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Ética da necessida e outros desafios

Por:   •  24/8/2016  •  Resenha  •  1.148 Palavras (5 Páginas)  •  345 Visualizações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA

Disciplina: Ética

Professor: Vicente Sérgio

Identificação da Obra: PIRES, Cecília Maria. Ética da necessidade e outros desafios. Unisinos. 2004. p.175.

Estudante: Camilo Júnio

Objetivo da Resenha: Ressaltar a importância das políticas sociais, na inclusão dos desfavorecidos.

Em seu livro, a Dra. e filosofa Cecília faz um apanhado sobre a diversidade cultural, atualmente, um assunto de grande repercussão e discussão, incluso nas sociedades, seja ela no campo da política ou política social, enraizados nas diversas culturas e etnias como a pluralidade de escolhas, valores, visões de mundo, crenças, nota-se que a diversidade une certos grupos sociais e ao mesmo tempo os distingues dos demais.

No entanto, isso não deveria resultar em relações conflituosas, e que quando não há considerações em relação às diferenças no convívio da sociedade, vêm à tona as questões de ordem ética e política. E diante deste cenário, seria preciso debater a problemática da discriminação e do preconceito em nossas relações sociais, debater sobre nossos valores e sobre a tolerância para com os outros, dentro de um contexto ético político mais abrangente.

 Entende-se que devemos nos atentar e cuidar do próximo para que todos gozem da felicidade neste século. Em exercício, essa ideologia abrangente implica na liberdade e no reconhecimento do direito do outro, em simples palavras, seria receber e acatar os que são diferentes de nós e enxerga-los como sujeitos independentes do seu contexto social, político, orientação sexual ou religioso, que também necessitam desfrutar dos seus direitos civis e políticos, como está previsto em lei, ou seja, a verdadeira igualdade consiste em tratar-se igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida de sua desigualdade.

  A autora acredita que para se atingir um estado de plenitude nas relações sociais, devemos retomar a subjetividade do homem respeitando a sua realidade, tal como ela é.  E todos os valores naturais deverão ser resgatados e aplicados como, tolerância e alteridade para assim juntos, tornarem essenciais no convívio humano, porque essas virtudes conectadas poderiam alcançar um modelo ético-político bem maior, porque só assim poderá se construir um Estado democrata, de liberdade e equidade estabelecidas nas relações humanas. Ainda que falte muito para se avançar na garantia dos direitos civis e políticos a todos os povos, é um modelo que deve ser pensado é colocado em pratica, para assim, tornar um princípio cotidiano.

Outro ponto relevante trago na obra supracitada, é que a declaração dos direitos humanos não poderia ser acatada, pois se trata de um modelo ético político conforme a identidade ocidental, não viabilizando os outros modelos culturais já existentes, pois em sua máxima universal atende apenas os anseios ocidentais, não respeitando os demais povos. A história da humanidade mostra que é preciso muito mais ações do que acordos unilaterais, com extremo foco em toda a diferenciação de raças.

A ética, como já sabemos, tem como base avaliar toda a ação humana, e por este fator, se torna de suma importância na formação da realidade social. Todo ser racional possui um senso critico ético, para melhor entender, e como se fosse um balança de coisas boas e más, este conceito também foi construído pelo homem. Inconscientemente estamos sempre ponderando todas as atitudes vinda do ser humano, para entendermos se são boas ou más, corretas ou erradas. Nesta linha de raciocínio temos a ética da necessidade que parte do pressuposto de Marxs, onde o mesmo a separa em duas partes, a necessidade natural do homem e a fabricada; primeiro, a necessidade natural, que é de suma importância para a continuidade da vida humana, estudando a subjetividade do indivíduo, segundo, temos a necessidade fabricada, essa por sua vez são estereotipadas e não atende as necessidades dos indivíduos (todos os indivíduos). Nessa lei de causa e efeito, vemos que a necessidade não se trata de algo universal, as necessidades serão é são diferentes, causando a tão famigerada tensão. As tensões, vão ganhando uma dimensão maior, por não trabalhar o real do irreal causando na sociedade visões distintas, exemplo deste manifesto, temos a divisão de classe, onde as necessidades dos ricos são atendidas pelo Estado elitizado, e o pobre chegado sua vez, sobrevive de resquícios que um dia irá alcançar o patamar do rico trabalhando arduamente, nesse cenário o pobre no seu ápice de enfrentamento social, e não realizado, se volta contra esse modelo econômico, gerando os excluídos sociais. Este relacionamento de desejos da vida humana, deveria manter uma linha justa e aceitável, trazendo a existência plena e feliz para todos em um mundo igualitário, onde todos alcançaremos e teremos as mesmas oportunidades.

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