Utilização Do PET Em óleos Comestíveis
Monografias: Utilização Do PET Em óleos Comestíveis. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Alessandraavila • 30/11/2014 • 3.896 Palavras (16 Páginas) • 323 Visualizações
Resumo
Os óleos comestíveis são extraídos de diferentes tipos de sementes e utilizados como fonte de alimento. Nas últimas duas décadas o plástico, principalmente o PET, vem ganhando mercado, principalmente em função de conferir ao produto maior atratividade, em decorrência da sua transparência, permitindo ao consumidor visualizar o produto. O PET é uma espécie de plástico extremamente resistente e 100% reciclável, cuja composição química não produz nenhum produto tóxico, sendo formada apenas de carbono, hidrogênio e oxigênio. Este polímero termoplástico proporciona alta resistência mecânica e química. Possui excelente barreira para gases e odores. A principal diferença entre os tipos de polietileno tereftalato reside no peso molecular ou grau de polimerização que dá origem a diferentes propriedades dos materiais resultantes. Quanto maior o peso molecular, maior a resistência mecânica, química e térmica do polietileno tereftalato. Após a etapa de polimerização da resina ocorre a pós-condensação para obtenção da garrafa PET usada em óleos. O processo de envasamento em latas de óleo são em média 14% mais caro que em embalagens PET, além de consumirem maior tempo, energia elétrica, serem mais pesadas, etc. Os óleos comestíveis estão muito sujeitos à degradação por fotoxidação por serem produtos alimentícios sensíveis a luz, cujas consequências são escurecimento do produto e alteração de aroma e sabor, levando à rejeição do produto. Assim, para proteger os óleos acondicionados da deterioração, faz-se necessária a utilização tanto de estabilizadores de luz nas embalagens PET, como também antioxidantes nos óleos, podendo estes últimos serem sintéticos ou naturais.
Palavras-chave: embalagens , PET, plásticos, óleos comestíveis.
1 Introdução
Os óleos comestíveis são extraídos de diferentes tipos de sementes e utilizados como fonte de alimento, constituindo um produto de grande interesse econômico e objeto de intensa atividade comercial. Estes óleos são misturados de substâncias gordurosas de origem animal ou vegetal que se extraem de diferentes tipos de sementes, da polpa de alguns frutos e também de certos tecidos animais. Os óleos de origem animal têm aplicação restrita da alimentação humana; são mais utilizados como complementos vitamínicos e como reconstituintes. Os óleos vegetais, extraídos dos frutos e sementes das plantas oleaginosas, são usados na alimentação humana como tempero em frituras e refogados (Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, 2009).
A embalagem representa depois da matéria-prima, o principal item do custo total do produto final, incluindo materiais, equipamentos e mão de obra. Até os anos 70 os óleos vegetais eram embalados em recipientes de vidro e lata. Nas últimas duas décadas o plástico, principalmente o PET, vem ganhando mercado, principalmente em função de conferir ao produto maior atratividade, em decorrência da sua transparência, permitindo ao consumidor visualizar o produto (ALVES, 2004).
Segundo Silva (2013), PET é a sigla designada para Poli Tereftalato de Etileno, um polímero termoplástico o qual é formado por moléculas muito grandes produzidas pela união de muitas moléculas de um composto menor, o etileno tereftalato. Diz-se “termoplástico” pois pode ser derretido e solidificado diversas vezes – assim como vidro, ferro e alumínio –, o que torna possível sua reciclagem.
O PET é uma espécie de plástico extremamente resistente e 100% reciclável, cuja composição química não produz nenhum produto tóxico, sendo formada apenas de carbono, hidrogênio e oxigênio (FORMIGONI; RODRIGUES, 2009, p. 1).
Este polímero termoplástico proporciona alta resistência mecânica (impacto) e química, suportando o contato com agentes agressivos. Possui excelente barreira para gases e odores. Por isso é capaz de conter os mais diversos produtos com total higiene e segurança – para o produto e para o consumidor (ABIPET, 2010).
O PET foi descoberto pelos químicos ingleses John Rex Whinfield e James Tennant Dickson em 1941. Na fabricação de embalagens, o PET revolucionou o mercado da produção de garrafas a partir dos anos de 1970, com a invenção do processo de injeção e sopro. No Brasil, as embalagens feitas de PET começaram a ser usadas em 1988 (SILVA, 2013). Até o ano 2000, a maioria dos óleos comestíveis utilizava latas de aço. Com o apelo da transparência, a garrafa plástica PET inicialmente ganhou o mercado de óleos especiais e, sobretudo a partir de 2004, com o aumento do preço do aço em âmbito mundial, chegou ao produto mais popular – o óleo de soja (PINTO, 2008).
Para se ter uma ideia da dimensão da mudança, em 1997, foram produzidas 1,9 bilhão de embalagens de 900 ml para óleo comestível. Desse total, 88% eram latas de aço. Em 2000, esse percentual já caíra para 78%. As projeções para 2007 indicaram que, do total de 2,36 bilhões de embalagens com 900 ml, cerca de 2 bilhões (85%) são garrafas PET e apenas 400 milhões (17%), latas de aço (PINTO, 2008).
A utilização do PET em larga escala (envasamento de água, refrigerantes, óleos comestíveis, medicamentos, cosméticos, entre outros) se deve principalmente às suas propriedades físicas, por exemplo: elevada resistência mecânica, aparência nobre (brilho e transparência), barreira a gases e etc (FORMIGONI; RODRIGUES, 2009).
Objetivou-se neste trabalho aprofundar os conhecimentos sobre o polímero plástico Polietileno Tereftalato (PET), visando sua aplicação à óleos comestíveis.
2 Utilização do PET em óleos comestíveis
2.1 Obtenção e processamento do PET para óleos
O polietileno tereftalato pode ser obtido em vários tipos diferentes, apropriados às exigências particulares de cada aplicação a qual se destina. A principal diferença entre os tipos de polietileno tereftalato reside no peso molecular ou grau de polimerização que dá origem a diferentes propriedades dos materiais resultantes. Quanto maior o peso molecular, maior a resistência mecânica, química e térmica do polietileno tereftalato. O peso molecular do polietileno tereftalato, por outro lado, é medido e expresso indiretamente, através dos valores de viscosidade intrínseca (VI), em uma relação de proporcionalidade direta. Quanto maior a VI, maior o peso molecular da resina (MONTENEGRO, et al.).
Os vários tipos de polietileno tereftalato podem ser classificados em dois grandes grupos principais:
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