Ética relativamente às células em meio de cultura
Por: m56378vtfg • 21/5/2017 • Relatório de pesquisa • 1.080 Palavras (5 Páginas) • 537 Visualizações
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Ética relativamente às células em meio de cultura[pic 2]
Manipulação de células e tecidos
Prof. Ricardo Calhelha
Trabalho realizado por :
Anabela Borges
Catarina Andrés
Maria João Cortinhas
Márcia Santos
Mariana Duarte
22 de Maio de 2017
Introdução
No âmbito da disciplina de manipulação de células e tecidos, temos por objetivo, ficar a conhecer qual a ética relacionada com a cultura de células. Assim, a cultura de células tem vindo a afirmar-se como uma ferramenta muito útil em múltiplas áreas de investigação das ciências da saúde. O termo cultura tecidular refere-se ao processo de extracção de tecidos ou órgãos de um animal ou planta, com consequente colocação num ambiente artificial capaz de sustentar e proporcionar o crescimento destes. Este ambiente é, geralmente, criado num receptáculo de plástico ou vidro com um meio de cultura líquido ou semi-sólido capaz de fornecer nutrientes essenciais para a sobrevivência e crescimento do tecido ou órgão. Quando se removem células de fragmentos de órgãos antes ou durante a cultura, com concomitante separação das células vizinhas, diz-se que se está a realizar uma cultura de células.Para muitos investigadores, um ambiente saudável para a sobrevivência das células em cultura deve ser aquele que permita, pelo menos, um aumento do número de células devido à divisão celular (mitose). Quanto á ética “boas práticas” de cultura celular, a fundamentação científica tem base na manutenção de um alto padrão de qualidade de todo material envolvido, desde os descartáveis, meios de cultura, equipamentos e principalmente a célula. Isto é essencial para garantir a reprodutibilidade, confiabilidade, credibilidade, aceitação e principalmente, correta aplicação de quaisquer resultados produzidos.
Desenvolvimento
As principais causas da cultura celular são:
•Delineamento científico;[pic 3]
•Protocolos laboratoriais;
•Reagentes biológicos;
•Análise de dados;
•Relatoria dos trabalhos.
Devido a problemas associados a cultura celular tais como: perda da identificação celular, contaminação por micoplasma, instabilidade fenotípica e genotípica são frequentemente ignorados pela comunidade científica, em 2014 surge uma nova diretriz para trabalhar com células de forma correcta e segura. A autenticidade é comprovada através da análise comparativa de DNA de uma amostra de sangue ou tecido do doador com a célula cultivada. Para células obtidas de tecidos em cirurgia devem ser confirmadas por histopatologia, ou seja, parte do tecido original deve ser fixado em formol a 10%. Amostras de sangue ou tecido do doador devem ser guardadas para prova de autenticidade e comparabilidade com tecido normal, principalmente para verificar a mutagénese celular.
Quanto às Informações Clínicas: [pic 4]
O paciente ou doador após o consentimento e aprovação do comitê de éticas deve permitir as seguintes informações:
- Sexo e idade;
- Hospital e número de prontuário;
- Órgão de origem e natureza do tecido;
- Estágio do cancro ou patologia ou outra síndrome;
- Cópia do relatório histopatológico;
- Histórico clínico incluindo tratamento;
- Informações adicionais, tais como: marcador molecular, histórico genico-familia;
- Informação de consenso e evidência dos direitos comerciais.
Quanto à designação da célula:[pic 5]
- A célula deve ser identificada e não pode ter ambiguidade de nomes com outras já existentes;
- Pode conter informação do doador.
Aquisição de células de outro laboratório:
Ao adquirir células de outro laboratório surgem bastantes desvantagens como:
- a descrição publicada da linhagem celular e suas propriedades podem não estar certas;
- a obtenção de dados tem um custo muito elevado;
- a maioria das vezes é esquecida a determinação da autenticidade da célula, tornando assim o trabalho irreproduzível.
Neste tipo de aquisição é importante que o número de passagens, a origem, a caraterização e a determinação de contaminantes (como fungos, bactérias, micoplasma e vírus adventícios) tenha sido realizada, permanecendo as células em quarentena.
Células que sofrem replicação constantemente devem ser analisadas quanto às suas características genotípicas (cariotipagem e determinação de isoenzimas) e fenotípicas (determinação do “doubling time” e determinação de marcadores de superfície).
Ao adquirir células de outro laboratório deve-se recorrer aos processos de criopreservação e conservação. No processo de criopreservação as células devem ser congeladas lentamente a uma taxa de 1ºC/min, até chegar a -130ºC com um crioprotetor; algumas podem ter como requisito o congelamento rápido de 5-10ºC/min. No processo de conservação as células devem ser conservadas em nitrogénio líquido ou ultra-freezer de -140ºC. Mas este último processo traz algumas desvantagens, pois ao se manipular nitrogénio líquido pode-se sofrer queimaduras por frio, congelamento e asfixia.
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