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A Cisticercose

Por:   •  9/5/2017  •  Resenha  •  1.039 Palavras (5 Páginas)  •  899 Visualizações

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TENÍASE E CISICERCOSE

Causada pela Taenia saginata ou Taenia solium

Classe Cestoda: compreende um interessante grupo de parasitos, hermafroditas, de tamanhos variados, encontrados em animais vertebrados. Apresentam o corpo achatado dorsoventralmente, são providos de órgãos de adesão na extremidade mais estreita, a anterior, sem cavidade geral, e sem sistema digestório. Os cestódeos mais frequentemente encontrados parasitando os humanos pertencem a família Taenidae, na qual são destacadas Taenia solium e T. saginata.

Morfologia: A T. saginata e T. solium apresentam corpo achatado, dorsoventralmente em forma de fita, dividido em escólex, colo e estróbilo. São de cor branca com a extremidade anterior bastante afilada de difícil visualização.

T. saginada

Escólex: funciona como órgão de fixação do cestódeo à mucosa do intestino delgado humano. Apresenta quatro ventosas formadas de tecido muscular, arredondadas e proeminentes. A T. saginata tem o escólex inerme, sem rostelo e acúleos.[pic 1]

Colo: é a zona de crescimento do parasito ou de formação das proglotes.

Estróbilo: é o restante do corpo do parasito. Inicia-se logo após o colo, segmentado. Cada segmento formado denomina-se proglote ou anel, podendo atingir até 12 metros. Pode ser visualizados os órgãos genitais masculinos e femininos, demonstrando ser a tênia hermafrodita. A proglote é retangular, apresentando de 15 a 30 ramificações uterinas do tipo dicotômico. As proglotes se destacam separadamente, podendo se deslocar ativamente, graças a sua musculatura robusta, contaminando a [pic 2]

Sobrevida de 30 anos.

T. solium

Escólex: possui o escólex globuloso com um rostro situado em posição central, entre as ventosas, com dupla fileira de acúleos, em formato de ganchos. [pic 3][pic 4]

Estróbilo: pode atingir 3 metros. A proglote madura é quadrangular, e o útero formado por 7-13 pares de ramificações do tipo dendrítico. As proglótes só são eliminadas passivamente com as fezes de três a seis anéis unidos.

Sobrevida de 25 anos.

As proglotes (de ambas as tenias) são subdivididas em jovens, maduras e grávidas e têm a sua individualidade reprodutiva e alimentar. As jovens são mais curtas do que largas e já apresentam o início do desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos que se formam mais rapidamente que os femininos. Este fenômeno é denominado protandria. A proglote madura possui os órgãos reprodutores completos e aptos para a fecundação. o. As situadas mais distantes do escólex, as proglotes grávidas, são mais compridas do que largas e internamente os órgãos reprodutores vão sofrendo involução enquanto o útero se ramifica cada vez mais, ficando repleto de ovos.

Ovos[pic 5]

Esféricos, morfologicamente indistinguíveis, medindo cerca de 30-40µm. São constituídos por uma casca protetora, embrióforo, que é formado por blocos piramidais de quitina unidos entre si por uma substância cementante que lhe confere resistência no ambiente (membrana externa espessa e estriada transversalmente). Internamente, encontra-se o embrião hexacanto ou oncosfera, provido de três pares de acúleos e dupla membrana.

Cisticerco [pic 6]

A larva é denominada, cisticerco, a da T. solium é constituído de uma vesícula translúcida com líquido claro, contendo invaginado no seu interior um escólex com quatro ventosas, rostelo e colo. O cisticerco da T. saginata apresenta a mesma morfologia diferindo apenas pela ausência do rostelo. Estas larvas atingem de 0,5-1,5cm de comprimento.  O cisticerco de T. saginada denomina-se Cysticercus bovis, o e T. solium é C. cellulosae.

Nome comum: canjiquinha, pipoquinha.

Ciclo heteróxeno

Hospedeiro definitivo: Homem, vivem no intestino delgado.

Hospedeiro intermediário: O cisticerco de T. solium é encontrado no tecido subcutâneo, muscular, língua, cardíaco, cerebral e no olho de suínos e acidentalmente em humanos e cães. O cisticerco da T. saginata é encontrado nos tecidos, músculo, fígado, pulmões, dos bovinos e não é capaz de infectar o home!!!!!!!!!

Os humanos parasitados eliminam as proglotes grávidas cheias de ovos para o exterior que se rompem no meio externo liberando milhares de ovos no solo. No ambiente úmido e protegido de luz solar intensa os ovos têm grande longevidade mantendo-se infectantes por meses. Um hospedeiro intermediário próprio (suíno para T. solium e bovino para T saginata) ingere os ovos, e os embrióforos (casca de ovo) no estômago sofrem a ação da pepsina, que atua sobre a membrana externa. No intestino, as oncosferas sofrem a ação dos sais biliares causando ativação e liberação. Uma vez ativadas, as oncosferas liberam-se do embrióforo e movimentos no sentido da vilosidade, onde penetram com auxílio dos acúleos. Permanecem nesse local durante cerca de quatro dias para adaptarem-se. Em seguida, penetram nas vênulas e atingem as veias e os linfáticos mesentéricos. Através da acorrente circulatória, são transportadas por via sanguínea a todos os órgãos e tecidos do organismo até atingirem o local de implantação por bloqueio do capilar. Posteriormente, atravessam a parede do vaso, instalando-se nos tecidos circunvizinhos. As oncosferas desenvolvem-se para cisticercos em qualquer tecido mole (pele, músculos esqueléticos e cardíacos, olhos, cérebro etc.), mas preferem os músculos de maior movimentação e com maior oxigenação (masseter, língua, coração e cérebro).

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