ÉTICA EM NEGÓCIO COMO VANTAGEM COMPETITIVA

ÉTICA NOS NEGÓCIOS COMO VANTAGEM COMPETITIVA

Alini Montini Bahr (G-UEM)

Alessandra de Oliveira C. Gomes (G-UEM)

Elisabete Camilo (G-UEM)

Elvis Andrade (G-UEM)

Roberto Rivelino Martins Ribeiro (UEM/UFPR)

Resumo

O trabalho objetiva apresentar o uso da ética como um importante elemento de vantagem competitiva. Para

tanto, realiza-se uma abordagem teórica sobre o tema, contextualizando a ética no universo empresarial,

discorrendo sobre seu entendimento e aplicação. Em seguida, versa-se sobre vantagem competitiva, em termos

conceituais e aplicação para estabelecer suas relações. Também contempla, a contemporaneidade do tema, no

tocante a governança corporativa, para em seguida concluir que a mesma constitui-se num instrumento de

continuidade e otimizador da vantagem competitiva de uma empresa que a adote em suas relações.

Palavras-chave: ética, ética nos negócios, vantagem competitiva

Considerações iniciais

A ética pode ser entendida e estudada de forma isolada, bem como se estabelecer

relações com outros conhecimentos e ciências. Quando se estabelecem relações, procura-se

imprimir um caráter de maior aplicabilidade e mostrar que a mesma possui forte influência

nos mais diferentes aspectos da vida humana, como ilustração, cita-se algumas possibilidades

de contextualização da ética e suas relações com a contabilidade, economia, política, ecologia,

relações do gênero, responsabilidade solidária, entre outros tantos aspectos.

É notório que as organizações, existem e sobrevivem ao longo do tempo, com o

propósito de satisfazer as necessidades humanas. Uma empresa ao realizar tal atividade,

oferecendo, por exemplo, produtos ou serviços, depara-se com a existência de concorrentes e

por conseqüência, de produtos similares e isso significa competir, disputar clientes, sobressair

e obter êxito. Embora não sendo fácil, cumpre a empresa convencer o cliente, demonstrando a

ele os motivos pela qual ele deverá optar em adquirir seu produto e não o do concorrente.

A diferenciação entre os produtos pode ser feita de diversas maneiras, tais como:

menor preço, melhor qualidade, valor percebido pelo consumidor, benefícios agregados,

status, desejos, entre tantos outros que poderiam ser elencados.

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Das várias possibilidades de correlação da ética e da diferenciação entre produtos

similares, uma especial será tratada neste trabalho, que é a utilização da ética como um fator

de alavancagem competitiva nos negócios, onde se intui demonstrar como uma organização

pode fazer uso da ética em suas relações e obter vantagens.

Ética

Para muitos a ética é tida como algo bastante abstrato e de difícil assimilação. No

entanto, observa-se nos últimos anos uma crescente discussão sobre o uso da ética nos mais

diferentes meios sociais. Vários organismos e entidades têm trazido relevantes discussões

sobre a necessidade de uma “retomada” da mesma nas diferentes relações nos meios

empresarias, políticos, profissionais e sociais.

Embora, todos possuam um entendimento geral do que seja ética, poucos conseguem

ter uma boa definição. De um modo geral, as pessoas sabem que é certo ou errado e também

que estão associados à ética, assim como à regras e padrões de conduta.

Em linhas gerais, pode se afirmar que a ética é um ramo da filosofia que trabalha com

o que é, do ponto de vista moral, bom ou mau, certo ou errado (FIPECAFI, 1997, p.23).

Denota-se aí, uma condição de sinônimos da ética e da moral.

No entanto, Sung e Silva (1995, p. 13), esclarecem que a palavra ética deriva do grego

ethos que significa “modo de ser, caráter” e moral provêm do latim mos (mores), significando

“bons costumes”. Logo, seu uso como sinônimos, não prejudica em nada sua prática, tanto

que a maioria dos especialistas o fazem.

Neste trabalho, o uso do termo se dará de forma a representar e referenciar os

princípios e normas de conduta que norteiam um indivíduo, grupo de indivíduos e

especificamente, uma organização.

Ética nos negócios

A adoção de um comportamento ético nas organizações, pautado em regras e normas

de convivência pacífica, embora pareça uma questão bastante controvertida é, na visão atual

da ética nos negócios, muito debatida e busca administrar o aparente conflito entre ser um

modismo e necessidade.

Se feita uma análise da questão em diversos países, percebe-se que a ética nos

negócios está bem longe de ser apenas modismo, pois há mais de trinta anos que este assunto

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já vem sendo bastante discutido. Na afirmação de Arruda (2001), citando como exemplo os

EUA,