A SEGUNDA AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
Por: millemachado • 23/7/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.524 Palavras (7 Páginas) • 299 Visualizações
[pic 1][pic 2]
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
BIOMEDICINA
PROF: REGIANE DUARTE
CARLOS EDUARDO DIAS IGÍDIO
IGOR SOUZA PENEDO
JÚLIA GABRIELA CABRAL
SEGUNDA AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
ILHÉUS-BA
JUNHO/2016
INTRODUÇÃO
A frequência cardíaca pode ser definida como o número de pulsações exercidas pelo coração em determinado intervalo de tempo. A cada batida, o sangue pobre em oxigênio entra no coração pela veia cava superior e veia cava inferior, desembocando no átrio direito. Os músculos dessa câmara se relaxam para que possa ser preenchido com sangue venoso, o qual será encaminhado ao ventrículo direito (diástole). A partir daí, o ventrículo direito impulsiona o sangue aos pulmões (sístole) para posteriormente, retornar rico em oxigênio para o coração através das veias pulmonares. Em condições de repouso a frequência cardíaca varia entre 60 e 100 bpm em indivíduos adultos; acima disso caracteriza-se uma taquicardia, abaixo, bradicardia.
Cada batimento cardíaco faz com que o fluxo sanguíneo promova uma pressão nos vasos sanguíneos expandindo-os, esta é chamada de pressão arterial e pode ser aferida com o auxílio de um esfigmomanômetro. Tal aparelho consiste em uma bolsa inflável conectada a um medidor de pressão. Este, geralmente é colocado no braço onde existe uma artéria de alto calibre, chamada de artéria braquial. Ao colocar a bolsa do aparelho, esta é inflada até o medidor atingir um valor previamente determinado de acordo com os dados da anamnese. Posteriormente, liberando o ar cuidadosamente, e auscultando através do estetoscópio, ouve-se o primeiro “turbilhão” sanguíneo, o valor marcado pelo medidor nesse momento representa a pressão sistólica, ela é de aproximadamente 120mmHg em condições normais. Por fim, a pressão atinge um nível em que já não é mais possível ouvir o fluxo sanguíneo, representando a pressão diastólica, que varia entre 70 e 80mmHg.
O som auscultado durante o aferimento da pressão arterial representa o batimento cardíaco, o qual é caracterizado pela turbulência do sangue produzida pelo fechamento das valvas do coração, também chamada de bulhas cardíacas. Durante o ciclo cardíaco duas bulhas são claramente auscultadas; a primeira bulha (tum), é mais alta e um pouco mais longa do que a segunda bulha, é produzida pela turbulência do sangue associada ao fechamento das valvas atrioventriculares, logo após o início da sístole ventricular. A última bulha (tac), é menor e não tão alta quanto a primeira, é produzida pela turbulência do sangue associada ao fechamento das valvas arteriais, no início da diástole ventricular.
Os valores da frequência cardíaca e pressão arterial estão intimamente relacionados. Estes, podem ser alterados por diversos fatores incluindo exercícios físicos, gravitacionais, presença ou ausência de oxigênio, inclusive fatores externos como, má alimentação, uso de substâncias químicas e doenças respiratórias e/ou cardiovasculares.
OBJETIVO: Avaliar a relação entre frequência cardíaca e pressão arterial perante diferentes exercícios físicos e em repouso.
METODOLOGIA
Inicialmente o avaliado foi submetido a uma sessão de anamnese, onde dados básicos como nome, sexo e idade foram colhidos, além do histórico familiar e fatores externos, como: uso de drogas, alimentação e doenças.
Para determinação da frequência cardíaca (número de batimentos) foi adotado o método de medição tradicional, onde os dedos indicador e médio do avaliador 1 foram pressionados sobre a artéria radial no punho do avaliado, abaixo da base do polegar.
Para determinação da pressão arterial utilizou-se um esfigmomanômetro, o qual foi aderido pelo avaliador 2 ao braço da pessoa examinada e o estetoscópio para a auscultação da pressão arterial (fluxo sanguíneo), através da artéria braquial.
Inicialmente, o avaliado foi mantido em repouso, em posição decúbito dorsal, para que então seus batimentos cardíacos e pressão arterial fossem concomitantemente aferidos por 4 vezes; uma média entre esses valores foi calculada. Posteriormente, ambas foram novamente aferidas e registradas após exercício aeróbico (corrida) e anaeróbico (elevação de membros superiores e inferiores), respectivamente.
Adotou-se uma margem de 3min entre cada medição de 15s. Os valores de frequência cardíaca obtidos foram multiplicados por 4 para se adequarem ao tempo padrão de 1min. Para a determinação da pressão arterial média, adotou-se o seguinte cálculo:
[pic 3]
Onde;
PAM = Pressão Arterial Média;
PAS = Pressão Arterial Sistólica;
PAD = Pressão Arterial Diastólica;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1
Mensuração da pressão arterial e frequência cardíaca em repouso.
Mensuração | PA | FC |
1ª | 120x90 mmHg | 64 bpm |
2ª | 130x100 mmHg | 64 bpm |
3ª | 130x100 mmHg | 68 bpm |
4ª | 130x80 mmHg | 68 bpm |
Média | 104,2 mmHg | 66 bpm |
Durante as três mensurações a pressão arterial (PA) obteve uma média de 104,2 mmHg, enquanto que a média para frequência cardíaca (FC) foi de 66 bpm. Os valores obtidos são considerados normais para ambos os casos, compreendidos entre 70 e 110 mmHg para PA e 60 e 70 bpm para FC. Apesar de estar entre os valores considerados normais, o avaliado deveria apresentar pressão arterial inferior à constatada durante a avaliação, visto que quando em repouso o coração bombeia cerca de 4 a 6 litros de sangue por minuto (destaca-se a posição decúbito dorsal que mantém um equilíbrio na distribuição sanguínea pelo corpo), ou seja, quanto menor o fluxo sanguíneo menor a pressão exercida pelos vasos sanguíneos, além de uma menor demanda exercida pelo coração e consequentemente diminuição do número de batimentos cardíacos. Isso reflete à má alimentação e a falta de atividade física referida pelo avaliado, porém diante dos dados de PA não é possível considera-lo hipertenso.
...