A CADEIA PRODUTIVA DE PLANTAS CORANTES
Por: Larafofinha97 • 25/7/2019 • Trabalho acadêmico • 1.030 Palavras (5 Páginas) • 271 Visualizações
CADEIA PRODUTIVA DE PLANTAS CORANTES
As plantas corantes são aquelas que contém substâncias capazes de colorir diversos produtos, ou seja, destas provem os insumos que chamamos de CORANTES NATURAIS OU VEGETAIS. O corante natural é um termo mais amplo, utilizado também para substâncias de coloração provenientes de seres invertebrados e de minerais. Já o termo “CORANTES VEGETAIS” é o que se refere mais especificamente a área que falaremos no nosso trabalho, este é proveniente de partes de plantas, casacas de arvores, madeiras, raízes e folhas.
Os corantes naturais são utilizados pela humanidade por mais de 5000 anos, porém foram mais usuais até metade do século XIX. Quando em 1856 foram criados os corantes sintéticos, esses tomaram uso por grande parte das indústrias e do comércio por sua facilidade de produção, baixo custo, qualidade tingimento e flexibilidade de localização perto dos centros consumidores. No entanto, atualmente, a procura por produtos orgânicos, considerados mais seguros a saúde humana e também menos prejudicais ao meio ambiente tem alavancado o uso desses meios naturais novamente. Um grande problema é a necessidade de suprir todo consumo anual que atualmente é feito pelos corantes sintéticos.
Atualmente estar na moda é ter uma preocupação com o meio ambiente, com o desenvolvimento sustentável e fazer algo que contribua para mudar os rumos atuais do consumo e possibilite a interação entre o homem e a natureza de forma mais harmoniosa. O uso de corantes fez e faz parte da cultura dos homens, sempre utilizado na alimentação, no corpo e também nas roupas. (PEZZOLO 2007).
Hoje, as principais áreas de consumo dos corantes naturais são as industrias têxteis, alimentícias e de cosméticos.
Na indústria têxtil:
A indústria têxtil e o vestuário são baseados em ciclos rápidos de tendências de moda que visam produzir continuamente novas necessidades para os consumidores. O ciclo de vida dos produtos está encurtando e as empresas querem substituir seus produtos num ritmo crescente. O mundo contemporâneo tem atribuído valor aos produtos conhecidos como “verdes”, ou seja, aqueles que incorporam exigências e preocupações sustentáveis com o meio ambiente. Os produtos deveriam incorporar as exigências do mercado além de buscar traduzir essas preocupações no próprio design dos produtos. Afinal o uso atribuído ao produto pela população em geral leva sempre em consideração aspectos da vida cultural, da estética e razões emocionais (NIINIMÄKI, 2011)
Na alimentícia:
O valor e a qualidade de alimentos está diretamente relacionada as atributos: cor, textura, aroma e sabor. A cor é o principal atributo de qualidade que determina o aceite, a escolha e a opção do alimento a ser consumido. A atitude do consumidor em selecionar um produto saudável diz respeito a opção por mais serviço, informação, qualidade, conveniência e consumo seguro. Por menos esforço, tempo, dinheiro e por nenhum risco a saúde pessoal e familiar.
A busca por uma alimentação saudável e natural é irreversível. Essa tendência promove a produção e o consumo de corantes naturais extraídos de produtos como urucum, açafrão, entre outros.
Na cosmética:
O mercado de cosméticos naturais e orgânicos no Brasil vem crescendo a cada dia, alguns estudos reforçam que esse mercado apesar de ainda pouco expressivo tem um potencial de crescimento surpreendente. As informações que os consumidores tem sobre o impacto dos ingredientes sintéticos a saúde e sua origem, o processo de produção e impacto socioambiental impulsiona um estilo de vida mais natural e sustentável, ampliando-se assim, o conceito de green beauty. Um produto de beleza orgânico deve ter 95% de ingredientes naturais em sua composição e no máximo 5% de componentes sintéticos. Algumas empresas como a Simple Organic já produzem esse tipo de cosmético em grande escala e coloração.
O urucum como corante
O urucuzeiro é uma planta arbórea, denominada cientificamente de
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