A Prática de Ensino em Biologia no Ensino Médio

Faculdade Cruzeiro do Sul

Aluna: Milena Nascimento Cardoso

Disciplina: Prática de Ensino em Biologia no Ensino Médio

Prática docente frente aos novos desafios da educação

A educação, assim como as diversas áreas sociais, passou por diversas alterações durante o tempo. Em décadas anteriores, os professores possuíam como instrumentos profissionais apenas quadro negro e giz, enquanto os alunos ouviam atentamente ao conteúdo dado de forma bruta, com obrigação de vencer o livro didático que trazia conteúdos pré-determinados pelo governo vigente. O professor apenas ensinava, e o aluno por sua vez, recebia o conhecimento de forma pronta e acabada, sem questionamentos ou opiniões e com ideias desprezadas. O ensino era formal, centrado apenas nas informações (MOLINA, 2014).

Ainda hoje, o ensino de várias disciplinas ocorre de forma isolada, sem a interrelação com o cotidiano e a vivência do aluno. Porém, é de extrema importância que o ensino ocorra de forma transdisciplinar, envolvendo outras disciplinas e de forma contextualizada. De acordo com Marin (2013), a relação entre teoria e prática, fundamento do trabalho educativo escolar, parece percorrer caminhos separados desde o processo formativo, dificultando a relação entre ambas. Consequentemente, o trabalho escolar tende a reproduzir tal divisão, desconectando-se os conteúdos trabalhados da realidade e as experiências cotidianas dos alunos.

Deve-se também elencar a importância das individualidades geradas pelas diversas situações do cotidiano, levando o docente a não se apreender apenas as teorias, mas também conhecer suas turmas, suas peculiaridades e utilizar tais fatos a seu favor, desempenhando a função de facilitador, não apenas de apresentador de conteúdo. Frente a isto, a eficiência no processo de ensino-aprendizagem deve ser associada a vários fatores para sua excelência, tais como uma gestão escolar eficiente, a qualificação do corpo docente, bem como uma remuneração capaz de suprir os esforços realizados, a participação dos alunos na escolha do material didático e até mesmo a participação dos pais e da comunidade.

Diante de tais preocupações, a Lei de Diretrizes Básicas (LDV), aprovada em 1996, além de organizar todo o sistema educacional brasileiro e assegurar o direito social à educação, tem como um de seus objetivos o aprimoramento do educando com pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico. Nesse ponto, as transformações na educação do país iniciam-se a partir da formação de seres com pensamento crítico e que conseguem aplicar o conhecimento adquirido no cotidiano.

Sendo assim, a prática docente frente aos desafios atuais deve ser participativa, envolvendo os alunos e os vários entes da comunidade, constituindo também uma área transdisciplinar e relacionando as unidades temáticas propostas pela LDB, aos objetivos de conhecimento e interrelacionando as competências que o aluno deve apresentar e as habilidades geradas consequentemente. Além destes, a disponibilidade de instrumentos ao docente é de suma importância. Nessa perspectiva, Morin (2001) ressalta que o uso das tecnologias de informação e comunicação de forma apropriada e contextualizada, mantem o docente sempre em constante atualização e preparado para desempenhar sua função.