TCC- SAUDE MENTAL

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FACULDADE INTERNACIONAL DA PARAÍBA

CURSO SERVIÇO SOCIAL

LIZANDRA OLIMPIA NOGUEIRA

SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE MENTAL: A prática da categoria na política de saúde mental no Brasil.

JOÃO PESSOA - PB

JUNHO - 2022

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LIZANDRA OLIMPIA NOGUEIRA

SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE MENTAL: A prática da categoria na política de saúde mental no Brasil.

Artigo Científico apresentado ao Curso de Serviço Social da Faculdade Internacional da Paraíba como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Serviço Social.

Orientadores: Prof. Flávio Nery da Nóbrega Júnior e Prof.ª D’Angelles Coutinho Vieira

JOÃO PESSOA - PB

        2022

SERVIÇO SOCIAL E SAÚDE MENTAL: A prática da categoria na política de saúde mental no Brasil.

Lizandra Olimpia Nogueira                

[e-mail]

Prof. Flávio Nery da Nóbrega Júnior 2

E-mail: [e-mail]

Prof.ª D’Angelles Coutinho Vieira2

E-mail: [e-mail]

2 Faculdade Internacional da Paraíba, Escola da Saúde, Curso de Serviço Social, João Pessoa, Paraíba, Brasil

RESUMO

O presente artigo tem por objetivo contextualizar de forma pontual o processo histórico que perpassou durante anos no Brasil em relação a saúde mental, que era julgada como uma doença excludente, segregativa e punitiva. Além de identificar a atuação do serviço Social incluso a política de saúde mental, onde os mesmos se tornam partes indispensáveis como técnicos que compõe as equipes multidisciplinares. O Serviço Social muito se envolveu, e se envolve ainda, com a área da saúde por ter sido seu principal empregador em sua gênese. No entanto a atuação era diferente, os assistentes sociais atuavam como auxiliares médicos, muito diferente do objeto de intervenção na atualidade. O estudo foi desenvolvido através de pesquisa com revisão bibliográfica com utilização de materiais físicos como livros e artigos, e de materiais obtidos de forma digital através de repositórios universitários online, sites do governo e do site Google acadêmico, com o intuito de compreender como que o serviço social tem trabalhado a saúde mental. Em resumo os dados apontam que existem literaturas relacionadas ao serviço social dentro da saúde mental, porém, abaixo do mínimo esperado ficando nítido a falta de interesse dos acadêmicos e profissionais em discorrer sobre essa temática tão importante e atual.  

Palavras-Chave: Serviço Social. Saúde Mental. Pratica profissional. Reforma Psiquiátrica.

ABSTRACT

This article aims to contextualize, in a punctual way, the historical process that permeated for years in Brazil in relation to mental health, which was judged as an excluding, segregative and punitive disease. In addition to identifying the performance of the Social Service, including the mental health policy, where they become indispensable parts as technicians that make up the multidisciplinary teams. The Social Service was very involved, and is still involved, with the health area because it was its main employer in its genesis. However, the performance was different, the social workers acted as medical assistants, very different from the object of intervention today. The study was developed through research with literature review using physical materials such as books and articles, and materials obtained digitally through online university repositories, government websites and the academic Google website, in order to understand how the social service has worked on mental health. In summary, the data indicate that there are literatures related to social work within mental health, however, below the minimum expected, the lack of interest of academics and professionals in discussing this important and current topic.

Key words: Social Work. Mental health.professional practice. Psychiatric Reform.

1. INTRODUÇÃO

         

A escolha em estudar o serviço social dentro da saúde mental no Brasil, surge em virtude da minha vivência enquanto estagiária dentro de um serviço de urgência e emergência psiquiátrica. Na vivência enquanto acadêmica pude visualizar as dificuldades nos atendimentos em diversos pontos, desde a estrutura precária ofertada quanto a prática dos profissionais em necessitar se adequar ao presente para garantir o atendimento aos usuários do serviço.

A saúde mental ainda carrega associação ao estigma da “loucura” enquanto doença, não há uma consciência por parte da sociedade de que as condições sociais do indivíduo, suas relações sociais e de trabalho, contribuem para sobrecarga mental que vem a desencadear transtornos ou ativar doenças pré-dispostas geneticamente, além do agravo das doenças já diagnosticadas.

As mudanças do sistema psiquiátrico italiano tiveram grandes repercussões pelos continentes, inclusive na América Latina, e neste caso, no Brasil. Além do desenvolvimento teórico aproximado à psiquiatria progressista, houve um significativo movimento entre os trabalhadores da saúde mental aqui no país, junto aos usuários e familiares. Esse movimento antimanicomial desencadeou no movimento da Reforma Psiquiátrica que buscou respostas na questão política para alteração da realidade do sistema manicomial da época que obtinha um forte caráter de violador de direitos.

O trabalho tem por objetivo discorrer sobre a prática do serviço social dentro da política de saúde mental, compreendendo e pontuando os impactos sofridos historicamente, assim como, o reflexo da postura governamental para a saúde mental da sociedade em geral em relação a qualidade dos serviços ofertados.

No decorrer dos anos no Brasil, a saúde mental foi tratada como doença excludente, segregativa e punitiva.  Os pacientes sofriam restrições físicas, ameaças e por muitas vezes eram medicados como forma de controle e “cura”, ao que se referia a tratamento era conduzido de forma controladora sem perspectiva de melhora e reingresso a família e a sociedade.

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