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Seminario de Pesquisa em Serviço Social

Por:   •  19/9/2016  •  Seminário  •  1.508 Palavras (7 Páginas)  •  204 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ CURSO DE SERVIÇÕ SOCIAL

O PAPEL DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE TRATAMENTO DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS

ELAINE CRISTINA BARBOZA FONSECA SILVANA RAMOS LOUREIRO RIBEIRÃO PRETO – SP 2015

Objetivo da Pesquisa

No final do século XVIII os portadores de transtornos mentais eram vistos como manifestações dos Deuses ou possessão demoníaca, sendo portanto, marginalizados. Assim, surgem os primeiros depósitos humanos para proteger a sociedade: os hospitais psiquiátricos. A loucura ganha destaque nos séculos subsequentes e desvendar os mistérios dessa doença passa a ser fundamental para os médicos e pesquisadores da época.

Para isso, o Assistente Social tem um papel fundamental no campo da Saúde Mental, onde o mesmo desenvolve metodologias, avançando na análise crítica da sociedade e suas complexidades com a loucura, intervindo no campo psiquiátrico considerando os reflexos que a totalidade da conjuntura social pode acarretar sobre os portadores de transtornos mentais. A atuação fundamental na intervenção destas situações deve ocorrer dentro da própria família, analisando o papel da mesma no processo de tratamento de pacientes psiquiátricos.

A pesquisa foi realizada em um Hospital Psiquiátrico no interior do Estado de São Paulo, em uma unidade de tratamento inicial chamada de “Agudos Geral”. A pesquisa foi executada no mês de Julho e início de agosto de 2013, e de um universo de 11 famílias, foi possível retirar uma amostra de 70% das famílias, cujo familiar portador de transtorno mental passou por internações na unidade de Agudos Feminino no hospital psiquiátrico, sendo assim, a pesquisa feita é qualificada como quanti-quali apresentando teorias e gráficos.

Conforme foi feita a pesquisa, houve a nítida impressão de que as famílias estavam em estado de desespero em relação ao processo de reintegração social desses pacientes, não sendo observado de fato um trabalho eficiente na conscientização e adequação dessas famílias.

Introdução

No século XVIII os portadores de transtornos mentais eram vistos como manifestações dos Deuses ou possessões demoníacas, portanto eram marginalizados e a sociedade associava os mesmos aos miseráveis, anciões e vagabundos.

Após a Revolução Francesa de 1789, a loucura que foi considerada uma “contradição da ordem humana da sociedade” ganha estatuto de doença e uma disciplina para estudos e tratamentos.

A loucura era considerada um comportamento diferente pela sociedade e uma ameaça à ordem social, surgindo então os primeiros depósitos humanos para proteger a sociedade. Esses hospitais psiquiátricos iniciaram um movimento de higienização da sociedade limpando-a do “diferente”.

No Brasil, em 1853 foi criando o primeiro hospital psiquiátrico chamado Dom Pedro II no Rio de Janeiro, que limpa a sociedade de todos aqueles que pudesse perturbar a ordem com suas doenças mentais e comportamentos diferentes dos padrões sociais.

No final da década de 70 e início da década de 80 do século XX no Brasil, os movimentos sociais, as famílias, os assistentes sociais e os profissionais da área da área de saúde s eu unem para derrubar a Ditadura Militar e desconstruir o conceito de manicômio, trazendo um novo conceito de hospital psiquiátrico e de gestão municipal de gestão em ambulatórios de saúde mental.

A mais recente Lei Federal nº 10.216 de 06/04/2001 reorienta a assistência psiquiátrica em seu artigo 4º, §2º - determina que: “O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos, terapias ocupacionais e de lazer” (BRASIL, 2006 s/p).

Na contemporaneidade, o neoliberalismo trouxe um aumento no desemprego, miséria, desvalorização da qualidade de vida gerando violência social, gerando assim estresses, ansiedades, angústias, fobias sociais, dependentes químicos e moradores de rua. É necessário compreender o que este sistema de capital ocasionou no cotidiano da vida social da sociedade.

CAPÍTULO I – A SAÚDE MENTAL E SEUS REBATIMENTOS SOCIAIS.

1.1. Os processos Históricos da Loucura

Ao final da idade média, por volta do século XV, a loucura toma lugar da lepra e as pessoas portadoras dessa “loucura” eram transportadas em grandes embarcações, expulsando e levando-os para distante de suas origens e tinham a visão de que a água do mar em que estariam passando, iria purificá-los de todo os males que os assolavam. Essa atitude visava a segurança dos cidadãos evitando que os loucos ficassem vagando dentro da cidade.

Mas a loucura não estaria ligada à assombrações, mas sim ao próprio homem, suas fraquezas, às suas ilusões e seus sonhos.

Foucault foi quem estudou a loucura e acreditava que a razão iria mostrar a loucura como um momento de sua própria natureza. “A verdade da loucura é ser interior à razão, ser uma de suas figuras, uma força e como que uma necessidade momentânea a fim de melhor certificar-se de si mesma” (FOUCAULT, 1997, p.36).

1.2 Movimento Higienista

O movimento higienista tem também o seu processo histórico dado a partir do processo de Industrialização que acarretou em um grande adensamento urbano. A grande maioria da população era pobre e viviam em péssimas condições de moradia, saneamento básico e alimentação. O resultado desse aumento populacional desenvolveu uma série de doenças, dentre elas a loucura.

No Brasil, em 1853 foi criando o primeiro hospital psiquiátrico chamado Dom Pedro II no Rio de Janeiro, que limpa a sociedade de todos aqueles que pudesse perturbar a ordem com suas doenças mentais e comportamentos diferentes dos padrões sociais. Para os higienistas, era possível através da educação formar um povo mais saudável com melhores condições de vida.

3. CAPITULO III - O Caminho Metodológico

3.1 Analise dos dados coletados, em entrevista com familiares de pacientes psiquiatricos

A pesquisa foi executada no mês de julho e inicio de agosto de 2013, em 16 leitos ocupados, sendo a amostra de 70% das familias, cujo familiar portador de transtorno mental passou por reinternações na unidade de Agudos Feminino do hospital psiquiatrico.

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