Tratamentos Fonoaudiologicos Na Doença De Parkison
Trabalho Universitário: Tratamentos Fonoaudiologicos Na Doença De Parkison. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 999999990 • 15/4/2014 • 2.146 Palavras (9 Páginas) • 373 Visualizações
. INTRODUÇÃO
A voz traz musicalidade à fala fazendo-a tornar-se melódica
,agradável e audível , sendo estes aspectos essenciais para a
comunicação eficiente. Nos casos da Doença de Parkinson a voz se
deteriora, ocorrem dificuldades na fala e na deglutição e toda a
personalidade sofre com isto, causando sentimentos de inadequação e
insegurança.
A doença de Parkinson foi descrita por James Parkinson em 1817,é
um doença do sistema extrapiramidal, decorrente do esgotamento
seletivo de dopamina nas células nervosas da substância negra e núcleos
da base relacionados a uma redução na atividade do neurotransmissor.
A sintomatologia encontrada no mal de Parkinson é variada afetando
vários sistemas do organismo. Dentre toda a gama de sinais e sintomas
que a configuram, distúrbios na área de comunicação envolvendo
alterações de fonação e deglutição acometem 50% dos casos de forma
significativa.
2 Considerações Sobre a Doença de Parkinson - Comunicação Oral e
Funções Neurovegetativas
A sintomatologia relacionada as alterações da comunicação oral e
funções neurovegetativas podem ser compreendidas de acordo com as
seguintes dimensões: função respiratória, função fonatória, função do
esfíncter velofaríngico, articulação oral e funções neurovegetativas.
2.2.1-Função Respiratória
DARLEY, ARONSON e BROWN (1975) estudaram aspectos
relacionados a dinâmica respiratória de indivíduos disártricos e referem:
monointensidade, variações excessivas de intensidade, decréscimo de
intensidade no decorrer da emissão, alteração da intensidade, esforço à
inspiração e expiração e frases curtas. Deve-se ressaltar que tais
dimensões podem não estar relacionadas apenas à função respiratória,
mas também a função fonatória ou velofaríngea.
CARRARA (1998) afirma que na doença de Parkinson observa-se
movimentação reduzida tanto na fase ativa quanto passiva do ciclo
respiratório, decorrente da rigidez muscular característica desta doença.
Pode também causar redução do volume respiratório e ocorrer escape
de ar transglótico, gerando desta forma uma alteração da coordenação
pneumo-fonoarticulatória.
2.2.2-Função Fonatória
Os distúrbios fonatórios têm um papel de destaque no
estabelecimento do diagnóstico diferencial entre as disartrofonias, bem
como auxiliar no diagnóstico precoce de algumas doenças progressivas
como o parkinsonismo.
O tipo de voz mais freqüentemente encontrado nos casos de
disartria hipocinética é a voz soprosa, que pode indicar escape aéreo de
ar não sonorizado entre as pregas vocais, sinal de fechamento glótico
ineficiente. O tom característico da voz do parkinsoniano é habitualmente mais alto que o médio e a insuficiência pneumofônica e/ou velária explica
a possibilidade de anasalamento e rouquidão, BARAT (1992).
PINHO (1992) relata que distúrbios neurológicos como por exemplo
Miastenia Gravis e parkinsonismo, freqüentemente apresentam fendas
glóticas do tipo triangular e fusiforme em toda a extensão.
HANSON, GERRAT, WARD(1984) afirmam que as fendas glóticas
fusiformes onde as pregas vocais tocam-se apenas posteriormente
podem estar associadas a paralisia do nervo laringeo recorrente superior
e a doença de Parkinson.
CARRARA (1998) conclui que as fendas glóticas em geral,
impossibilitam a criação de pressão aérea sub-glótica, suficiente para
gerar uma intensidade vocal que permita a comunicação efetiva. A
redução da intensidade vocal frequentemente está acompanhada de uma
qualidade vocal soprosa e por vezes diplofônica. Segundo essa autora a
hiperadução das pregas vocais pode ocorrer em casos de uso
prolongado de drogas psicotrópicas e antiparkinsonianas e é então
considerada um sintoma secundário de discinesia tardia.
DARLEY, ARONSON, BROWN(1975) completam que assim sendo
contribui para as variações excessivas de freqüência decorrentes de
movimentos involuntários da musculatura laríngea.
2.2.3-Função do esfíncter velofaríngeo
A ressonância pode apresentar-se hipernasal quando ocorre
ineficiência no fechamento do esfíncter velofaríngico, ou equilibrada
conforme CARRARA(1998).
2.2.4- Articulação Oral
A fala é um ato motor fino complexo que envolve sistemas
diferentes ou partes de sistema para a sua execução. O sistema nervoso
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