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Uma nova abordagem para a teoria do consumidor

Seminário: Uma nova abordagem para a teoria do consumidor. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/11/2014  •  Seminário  •  3.716 Palavras (15 Páginas)  •  470 Visualizações

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Nao se esta aqui considerando a possibilidade da poupanca, que para efeito teorico poderia

ser entendida como sendo o consumo futuro (op.cit, pag 95). E a cesta nao poderia estar

acima da restricao por falta de renda que pudesse realiza-la. Por conseguinte, a unica opcao

possivel seria uma cesta que estivesse situada sobre a linha do orcamento.

A segunda condicao seria a de que a cesta de mercado maximizadora da satisfacao deveria

dar ao consumidor a sua combinacao preferida de bens e servicos. Estas duas condicoes

reduzem o problema da maximizacao da satisfacao do consumidor e este passa a ter um

unico fator de definicao: o da escolha de um ponto apropriado na linha de orcamento

(op.cit, pag 96).

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9.3) Uma Nova Abordagem da Teoria do Consumidor

KELVIN LANCASTER, em um artigo publicado no gJournal of Political Economyh em

1966, apresenta e desenvolve um modelo de aplicacao da Teoria do Consumidor atraves da

valoracao dos atributos que sao percebidos pelos consumidores quando estao envolvidos no

processo de escolha de um bem ou servico para consumo.

O autor inicia com uma analise da teoria classica do consumidor, fazendo referencia a sua

evolucao no decorrer do seculo XIX e, concluindo que da forma como ela foi concebida e

utilizada ate os ultimos 25 anos, acrescentou muito pouco resultado sobre poucos

pressupostos. Nas palavras originais do autor, git has been shorn of all irrelevant postulates

so that it now stands as an example of how to extract the minimum of results from the

minimum of assumptionsh (op. cit., pag. 132).

Na visao de LANCASTER, referendando JONHSON (1958), o efeito substituicao, que

seria o unico resultado substantivo da teoria do consumidor, poderia ser derivada da

proposicao de que bens sao bens (op.cit, pag.132). Desta forma, todas as propriedades

intrinsecas que fariam um diamante totalmente diferente de um pedaco de pao, foram

omitidas da teoria, de modo que se uma pessoa consumisse apenas diamantes ou apenas

pao, estaria tendo um comportamento racional, enquanto que se consumisse ora pao, ora

diamante (ceteris paribus), seria irracional, por nao diferenciar um tipo de bem de outro

tipo de bem. Nao se estaria fazendo uma diferenciacao das preferencias dos consumidores

(op.cit. pag. 132).

A teoria do consumidor desenvolve, na visao de LANCASTER, a possibilidade de que

sejam substituidos bens por outros bens, por exemplo, manteiga por margarina, partindo-se

do pressuposto de que se tratam de bens substitutos intrinsecamente. Outros tipos de bens,

tais como automoveis e gasolina, seriam intrinsecamente complementares. E o mercado

como um todo age como se acreditasse nas intrinsecas propriedades dos bens e produtos, e

que estas propriedades seriam relevantes para a forma como os consumidores reagem em

relacao a eles. (op.cit, pag. 133) Esta seria a gcomplementaridade intrinsecah.

LANCASTER sugere que talvez a mais importante contribuicao da teoria do consumidor,

se analisada em um contexto de complexidade, tal qual se observa nas economias

modernas, seria a forma como os consumidores reagem aos novos produtos, bem como as

variacoes na qualidade destes produtos, e que este aspecto nao e levado em conta na teoria

tradicional. Na visao deste autor, a cada vez que se introduz um novo produto, a funcao

utilidade deveria ser novamente equacionada em uma nova dimensao, com uma visao

totalmente nova no mapa de preferencia deste consumidor. Mesmo se supondo a existencia

de uma funcao utilidade para todos os produtos existentes, incluindo os ainda nao

inventados, nao se consegue a atribuicao de valor para estes consumidores. Existiriam

diversas questoes envolvendo a complementaridade, a substituicao e a independencia entre

as preferencias que nao estariam sendo contempladas pela teoria. (op.cit, pag 133 e 134)

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Com base nestes pressupostos, LANCASTER propoe uma nova abordagem para essas

questoes, de modo a indicar uma forma alternativa de se compreender a problematica da

utilidade e das preferencias. O autor desenvolve sua teoria com base em elementos ja

utilizados anteriormente. Sua ideia central seria a de que gos bens sao objetos diretos da

utilidade, e que suas caracteristicas ou propriedades sao derivadas desta utilidadeh.

O autor assume que go consumo e uma atividade na qual os bens, individualmente ou

combinados, sao ginputsh e que os goutputsh seriam uma colecao de caracteristicash

(op. cit., pag.133).

LANCASTER propoe que ga utilidade ou preferencia sao resultados de um conjunto de

caracteristicas e que o conjunto de bens preferidos refletem indiretamente as

caracteristicas que eles possuemh. O autor exemplifica sua ideia dizendo que uma

refeicao (tratada como um bem individualizado), possui caracteristicas

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