas, essas se expressão através do processo de socialização que acontecem no cotidiano. A moral é formada por princípios sociais e valores éticos de caráter social e histórico que são reproduzidos pelos indivíduos, representando conquistas humano-genéricas. É na vida cotidiana que o indivíduo adquire os valores morais, por está voltado a suprir as suas carências acaba tendo que se dividir entre diversas exigências cotidianas de integração social, não conseguindo se dedicar intensamente a nenhuma delas ele então absorve e interioriza de modo mecânico, hábitos, costumes e normas morais, que na maioria das vezes são acatadas sem questionamento,
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