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A Biotecnologia na Agropecuária

Por:   •  26/10/2021  •  Projeto de pesquisa  •  1.306 Palavras (6 Páginas)  •  360 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

Nós iremos falar um pouco sobre a Biotecnologia na agropecuária... O nosso principal objetivo é entender como a Biotecnologia atua na agropecuária... O principal conceito é o da biotecnologia, o que é biotecnologia? É o conjunto de técnicas e procedimentos científicos aplicados ao campo da Biologia para manipular seres vivos geneticamente, com vistas a ampliar a produtividade ou a qualidade dos bens e mercadorias.

Contexto Histórico:

Quando a engenharia genética começou nos Estados Unidos, no início da década de 1970, apenas algumas dezenas de grupos de pesquisa tinham domínio dessa tecnologia e existiam somente nove companhias de biotecnologia no país. Vinte anos depois, os Estados Unidos desenvolveram uma indústria de biotecnologia que ultrapassou mil empresas. As primeiras plantas transgênicas (são plantas que contêm um ou mais genes introduzidos por meio da técnica de transformação genética) obtidas por engenharia genética começaram a ser liberadas no campo em meados da década de 1980. Atualmente, já foram autorizados mais de 25 mil testes de campo no mundo, metade nos Estados Unidos, Canadá e uma boa parte na Europa. O Brasil promoveu apenas cerca de oitocentas liberações para testes de plantas transgênicas a partir de 1996, pois sua legislação de Biossegurança foi aprovada em 1995.

*A biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, proteção do trabalhador e\ou paciente, minimização de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e operacional e amplia-se para a proteção ambiental e a qualidade.

A comercialização de plantas transgênicas começou nos anos 90 com o tomate geneticamente modificado para maturação lenta, produzido pela Calgene, e a soja resistente ao herbicida Round-Up da Monsanto (tem como base o glifosato e de fato, o produto melhora a produtividade da lavoura, mas aos poucos derruba a saúde do agricultor). Atualmente, algumas espécies de plantas transgênicas como soja, milho e canola já têm participação relevante na agricultura dos Estados Unidos, Canadá e Argentina. Além dessas, muitas outras espécies tendem a se popularizar, tais como fumo, tomate, batata e algodão.

Obs.: Herbicida é um produto químico utilizado na agricultura para o controle de ervas classificadas como daninhas. Os herbicidas constituem um tipo de pesticida. As vantagens da utilização deste produto é a rapidez de ação, custo reduzido, efeito residual e não revolvimento do solo.

Produtos transgênicos aprovados no Brasil

A autorização para cultivo de transgênicos no Brasil veio com a soja transgênica tolerante ao glifosato, em outubro de 1998. Desde então, mais de 110 plantas geneticamente modificadas foram aprovadas e liberadas para plantio em escala comercial. Observamos entre os produtos aprovados, encontramos eventos (que é o genótipo que possui genes modificados por técnicas de biologia molecular) de soja, milho, algodão, feijão, eucalipto e cana-de-açúcar, que apresentam características como:

• Resistência a vírus;

• Tolerância ou resistência a diferentes herbicidas;

• Tolerância ou resistência a diferentes insetos;

• Tolerância a seca;

• Restauração de fertilidade;

• Aumento na produção de celulose.

Ainda que as plantas transgênicas representam os principais produtos desenvolvidos pela biotecnologia e aprovados no Brasil, diversos outros produtos estão sendo analisados e aprovados.

Segundo dados de um relatório de 2018 do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia (ISAAA), o Brasil está em segundo lugar quando o assunto é plantação de transgênicos no mundo. São 50,2 milhões de hectares de culturas transgênicas, o que representa 26% de todo o cultivo global.

Todo esse espaço é ocupado pela cultura de soja, milho, algodão e, recentemente, a cana-de-açúcar. Os três primeiros são insumos muito utilizados na produção de diversos produtos que encontramos no mercado, como óleo de cozinha, leite de soja, margarina, massas, biscoitos e cereais. Além disso, qualquer alimento que contenha amidos de milho, xarope de milho ou soja, provavelmente terá transgênicos em sua composição.

Atualmente, já está liberado o cultivo de feijão e eucalipto transgênicos em solo brasileiro, mas eles ainda não estão sendo plantados com objetivos comerciais.

Importância da biotecnologia na agricultura

(1º Parte):

A biotecnologia na agricultura ganhou lugar de destaque por tornar a produção mais eficaz. Estudos nessa área permitem identificar e selecionar genes de interesse, obtendo características agronômicas desejáveis como tolerância a clima adverso, resistência a doenças e outras características necessárias para reduzir perdas e alcançar altas produtividades.

Na prática, a biotecnologia juntamente com a engenharia genética já desenvolveu plantas tolerantes a herbicidas, como é o caso da soja RR e resistentes a insetos, como a tecnologia Bt.

Obs.: Tolerância é uma característica inata da espécie em sobreviver a aplicação de herbicidas na dose recomendada, que seria letal a outras espécies, sem alterações marcantes em seu crescimento e desenvolvimento.

Obs.: A tecnologia Bt confere às plantas a capacidade de resistir a determinados insetos-praga. Isso é feito por meio da biotecnologia, com inserção de genes da bactéria Bacillus thuringiensis, que produz uma proteína tóxica para alguns insetos.

A biotecnologia possibilita a criação de organismos geneticamente modificados (OGMs), ou seja, transferindo genes de uma espécie para outra. Vou explicar melhor:

(2ºParte):

Organismos geneticamente modificado (OGMs) – transgênicos

Os organismos geneticamente modificados ou transgênicos, como são popularmente conhecidos, são frutos da biotecnologia. Foram criados com o objetivo de solucionar problemas do dia a dia no campo.

Trazem inúmeros benefícios como maior produtividade, maior qualidade dos produtos e, consequentemente, maior rentabilidade (A rentabilidade pode ser definida como o percentual de remuneração obtido a partir da quantia que você investiu. Simplificando: podemos dizer que é o valor que você terá de retorno de uma aplicação).

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