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Trabalho sobre História

Por:   •  15/1/2025  •  Trabalho acadêmico  •  400 Palavras (2 Páginas)  •  12 Visualizações

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O eugenismo na psicologia brasileira foi um impacto significativo e controverso, especialmente nas primeiras décadas do século XX. O movimento eugênico, que se baseava em ideias racistas e pseudocientíficas, encontrou apoio entre intelectuais, políticos e médicos, influenciando a formação da psicologia e da saúde pública no Brasil.

Contexto Histórico

O movimento eugênico no Brasil começou a se consolidar em um contexto de desigualdade social e racial, com uma elite buscando instalar a civilização racial por meio de argumentos pseudocientíficos. A eugenia, que surgiu na Europa, foi adaptada à realidade brasileira, onde a miscigenação e a grande população negra eram vistas como obstáculos ao progresso. A eugenia foi utilizada para promover políticas de controle populacional, como a esterilização de indivíduos considerados "inadaptáveis" e a segregação de pacientes, como os portadores de hanseníase.

Influência na Psicologia

A psicologia brasileira, em sua formação inicial, foi profundamente influenciada por ideais eugênicos. Renato Ferraz Kehl, um dos principais proponentes da eugenia no Brasil, fundou a Sociedade Eugênica de São Paulo em 1918. Kehl defendeu que uma disciplina dos instintos humanos era essencial para a criação de uma "raça nobre". Ele e outros eugenistas acreditavam que a educação e a regulamentação do comportamento reprodutivo eram fundamentais para evitar a degeneração racial.

Os eugenistas promovem uma visão normativa do comportamento humano, considerando que instintos desordenados poderiam levar a problemas sociais, como doenças venéreas e alcoolismo. Essa perspectiva foi refletida na psicologia da época, que buscava integrar conceitos de hereditariedade e evolução ao entendimento do comportamento humano.

Legado e Críticas

Embora o movimento eugênico tenha perdido prestígio após a Segunda Guerra Mundial, suas ideias ainda ressoam na sociedade brasileira contemporânea. A eugenia, embora descreditada como ciência, deixou um legado de discriminação e preconceito que persiste de várias formas. A crítica ao eugenismo no Brasil destaca sua natureza racista e seu papel na perpetuação de desigualdades sociais, além de alertar sobre a necessidade de uma reflexão crítica sobre a história da psicologia e suas implicações éticas.

Em resumo, o eugenismo teve um impacto duradouro na psicologia brasileira, moldando não apenas a disciplina, mas também as políticas sociais e de saúde pública, refletindo um período em que a pseudociência foi utilizada para práticas discriminatórias e racistas

referência enviadas pelo professor

https://www.scielo.br/j/hcsm/a/W35yWWDpbsVyNMRBhBQZSLw/?lang=pt

https://cch.uem.br/grupos-de-pesquisas/gephe/pesquisa/teses-e-dissertacoes-defendidas/lista-de-arquivos-teses-e-dissertacoes/dissertao_final_fernanda.pdf

https://www.scielo.br/j/hcsm/a/W35yWWDpbsVyNMRBhBQZSLw/

https://drive.google.com/file/d/1jVDf0jsixAPBgzNcMJWpjGfnP0A53HgS/view

(Parte II, Cap 1).

referências do texto acima

A Psicologia racial no Brasil (1918-1929)- https://www.scielo.br/j/epsic/a/6fKDkGCxdZmynQVkXWMGRdH/

A eugenia no Brasil: uma pseudociência como suporte no trato da "questão social"

https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/10959

PSICOLOGIA, EUGENIA E O COTIDIANO DA EDUCAÇÃO INFANTIL NA IMPRENSA (1893-1917)-

https://revistas.pucsp.br/index.php/psicoeduca/article/view/50440

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