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Responsabilidade Social E Meio Ambiente

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Por:   •  27/5/2013  •  2.803 Palavras (12 Páginas)  •  486 Visualizações

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Introdução

Embora o engajamento de muitas empresas em ações sociais já venha ocorrendo no Brasil desde a década de 60 e 70, nos últimos anos, vem crescendo a preocupação com um envolvimento mais sistemático da iniciativa privada sob o tema da responsabilidade social.

A cada dia fica mais evidente para a sociedade a importância de se cobrar responsabilidade socioambiental das empresas privadas em razão da necessidade da sobrevivência coletiva, já que, estas são responsáveis pelos impactos resultantes de suas atividades na sociedade e no meio-ambiente.

A responsabilidade social é uma realidade que vem, cada vez mais, ganhando adeptos no ambiente empresarial. Alguns aspectos demonstram que seu conceito já interfere na elaboração de estratégias coorporativas, como fator fundamental para a sustentabilidade.

A expansão do setor sucroalcooleiro no Brasil vem ao longo do tempo, impactando consideravelmente o meio ambiente. Há alguns anos talvez fosse impossível conceber a idéia de aliar a preservação do meio ambiente ao desenvolvimento das empresas e, principalmente, ao setor sucroalcooleiro. Hoje, além de ser completamente aceitável, esse pensamento pode ser considerado como aspecto estratégico e um importante diferencial no mercado competitivo. Um dos fundamentos das usinas de açúcar e álcool é o fornecimento e desenvolvimento de produtos trabalhando de maneira sustentável, manejando os produtos e subprodutos de forma a diminuir impactos ambientais, já que o Brasil é líder neste setor, sendo assim, a cultura da cana-de-açúcar, que por muitos anos, se notabilizou como exploratória, poluidora e predatória, vem trazendo mudanças, já que o mercado dispõe de várias ações e instrumentos que objetivam assegurar o tão almejado equilíbrio ambiental.

O presente artigo contextualiza as ações de sustentabilidade aplicadas atualmente no setor sucroalcooleiro voltadas para o processo industrial, para a cadeia agrícola, destacando as principais práticas e utilização de subprodutos da cana de maneira a atuar economicamente e em defesa do meio ambiente. Obtendo assim como um dos resultados que, a utilização ou reuso de resíduos tais como a vinhaça e a torta de filtro, traz além da diminuição dos custos tanto no campo, quanto na indústria, como também menores impactos a biodiversidade.

O Setor Sucroalcooleiro Brasileiro

O setor sucroalcooleiro brasileiro abrange as empresas que produzem açúcar ou álcool, ou atuam em algum elo da cadeia produtiva desses elementos. No Brasil, esse setor está diretamente relacionado às culturas de cana-de-açúcar, uma vez que este é o principal insumo para os processos produtivos citados.

O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e segundo produtor mundial de etanol. O país responde hoje por aproximadamente 35% da produção mundial de etanol e é o maior exportador de açúcar.

A cultura da cana-de-açúcar no Brasil vem desde o descobrimento do país. As primeiras mudas plantadas datam de 1532 e a história da formação do setor se mistura com a própria história do país: as capitanias, os grandes latifúndios, os engenhos, assim como outras culturas (em especial do café) foram elementos importantes de nossa história e da cultura da cana no Brasil. Notadamente, a crise de 1929, marcada pela decadência do setor de café no interior paulista e pela chegada em larga escala de imigrantes italianos, determinou uma das características que diferencia, até hoje, os produtores dessa região dos que atuam no nordeste do país: o domínio de famílias de origem italiana que buscavam uma nova vida no Brasil.

A atividade canavieira tem grande importância para o Brasil, pois gera muitos empregos, produz açúcar para consumo interno e para exportação a vários países, produz álcool que além de ótimo combustível é adicionado a gasolina, produz energia elétrica do uso do bagaço nas caldeiras, além de ser menos poluentes que os derivados do petróleo.

De acordo com a ÚNICA (UNIÃO DA INDÚSTRIA DE CANA-DE-AÇÚCAR), a atividade gera 14% dos empregos totais do país, e apenas ela reúne 6% dos empregos agroindustriais brasileiros, além de responder por 35% do PIB, emprega cerca de um milhão de pessoas de forma direta, e aproximadamente quatro milhões indiretamente.

A mais tradicional indústria brasileira, a de processamento de cana-de-açúcar, vem alçando vôos nunca imaginados, graças aos centros de pesquisas e seus avanços tecnológicos, tendendo a ser cada vez mais favorável, sendo assim, a cultura da cana passam por um processo de transição a partir do qual deixa de ser um mero produto agrícola e passa a ser uma matéria prima de aproveitamento ilimitado e com alto potencial de valor agregado (ANUARIO BRASILEIRO DE CANA DE AÇÚCAR, 2008). Após o Proálcool (O Programa Nacional do Álcool) criado em 1975 para substituição em larga escala dos derivados de petróleo, desenvolvido para evitar o aumento da dependência externa de divisas quando dos choques de preço de petróleo, sendo assim produzindo muitos veículos a álcool, a questão econômica aliada a estrutura fundiária impuseram impactos ao ambiente.

Contudo a sociedade brasileira veio sendo bombardeada pela mídia, pelos políticos e por grandes empresas com a busca do desenvolvimento sustentável. Portanto no presente deparamos com as indústrias atuando de maneira sustentável, utilizando produtos e subprodutos nas etapas de seus processos, certa vez que esta atividade agrícola sempre esteve ligada a questão econômica, e atualmente está ligada a questão ambiental, e assim a questão social.

Destaca-se então que, um dos fundamentos de estratégia das usinas de açúcar e álcool é o fornecimento e desenvolvimento de produtos trabalhando de maneira sustentável, manejando os produtos e subprodutos de forma a diminuir impactos ambientais.

A Sustentabilidade do setor sucroalcooleiro

A sustentabilidade é um ideal sistemático que se perfaz principalmente pela ação, e pela constante busca entre desenvolvimento econômico e ao mesmo tempo preservação do ecossistema (ABREU, 2010).

Sustentabilidade é de fato um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade de aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana que, preservam a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo em sua manutenção. Estes projetos de sustentabilidade ambiental são um meio de configurar as atividades humanas, de tal forma que a sociedade e as suas economias possam satisfazer as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente (FACULDADE GUARAI, 2011).

De acordo com Rosseto (2008), a partir dos

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