SEGURANÇA SOCIAL PROBLEMA POLÍTICO NA PSICOLOGIA
Tese: SEGURANÇA SOCIAL PROBLEMA POLÍTICO NA PSICOLOGIA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: JunioVitor • 15/9/2014 • Tese • 1.941 Palavras (8 Páginas) • 373 Visualizações
HUMILHAÇÃO SOCIAL
UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA
José Moura Gonçalves Filho, fala através de seu livro sobre sério problema político e social em estudo – A humilhação social. O autor se utiliza em sua discussão das colaborações trazidas pelo Marxismo e pela Psicanálise, que segundo ele “não poderia ser deixado de lado às colaborações trazidas pelo Marxismo e pela Psicanálise, apesar de deixar claro que ambos os métodos de investigação não se fundem ou confundem, apenas se complementam, se bem utilizados na ação investigativa.”
De acordo com o Regime Marxista a questão da humilhação social busca a solução para os problemas de forma eficaz no âmbito social, ou seja, o homem em conjunto, lutando coletivamente. Já os seguidores de Freud, adeptos da Psicanálise, entendem que o dilema da Humilhação Social inicia internamente no próprio indivíduo, resultado de pressões sofridas inconscientemente, e que só depois se exterioriza e passa a influenciar o grupo o qual pertence.
Assim, entendemos a partir desta pesquisa que a Psicologia Social, não considera o indivíduo isoladamente, mas sim, dentro de grupos, em convivência com outros indivíduos na sociedade. Nesse caso, ao tratarmos de determinados problemas, não devemos ve-lo apenas de um único ponto de vista, mas considerarmos a investigação por ambos os lados, do homem como indivíduo e da sociedade.
Devemos compreender que a humilhação social está diretamente conectada à questão da desigualdade de classes, sendo os seus resultados diretamente pelas camadas mais pobres da sociedade, constantemente expostos às margens da inferioridade social.
A fim de enfatizar a questão da humilhação social, o autor faz lembrar o depoimento do frentista Sr. Gerônimo, natural de Arapiraca, cidadezinha do estado de Alagoas, em entrevista realizada por Ruth Rosenthal. Na entrevista, o migrante nordestino reclama da falta de solidariedade e frieza dos indivíduos dos centros urbanos, lembrando com tristeza de seus familiares e conterrâneos, revelando os sofrimentos e humilhações aos quais os pobres são constantemente submetidos, principalmente, nas grandes metrópoles.
Segundo Gonçalves Filho, salvo raras exceções, “o homem só empreende em investir nas questões sociais, quando estas lhes são convenientes de algum modo ou lhes reverta em algum benefício, além de abordar sobre a desvalorização gradativa do ser humano pelo que simplesmente é e recordar das pequenas atitudes e hábitos saudáveis do passado.”
Trazendo uma profunda reflexão sobre a supervalorização de aspectos, como salários e a saúde, chama a atenção para a alienação trabalhadora, fazendo com que o mesmo se identifique como uma simples “coisa” ou uma máquina, que vale pelo que produz e pela força braçal que é capaz de exercer, nada mais, devendo se contentar com o mínimo.
Ainda no texto em questão aprendemos sobre alguns sintomas da humilhação social, como aqueles manifestos em ambientes públicos, onde a pobreza é diretamente verificada e identificada com certos tipos de atividades. De um lado, o cidadão abastado vê no pobre uma ameaça à sua tranquilidade e segurança, estranhando quando este se encontra fora do contexto esperado, qual seja o de submissão e contentamento por recompensas mínimas. De outro, o cidadão empobrecido, que mesmo quando eventualmente tem a oportunidade de gozar de certos privilégios, normais aos mais abastados, são dotados de complexos de inferioridade e aceitam com facilidade serem diminuídos, como se já fosse o comportamento esperado pelos demais. Esses fenômenos ocorrem diariamente em vários lugares, tais como cinemas, restaurantes teatros, shoppings etc. O homem pobre sente-se marginalizado e adota uma atitude passiva, temendo ser mal compreendido e, em consequência, socialmente humilhado, enquanto que o homem rico, visando a preservação de seu patrimônio e poder de posição, evita se relacionar demasiadamente com os integrantes da classe baixa, sendo que os abastados que infringem tais “regras” são vistos com desconfiança pela própria classe, tornando-se também alvos da humilhação social.
José Moura esclarece sobre a facilidade que o homem possui de receber regras impostas pela sociedade e que o expõe em humilhação social e também questiona sobre o desequilíbrio político existente, que aceita a imaginária superioridade dos ricos e a também imaginária inferioridade dos menos favorecidos. A humilhação, de uma forma geral, já impõe a nós uma sensação de revolta, por isso o que acontece na humilhação social não é diferente. Isso causa danos graves e muitas vezes irreversíveis, principalmente aos mais pobres. Pessoas sofrem constantemente com esse fato e muitas vezes parte dos fatos de violência e criminalidade decorrem do impacto causado pela humilhação social.
ETAPA 2
A DESIGUALDADE E A INVISIBILIDADE SOCIAL NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA
Invisibilidade pública é expressão que resume diversas manifestações de um sofrimento político: a humilhação social, um sofrimento longamente aturado e ruminado por gente das classes pobres. Um sofrimento que, no caso brasileiro e de várias gerações atrás, é sofrimento ancestral e repetido. A humilhação age como golpe externo, um golpe público, mas que vai para dentro e segue agindo por dentro: um impulso invasor, uma angústia. O conceito de invisibilidade social tem sido aplicado, em geral, quando se refere a seres socialmente invisíveis, seja pela indiferença, seja pelo preconceito, o que nos leva a compreender que tal fenômeno atinge tão somente aqueles que estão à margem da sociedade. Há várias formas de invisibilidade social: econômica, racial, sexual, etária, entre outras. É o que acontece, por exemplo, quando um mendigo é ignorado de tal forma que passa a ser apenas mais um objeto na paisagem urbana.
Segundo o psicólogo Fernando Braga da Costa, em seu livro Homens Invisíveis: relatos de uma humilhação social de 2004 o tema da invisibilidade e da humilhação social, a partir de casos empíricos registrados em uma pesquisa realizada por ele. Exerceu por um dia, uma profissão considerada subalterna e pôde sentir o que estes trabalhadores, cuja atividade precária é alvo de humilhação social o que provoca imenso sofrimento psíquico nesses sujeitos. A postura crítica adotada por Costa é essencial para que ele ofereça um panorama amplo e fiel da invisibilidade social e suas ramificações na sociedade brasileira.
A sociologia de Jessé de Souza, traça uma crítica muito dura e seu trabalho retifica no senso comum e no ambiente acadêmico, na tentativa de mostrar uma nova
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