Resenha do filme Muito além do cidadão Keine
Por: ariane86 • 29/10/2015 • Resenha • 2.106 Palavras (9 Páginas) • 366 Visualizações
UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
Ariane Cristina da Silva RGM: 262468
Carolina Fernandes RGM: 263108
Gisele Cristina Lira RGM: 263177
Melissa Oliveira RGM: 263463
Vanessa de Mello RGM: 262314
Documentário Muito Além do Cidadão Kane
Mogi das Cruzes
2014
UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS
Ariane Cristina da Silva RGM: 262468
Carolina Fernandes RGM: 263108
Gisele Cristina Lira RGM: 263177
Melissa Oliveira RGM: 263463
Vanessa de Mello RGM: 262314
Documentário Muito Além do Cidadão Kane
Trabalho exigido para obtenção de Nota da disciplina Política Social II do curso de Serviço Social da Universidade Braz Cubas, sob a orientação do (a) Prof.ª Elaine Marinheiro e Silva.
Mogi das Cruzes
2014
Documentário Muito Além do Cidadão Kane
Introdução.
O documentário Sorria você esta sendo manipulado, Muito Além do Cidadão Kane apresenta a influência e manipulação da mídia na sociedade com relação ao poder do Brasil, no qual a posição dominante da Rede Globo de televisão alia-se aos partidos políticos de acordo com seus interesses, distorcendo informações, transmitindo as notícias de forma tendenciosa, “maquiando“ a realidade, no intuito de alienar seus telespectadores e alcançar os objetivos da emissora.
Monopólio da Informação.
O documentário Muito Além do Cidadão Kane de Simon Hartog, foi produzido de forma independente com apoio da BBC, TV pública britânica, no ano de 1993 e proibido de ser exibido no Brasil, através de uma ordem judicial.
O título busca associar Roberto Marinho, proprietário das Organizações Globo e considerado o marechal civil do golpe de 1964, ao personagem de Orson Welles, protagonista do filme “Cidadão Kane”.[1]
Esse documentário denuncia o monopólio da informação e do uso político deste monopólio, exercido no Brasil pela mídia em geral e pela Rede Globo em particular, manipulando informações e notícias, com o intuito de influenciar a opinião dos cidadãos. O monopólio da informação é um mecanismo complexo que repercute diretamente no processo de ideologização.
Uma das reflexões que o documentário propõe é que a criação da Rede Globo foi mais do que uma simples concessão pública, na verdade foi um grande investimento do governo militar em telecomunicação, pois fazia parte do projeto de “modernização e integração nacional” da ditadura militar, contando, é claro, com o apoio de capital norte-americano, especificamente do conglomerado “Time Life”, atual “Time Warner”, dando suporte para que nascesse uma das maiores redes de TV do mundo.
A TV é encantadora, pois estabelece uma relação de suposta intimidade com o telespectador, como se lesse seus pensamentos e atendesse aos seus desejos, mas seu objetivo principal é “esvaziar” o senso crítico de quem assiste, deixando “mentes livres” para que a publicidade estimule o fetiche da mercadoria, próprio do capitalismo, povoando a imaginação de milhões de pessoas, explorando as vaidades, curiosidades e emoções, reproduzindo valores simbólicos numa escala industrial, sem estímulo a qualquer tipo de reflexão.
Para dar embasamento a essas afirmações, o documentário relata que no dia 25 de janeiro de 1984, cerca de 300 mil pessoas superlotaram a Praça da Sé, no centro de São Paulo, para exigir eleições diretas para presidente da República, mobilização que deu a arrancada para a histórica campanha das Diretas Já, e a rede globo, no seu famoso Jornal Nacional, notificou falsamente o movimento, noticiando que era uma comemoração do aniversário da cidade de São Paulo, omitindo a manifestação. Este episódio marcante serviu para desmascarar ainda mais a poderosa emissora, que construiu o seu império graças às concessões dos generais golpistas.
Outro fato que torna o documentário muito interessante e demonstra claramente a que ponto chega a influencia da mídia nas questões políticas, é o ultimo debate eleitoral, no segundo turno das eleições presidenciais de 1989, entre os então candidatos Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, debate que foi claramente manipulado. O debate foi editado e transmitido no Jornal Nacional, mostrando somente os melhores momentos de Collor e os piores de Lula. No dia do debate, a diferença percentual dos dois candidatos era por volta de 1%, dois dias após a exibição do debate editado, a diferença percentual subiu para 4%, em favor do candidato Collor, o levando a vencer as eleições daquele ano.
Dois colaboradores da emissora foram questionar tal acontecimento, direto com Roberto Marinho, ambos se colocaram contra a edição que havia ido ao ar. Vianey Pinheiro, que era produtor foi demitido e Armando Nogueira, que era chefe do departamento da Rede Globo teve sua aposentadoria ‘gentilmente concedida’.
O foco central é que, nas eleições de 1989, Lula foi claramente prejudicado pela Rede Globo e por seu proprietário Roberto Marinho, que permitiu que tal manipulação fosse feita e exibida em rede nacional. O que gera uma grande contradição quando se leva em conta que, em 2002, quando Lula venceu as eleições para a presidência, a Rede Globo foi a primeira emissora a transmitir uma entrevista exclusiva com o ‘novo e amado’ presidente, no Jornal Nacional. Antes Lula concedeu uma entrevista coletiva, que também foi transmitida no Fantástico.
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